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O PORTIFÓLIO PRÁTICA PEDAGÓGICA – HIPOTÉSES DE ESCRITA E ANÁLISES DE AMOSTRAS

Por:   •  16/11/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.673 Palavras (7 Páginas)  •  373 Visualizações

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PORTIFÓLIO PRÁTICA PEDAGÓGICA – HIPOTÉSES DE ESCRITA E ANÁLISES DE AMOSTRAS

Avaliação feita pelo Centro Universitário Claretiano, para verificação parcial do desempenho na disciplina Fundamentos e Métodos do Ensino de Língua Portuguesa e Matemática.

Portfólio – Ciclo 2

RIBEIRÃO PRETO – SP.

2021

INTRODUÇÃO

Este é um relatório que busca refletir sobre a alfabetização e a teoria da Psicogênese da língua escrita de Ferreiro e Teberosky.

Nas palavras das autoras, o objetivo do estudo é “tentar uma explicação dos processos e das formas mediantes as quais as crianças conseguem aprender a ler e escrever. Entendemos por processo o caminho que a criança deverá percorrer para compreender as características, o valor e a função da escrita, desde que esta se constitui no objeto de sua atenção, portanto do seu conhecimento.”.

Aqui será possível fazer uma reflexão sobre a teoria das autoras e sobre a alfabetização de uma maneira geral, assim como também, serão analisadas dez amostras de escrita que estão sendo classificadas de acordo com as autoras acima citadas.

O embasamento se dará em vídeos e amostras de escrita que foram disponibilizados pelo material didático da disciplina. Os vídeos fazem parte do projeto Alfaletrar da professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Magda Soares que se tornou referência nacional para professores e autoridades da área da educação.

DESENVOLVIMENTO

• 1ª ETAPA: Análise e reflexão dos vídeos

Os vídeos do projeto Alfaletrar trazem a professora Magda Soares falando sobre as fases do desenvolvimento da escrita que são: icônica, garatuja, pré-silábica, silábica sem valor sonoro, silábica com valor sonoro, silábico-alfabética e alfabética.

Na fase icônica a criança desenha a palavra, representa o que foi pedido por meio de um ícone (desenho).

Na fase garatuja a criança ainda não percebe os sons das palavras, mas ela entende que o desenho e a escrita são diferentes- ao observar a escrita cursiva dos adultos em linha, a criança então começa a rabiscar linhas retas (vvvvv, llllllll) e curvas (mmmmmm. lllllll, eeeeeee,) para representar a sua escrita.

Na fase pré-silábica a criança começa a entender que as palavras são formadas por sons e tem “pedaços”, percebendo também que precisa de letras para escrever. Mas ainda as usa indiscriminadamente e sem fazer nenhum tipo de relação.

Na fase silábica a criança já usa uma letra para representar cada sílaba. Na silábica sem valor sonoro não faz relação da letra com o som do fonema, e na silábica com valor sonoro já faz essa relação utilizando na maioria das vezes as vogais para representar as sílabas devido a seus fonemas serem mais perceptíveis.

Na fase silábico-alfabética a criança já consegue perceber que necessita mais de uma letra para representar a sílaba, e normalmente pode usar uma letra para representar um fonema (como a letra K para representar CA).

Na fase alfabética a criança escreve respeitando os fonemas, mas ainda podem ocorrer erros ortográficos.

Explicado as principais características de cada fase e dando um passo atrás no tempo a teoria da Psicogênese de Ferreiro e Teberosky buscava um novo meio de se alfabetizar. Ela foi revolucionária nas décadas de 60 e 70 ao considerar a escrita uma maneira particular de mostrar a linguagem, já que até então a alfabetização era vista como um processo de repetição e memorização. Com o passar do tempo, essa visão foi sendo modificada graças à referida teoria.

Magda Soares a representante do projeto Alfaletrar e participante dos vídeos, desenvolveu um trabalho magnífico com o projeto buscando a melhoria da qualidade da educação trazendo ações e vivências para dentro da escola possibilitando assim novas perspectivas para o processo de alfabetização.

A meu ver o mais importante, o ápice dos vídeos, foram as experiências relatadas, já que foram vivenciadas em 23 escolas por 7583 alunos e 497 professores da rede municipal de Lagoa Santa (MG). Essas crianças tiveram a oportunidade de experienciarem a alfabetização de maneira respeitosa e que valoriza seus conhecimentos. Em todas as exemplificações dos vídeos as crianças eram incentivadas a pensar, a participar da construção da escrita, à medida que iam percebendo e diferenciando os sons as professoras iam analisando o progresso de cada um os ajudando a entender seus erros e comemorar seus avanços.

• 2ª ETAPA: Análise das amostras de escrita

1. Antônio está no nível 4 silábico-alfabético. Ele é adulto e compreende a escrita como uma forma de comunicação porque escreveu um bilhete. Sua escrita é como sua fala. Conhece o valor sonoro de quase todas as letras, mas às vezes ainda usa o valor do fonema para representar a sílaba toda (como no caso do porque – usa o som do “q” para representar o que); usa mais de uma letra para representar as sílabas (na maioria das vezes); entende a relação dos fonemas com a grafia das palavras.

2. Odirley está no nível 1 garatujas. Ele ainda não entende que escrever é diferente de desenhar e tenta imitar a letra cursiva (já que é a mais vista em seu cotidiano quando as pessoas escrevem) em uma sequência de desenhos de “emes” interligados para representar sua escrita. O tamanho da escrita não tem ligação com o tamanho da palavra. Todas as palavras são “desenhadas” iguais, com poucas diferenças de tamanho (comprimento) da palavra.

3. Fernando está no nível 4 silábico-alfabético. Sua escrita é como sua fala. Conhece o valor sonoro de quase todas as letras; usa mais de uma letra para representar as sílabas (na maioria das vezes); entende a relação dos fonemas com a grafia das palavras; percebe-se que nas últimas palavras não faz a separação das palavras (provavelmente imitando sua fala rápida) então as letras não fazem bem a representação dos fonemas em todas as sílabas.

4. Pedro está no nível 5 alfabético. Ele compreende que cada letra representa cada menor valor sonoro da sílaba (o fonema). Demonstra uma preocupação inicial com questões ortográficas apesar de ainda apresentar erros em algumas palavras. Segundo Magda Soares ele é alfabético

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