O Marcos Historicos
Por: Tania R B MENES • 17/5/2016 • Resenha • 2.122 Palavras (9 Páginas) • 362 Visualizações
INTRODUÇÃO
O tema do presente trabalho é de suma importância para o entendimento acerca da educação inclusiva que atua cultural, política, social e pedagogicamente, em defesa de todos os alunos e de seus direitos de conviveremtodos juntos, aprendendo e compartilhando, sem qualquer discriminação. A educação inclusiva compõe-se de um modelo educacional baseado na compreensão dos direitos humanos, das igualdades e das diferençase dos fatores de produção do aluno dentro e fora da escola.
Existem diversas dificuldades que o sistema de ensino enfrenta, bem como a necessidade de encarar, as práticasqueasdiscriminam, tornando-a ocentro de contestação do papel da escola na superação da exclusão.
A organização das instituições e classes especiais,apartir dos referenciais de sistemas educacionais inclusivos, passam a ser refletidas, sugerindo uma transformação da escola estrutural e culturalmente para que então todos os educandos tenham suas dificuldades atendidas.
É a partir desse ponto de vista, que o Ministério da Educação - Secretaria de Educação Especial expõe a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, que segueoprogresso do saber e das lutas sociais, tendo em vista estabelecer políticas públicas que promovemumensino de qualidade para todos sem distinção.
Almeja-se que realmente a sociedade possa tomar mais consciência do valor das pessoas com deficiências, e que a prática possa ser mera consequênciada teoria e vice versa, pois a teoria sem a prática é nada.
Todoser humano possui diferenças, independente de ter ou não algum tipo de necessidades especiais. Portanto, é preciso valorizar, motivar e auto-estima, envolvendo a família que muitas vezes se mostra ausente, da vida do aluno.
O DEFICENTE FISICO NO PASSADO
Em 1901, o antropólogo Francis Galton (1822-1911), divulgou um manuscrito onde aplicava a Teoria da Evolução de Charles Darwin, na sociedade humana. Nesta época, acreditava- se que evitando a procriação de pessoas com menor valor, por meio da esterilização, se evitava que sua fraqueza fosse eternizada para a próxima geração aperfeiçoando o estoque do material humano.
Entretanto esse julgamento foi remodelado e passou a incluir também a extinção baseada no fato de que não era imprescindível para a sociedade se importar com pessoas chamadas de mental ou intelectualmente mortas quando o Estado imolou gerações de vidas saudáveis. Assim sendo, ao termino da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha nazista criou um programa de eutanásia para crianças deficientes, denominado programa T4, que objetivava também expandir-se para adultos (HUDSON, 2011).
Segundo o ponto de vistaEugenista da sociedade é antes dessa época, onde foram encontrados registros de tais práticas em diferentes regiões do mundo. A Igreja Católica junto com o Estado, durante o Império Bizantino,as pessoas com deficiência eram levadas para mosteiros (SCHEWINSKY, 2004).
Já Idade Média, a deficiência era encarada como sendo resultado da atuação demoníaca, sob o comando das bruxas, e também como sendo consequência da ira celeste e castigo de Deus (ADAMS, 2007).
MARCOS HISTORICOS E NORMATIVOS
No período colonial, eram comuns práticas isoladas de exclusão, a despeito do Brasil não ter grandes instituições de internação para pessoas com deficiência. Elas eram escondidas pela família e, em muitos casos, eram refugiadas nas Santas Casas ou nas prisões.
Foi com a finalidade de orientar que a escola foi criada. No início era somente para algumas crianças, a escolha advinha de um grupo seletivo e privilegiado, ocasionado um repúdio dos próprios políticos da época, onde algumas crianças eram classificadas como fora do padrão escolar, ou mesmo de qualquer outro padrão de exclusão total da sociedade, que tem demonstrado segregação e integração que julga haver uma preferência, onde o fracasso escolar é natural.
No século XIX que começou as primeiras ações para atender as pessoas com deficiência, em um tempo em que o país iniciava seus primeiros passos após a independência, que tramava sua situação de Nação e ilustrava as linhas de sua identidade cultural. O período do Império (1822-1889),foi marcado por uma sociedade nobre, elitista, rural e escravocrata com parca participação política. Era evidente a distinção feitaàs pessoas com deficiência.
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO DE JANEIRO - 9 DE DEZEMBRO DE 1852
O Decreto n° 82, de 18 de julho de 1841, marcou a fundação do primeiro hospital “proposto privativamente para o tratamento de alienados”, o Hospício Dom Pedro II, vinculado á Santa Casa de Misericórdia, instalado no Rio de janeiro. O local começou realmentea funcionar em 9 de dezembro de 1852.
IMPERIAL INSTITUTO DOS MENINOS CEGOS
No ano de 1854 é fundado o Imperial Instituto dos Meninos Cegos e, em 1856, o Imperial Instituto dos Surdos-Mudos.
No transcorrer o século XIX, somente cegos esurdos eram agraciados com ações para a educação e o atendimento agrupava- se na capital do Império.
Foram poucas as ações do Estado em relação às pessoas com deficiência com o surgimento da República. Os Institutos continuaram com poucas iniciativas, mesmo havendo em outras partes do país outras entidades. Exemplo disso foram:
– O Instituto São Rafael, em Belo Horizonte no ano de 1926;
-O Instituto de Cegos Padre Chico, em São Paulo, em 1929;
- O Instituto Londrinense de Educação de Surdos (ILES) em Londrina, todos ainda em funcionamento, em1959
Em 1889 com a Proclamação da República,os institutos mudaram de denominação. Após a queda do regime monárquico, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos foi nomeado como Instituto dos Meninos Cegos, modificado, em 1890, para Instituto Nacional dos Cegos e, no ano de 1891, para Instituto Benjamin Constant (IBC), que recebeu homenagempois, foi o diretor mais ilustre.
INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE SURDOS (INES)
Da mesma forma, o Imperial Instituto dos Surdos-Mudos deixou de ser instituição imperial, conservandoaté 1957, o nome de Instituto dos Surdos-Mudos, que quando passou a chamar-se Instituto Nacional de Educação de Surdos
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