O PAPEL DO PROFESSOR E DO ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A PERSPECTIVA DE VIGOTSKI, LEONTIEV E ELKONIN
Por: fafpedagogia • 16/10/2022 • Relatório de pesquisa • 634 Palavras (3 Páginas) • 1.538 Visualizações
1 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS
O PAPEL DO PROFESSOR E DO ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A PERSPECTIVA DE VIGOTSKI, LEONTIEV E ELKONIN
Segundo Vigotsky o papel do professor é essencial para que possa servir como um meio de representar um elo entre o aluno e o conhecimento presente no ambiente, porque ao explorar o ambiente e suas variantes é uma das maneiras mais valiosa que a criança tem a sua disposição para aprender.
Vemos que um aspecto abordado no texto é a concepção histórico-cultural do desenvolvimento infantil, que podemos generalizar como produtos de aprendizagem, decorrente as mudanças estabelecidas entre o sujeito aprendiz e os demais mediadores de uma determinada cultura.
Vigotsky ressalta, com isso, que o professor tem muita influência no desenvolvimento da aprendizagem, pois ele se apresenta como um interventor ativo da ação pedagógica que resultará em aprendizagem. Assim, o professor mediador tem suma importância para o desenvolvimento do aluno e de seu aprendizado, levando-o a interagir com o meio na busca de um conhecimento contextual elaborado a partir das trocas sociais.
De acordo com Leontiev e Elkonin, é necessário considerar-se, na investigação do desenvolvimento infantil, o vínculo entre criança e sociedade, ou o lugar que a criança ocupa no sistema das relações sociais em um determinado momento histórico. Na mesma direção, Vygotsky afirma que a situação social de desenvolvimento, ou seja, a relação que se estabelece entre a criança e o meio que a rodeia (que é específica, única em cada idade ou estágio do desenvolvimento), é o ponto de partida para todas as mudanças dinâmicas que se processarão no desenvolvimento durante uma determinada idade ou período, determinando “plenamente e por inteiro” as formas e a trajetória que permitem à criança adquirir novas propriedades da personalidade.
A análise dos autores acerca do desenvolvimento psicológico traz implicações diretas para o trabalho pedagógico, pois evidencia a dependência do desenvolvimento das funções psíquicas da criança em relação aos processos educativos. Na medida em que se conclui que as funções psíquicas superiores têm gênese fundamentalmente cultural e não biológica, torna-se evidente que o ensino não deve basear-se na expectativa da maturação espontânea dessas funções (nem tomar tal maturação como condição prévia para as aprendizagens), mas, ao contrário, é responsável por promover seu desenvolvimento. Torna-se evidente também que o desenvolvimento dessas funções não está garantido pelo aparato biológico e pode não acontecer em plenitude se não forem proporcionadas as condições educativas adequadas para esse desenvolvimento. Se não forem garantidos processos educativos que tenham por finalidade promover a apropriação de formas superiores de conduta, a criança não incorporará tais funções em seu psiquismo.
O desenvolvimento psíquico das crianças tem lugar no processo de educação e ensino realizado pelos adultos, que organizam a vida da criança, criam condições determinadas para seu desenvolvimento e lhe transmitem a experiência social acumulada pela humanidade no período precedente de sua história. Os adultos são os portadores dessa experiência social. Graças aos adultos a criança assimila um amplo círculo
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