O FAZ-DE-CONTA NA EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA E O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM
Por: 071096 • 23/8/2019 • Trabalho acadêmico • 1.969 Palavras (8 Páginas) • 318 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
" O FAZ-DE-CONTA NA EDUCAÇÃO
DA INFÂNCIA E O
DESENVOLVIMENTO DA
APRENDIZAGEM"
DÉBORA ALINE DA SILVA BARBOSA RA: C97555-9
FERNANDA AMANDA ALVES RA: C93EAE-0
JÉSSICA HELOISA DE ARAÚJO RA: N111BJ-5
MARIANA ROSA DOS SANTOS RA: N1081J-0
THAIS TAVARES DA SILVA RA: C93207-8
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP
2016
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................03
DESENVOLVIMENTO.................................................................................................................04
CONCLUSÃO.................................................................................................................................08 REFERÊNCIAS..............................................................................................................................09 ANEXOS..........................................................................................................................................10
INTRODUÇÃO
Esse trabalho foi realizado na escola Emei José Madureira Lebrão, localizada na região leste de São José dos Campos, partindo da atividade práticas supervisionada proposta pela professora de Rita de Cássia Giovaneli, cujo objetivo é observar as crianças no cantinho do Faz de Conta.
A escolha do tema nos coloca em um contexto onde observamos a criança brincando de faz de conta, onde ela vai desempenhando com clareza seus papéis e diante de objetos que são improvisados de acordo com seus desejos e imaginação. A ênfase está na simulação ou no faz de conta que relatam as ações das crianças nestes momentos ou brincadeiras.
De acordo com Singer (1993):
"A maior parte dos jogos do faz de conta também tem qualidade social no sentido simbólico envolve transações interpessoais".
A brincadeira de faz de conta contribui para a criança momentos único de desenvolvimento, no qual ela exercita em sua imaginação, a capacidade de planejar, de imaginar, os seus conteúdos e as regras existentes em cada situação. Por meio da brincadeira a criança consegue comunicar-se com o mundo do adulto, no qual adquire controle interior, autoestima e confiança em si mesma, levando-a a agir de maneira mais ativa para que vivencie algumas tomada de decisões, como por exemplo, comer sozinho, vestir-se, fazer amigos, entre outros. O brincar de faz de conta permite á criança a construção do mundo real, pois brincando ela trabalha com situações que vive no social, podendo assim, compreendê-las melhor. A finalidade desse trabalho é mostrar a importância da brincadeira de faz de conta para o desenvolvimento infantil (afetivo, cognitivo, motor e social). Analisar qual a importância e quais estímulos a escola atribui ao desenvolvimento da compreensão do mundo real por meio do mundo imaginário da criança, visto que a brincadeira de faz de conta (jogo simbólico) permite à criança a capacidade de imitar, imaginar, internalizar regras, enfrentar seus medos e angústias, conquistando assim, sua autonomia.
DESENVOLVIMENTO
O trabalho foi realizado á partir das observações no canto de Faz de Conta na Escola Emei José Madureira Lebrão de rede municipal de ensino, em uma turma do Infantil II A, de faixa etária de 3 á 4 anos, no momento da proposta haviam também outras oficinas, onde eles mesmo decidiram onde brincar, e com o que brincar em cada ambiente, no cantinho chamado "Quartinho do Bebê" brincavam no momento seis (6) crianças, três meninos e três meninas. Durante todo o trabalho, observamos que a personalidade das crianças são diferenciadas, o jeito de se expressar, percebemos que há também uma forma de comunicação entre elas, a reprodução do cotidiano em que se vive é nítida, de sentimentos, vontades, prazeres, imaginação e da construção da autonomia, da criatividade e da reflexão, o cantinho de uma maneira geral trás a espontaneidade, da criança se comunica consigo mesma.
Segundo Kishimoto:
"A brincadeira de faz de conta, também conhecida como simbólica, de representação de papéis ou sociodramática, é a que deixa mais evidente a presença da situação imaginária. Ela surge com o aparecimento da representação e da linguagem, em torno de 2/3 anos, quando a criança começa a alterar o significado dos objetos, dos eventos, a expressar seus sonhos e fantasias e a assumir papéis presentes no contexto social. O faz de conta permite não só a entrada no imaginário, mas a expressão de regras implícitas que se materializam nos temas das brincadeiras." (p. 43)
A brincadeira é uma possibilidade da criança de se expressar, uma oportunidade de despertar a criatividade, a imaginação, a cooperação e relacionar-se com o outro. Nas brincadeiras as crianças podem criar e recriar outras atividades, inventar nomes, ações, dar vida aos brinquedos sem necessidade de limitar-se ao concreto. Permite que seja observado a forma como ela se coloca e relaciona-se com o mundo, como compreende e assimila as regras, e sua capacidade de pensamento abstrato.
O ambiente destinado a brincadeira lúdica, também tem grande influência no ato de brincar, e a brinquedoteca/cantinho é um exemplo. Rodari diz que, por meio das brinquedotecas, avalia-se e observa-se diariamente o desenvolver motriz da criança, ensinando o manejo do jogo e explicando as regras caso necessário, incentivando a criança a frequentá-la por livre e espontânea vontade e pelo prazer em brincar ou de encontrar amigos para brincar em conjunto.
Corsaro, é defensor da ideia de que as crianças ao brincar, compartilham, negociam e criam uma cultura junto à seus amigos e também, com os adultos, através de uma "reprodução interpretativa". Segundo o autor, a estrutura social impõe a internalização de valores e regras por inúmeras práticas. Friedrich Froebel também tem um papel importante na educação infantil. Considera que o inicio da infância é uma base fundamental e decisiva na formação das pessoas. No entanto, a brincadeira lúdica é o primeiro recurso no caminho para a aprendizagem, não apenas como uma diversão, mas também como maneira de criar representações do mundo e vivência da criança como modo de entendê-lo. A partir de suas observações, Froebel foi um dos primeiros educadores a falar de autoeducação, um conceito que apenas se difundiu em meados do século XX, graças ao movimento da Escola Nova de Maria Montessori (1870-1952) e Célestin Freinet (1896-1966).
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