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O Papel Dos Profissionais E Da Instituição No Processo De Organização Da Rotina Escolar

Por:   •  18/2/2024  •  Trabalho acadêmico  •  1.384 Palavras (6 Páginas)  •  102 Visualizações

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PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO[pic 3][pic 4]

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA CURSO DE MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA

DISCIPLINA: TÓPICOS ESPECIAIS: COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA NOS TGD DISCENTE: CLÁUDIA SOLANGE SANTOS E SILVA

ATIVIDADE 3 – O Papel dos profissionais e da instituição no processo de organização da rotina escolar

Neste trabalho, se busca refletir a cerca do papel dos profissionais e instituições escolares frente aos desafios existentes no ensino regular de crianças com Transtorno Global do Desenvolvimento – TGD. Num segundo momento, se pretende propor a organização da rotina no ensino e aprendizagem voltada para a  educação infantil no Atendimento Educacional Especializado - AEE. Tais questões, se justificam diante das dificuldades que o ensino brasileiro vem vivenciando para a efetiva cultura da inclusão no contexto escolar.  

Antes de apresentar a proposta em si de organização da rotina escolar, se faz necessário uma apresentação geral do conceito de TGD a fins de que seja melhor entendido a necessidade do planejamento de ações pedagógicas extruturadas tendo como base as peculiaridades do público-alvo da educação especial e inclusiva.

O termo TGD surgiu no final dos anos de 1960 decorrentes principalmente dos estudos de M. Rutter e D. Cohen que trouxeram novas pesquisas e entendimentos. Deste modo, a definição clara das característica foram favoráveis para a definição precoce do diagnóstico ajudando a laudar crianças que apresentavam prejuízos no funcionamento ou atraso em pelo menos uma das seguintes áreas: funções interativas, linguagem para comunicação social e nos jogos simbólicos. (FILHO; CUNHA, 2010).  

 Apesar desta nova concepção sobre TGD representar novos estudos na área tanto clínica como educacional, é válido evidenciar que culturalmente o conceito de deficiência ainda se baseia na ultrapassada visão clínica das limitações do indivíduo devido a sua deficiência.

 Entretanto, apesar desta concepção ultrapassada e limitadora ainda fazer parte da nossa realidade, surgiram outros estudos contrários a essa concepção que passaram a compreender a deficiência humana a partir da teoria Histórico-Cultural. Seu principal representante Vygotski (1997) afirmou que o processo de desenvolvimento humano ocorre durante a vida social do sujeito resultante de fatores históricos e culturais mediados por interações com o outro, portanto, a natureza humana é fundamentalmente social.

A partir da concepção vigotskiana, a deficiência não deveria ser vista como fator de impedimento ao desenvolvimento, mas sim de potencialidades com foco na compensação social do defeito. Existem por exemplo, inúmeros atletas em jogos Pára Olímpicos que vem se destacando nas competições mundiais e indo além de seus limites humanos numa demonstração de superação e ao combate do preconceito.  

No entanto, ainda percebe-se que apesar da formulação de políticas públicas, conquistas históricas de direitos, aumento das pesquisas científicas e da abertura de debates sociais sobre a necessidade de inclusão na educação especial acompanhamos descompassos que tentam camuflar a realidade, ou seja, “a escola matriculou os deficientes, mas ainda tem dificuldades de lidar com as diferenças”. (RAMOS, 2016, p.11).  

No cotidiano escolar, geralmente encontramos docentes que relatam insegurança para planejar a rotina escolar ao deparar-se com alunos com TGD na sala de aula regular, dificuldades também vivenciada por professores da educação especial que além de atender pedagogicamente o aluno ainda devem realizar o trabalho de formação continuada na escola e sem receber as devidas orientações do poder público para tal.

Percebe-se ainda que a comunidade escolar costuma responsabilizar principalmente os docentes pelas ações de inclusão dos alunos com deficiência. Sendo assim, o mesmo carrega consigo as frustrasções, a insegurança e a constante solidão pedagógica para lidar com a crescente matrícula do público-alvo da educação especial.  

Entretanto, neste contexto real, acredita-se que é possível mediar práticas pedagógicas para a organização da rotina dos alunos com TGD, pois “o  melhor  estímulo  para a  criação  infantil  é  uma  organização  da  vida  e  do ambiente    das    crianças    que    permita    gerar necessidades e possibilidades para tal”. (VyGOTSKY, 2009, p. 92).

Neste sentido, com a intenção de propor possibilidades por meio da organização da rotina escolar, pensou-se no planejamento das seguintes categorias: história, brincar e música. Tais temáticas são baseadas na realidade vivenciada por alunos da educação infantil no AEE de uma escola da periferia do município de Macapá, a maioria do público-alvo são formados por crianças com TGD pois considera-se que “uma rotina adequada torna–se um instrumento facilitador da aprendizagem, ela permite que a criança estruture sua independência e autonomia, além de estimular a socialização”. (BARBOSA, 2006, p.35).  

        Primeiramente, pretende-se que o aluno(a) atendido no espaço pedagógico possa iniciar com a rotina escolar conforme a figura abaixo:

      Fígura 1 – Rotina de organização da rotina escolar.[pic 5][pic 6]

       

1º momento: Ao chegar no espaço será estimulado ao cumprimento, imitando a ação da professora. Em seguida, será conduzido a ação de sentar-se para iniciar as atividades e conforme for ocorrendo as mesmas irá retirar as imagens da rotina que estarão disposto na prancha de comunicação.

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