O Músico educador e o educador músico
Por: cebolasax • 7/5/2018 • Resenha • 1.369 Palavras (6 Páginas) • 163 Visualizações
LICENCIATURA EM MÚSICA[pic 1]
RODRIGO BUENO
TÍTULO DO TRABALHO: A EDUCAÇÃO COM MÚSICA
O músico educador e o educador músico
CAMPINAS
2016
RODRIGO BUENO
TÍTULO DO TRABALHO: A EDUCAÇÃO COM MÚSICA
O músico educador e o educador músico
Resenha apresentado ao curso de Licenciatura em Música da Faculdade Nazarena do Brasil, como requisito parcial para aprovação na disciplina Metodologia da Pesquisa Cientifica, ministrada pelo Professor Matteo Ricciardi.
CAMPINAS
2016
RESENHA
O Texto convida a participar do debate acerca da obrigatoriedade do ensino de música no Brasil, ou seja, trata-se de desafios para o homem, e o repensar os modelos de educação vigentes, de modo a preparar os estudantes para um panorama que se apresenta hoje, muito distinto daquele que tínhamos há vinte anos. Como cortejar, de maneira viva e atualizada, as múltiplas vias que se abrem a partir dos avanços tecnológicos sem abrir mão de determinados fundamentos imprescindíveis para um desenvolvimento educacional de ensino de música no Brasil, com isso interdisciplinar entre a Arte como um todo, Fenomenologia e a educação. Vários enigmas têm-se surgido na convivência com adultos que querem mergulhar em novo modo de ser e estar do educador em suas salas de aula de arte, arrisca-se até se dizer em “gênese da musicalidade” humana. A arte através da música é o modo como o adulto enxerga o potencial prévio de seus alunos e é determinante para suas escolhas acerca de quais experiências irá proporcionar.
Em agosto de 2008, a educação no Brasil ganhou uma lei que se torna obrigatório o ensino de música em toda a formação básica. Mas a partir de 2011, se esgotou os três anos estabelecidos como prazo para a regulamentação e adequação necessárias, e para quem comemorou a sua aprovação, a lei ainda se parece mais com um pacote embrulhado na entrada da festa de aniversário, ocupando um espaço exagerado, incomodando e causando tumulto. A partir da lei, o ensino de música nas escolas poderia ter dois planejamentos concomitantes. Um deles teria que tomar por base o prazo de três anos e orientar suas ações para buscar um aproveitamento máximo das potencialidades existentes no sentido de proporcionar aos alunos o ensino da música.
Tratando-se de música como disciplina da Sensibilidade as linguagens artísticas tem possibilidades inquestionáveis como disciplina da sensibilidade, mas sua atual presença na escola não permite que possam cumprir esse papel. Para aprender a música como linguagem, a percepção deve ser assumida como o centro da construção de conhecimento em música. A percepção constitui a base da experiência musical sensível, oferece ao músico a possibilidade de foco e consciência, algo que amplia e transforma de maneira fundamental as possibilidades da experiência de manifestação meramente espontânea ou intuitiva.
O aprendizado de música é na verdade, semelhante ao da língua materna, e apesar disso a maioria das pessoas ainda pensa que aprender música – uma linguagem - é o mesmo que aprender a tocar um instrumento – um meio de expressão. Na formação de músicos educadores é uma proposta não convencional, nesse horizonte das possibilidades de um projeto a longo prazo, a formação dos professores é a questão mais dramática e fundamental, por isso tendo em vista a possibilidade de a música de a música desempenhar seu papel na formação humana como uma espécie de escola da sensibilidade.
Neste horizonte das possibilidades de um projeto a longo prazo, a formação dos professores é a questão mais dramática e fundamental, por isso tendo em vista a possibilidade de a música desempenhar seu papel na formação humana como uma espécie de escola de sensibilidade. A escola é o lugar da resistência, é o papel dela escolher o que contribui para a formação humana.
O texto ainda tenta simplificar o conceito da resistência do ensino de música na escola como um copo cheio de água e com uma gota de óleo, foi preciso reconhecer que havia uma diferença entre a água e o óleo. O óleo e a água têm estruturas específicas que não permitem uma interação química. Estava claro que a interação precisava ser de outra ordem, então mantendo-se o copo tampado, viramos ele de cabeça para baixo, algo muito interessante aconteceu, a gota de óleo mergulhou na água, atravessou-a num movimento seguro, decidido até alcançar o fundo do copo que agora estava virado para cima. A água não pode resistir e foi obrigada a dar passagem para a gota de óleo, foi impossível ficar indiferente. A gota de óleo, por sua vez foi forçada a abandonar sua posição superficial, uma posição difícil, pois à margem do processo, mas também confortável, já que nada dela era esperado e, por isso tampouco cobrado.
A sensibilidade, a introspecção, esses valores estão em falta no mercado, está muito difícil conseguir ser sensível, criar um discurso sensível e ser ouvido (Marina Marcondes). Não há inclusão sem autonomia, a inclusão não é uma ordem que se dá, a inclusão só pode efetivamente se dar a partir da capacidade desenvolvida por cada indivíduo de se fazer ouvir. A afirmação de que música é para todos é comum dentro da comunidade musical, mas, na prática isso não ocorre, pois, muitos professores focam suas aulas somente na performance instrumental, sem reconhecer que há diferença entre pessoas e que nem todo mundo é ou será um grande instrumentista. Sendo assim, ampliar a visão do fazer música é fundamental. Isso não significa abrir mão de um propósito estético, da exigência pedagógica ou da realização artística, mas antes, ter consciência e apropriar-se das inúmeras possibilidades dentro do universo musical, metas e planejamento são essenciais para qualquer estratégica pedagógica. Diante de alunos com dificuldades e relação a aprendizagem elas se tornam imperiosas.
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