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O RELATÓRIO DESCRITIVO-ANALITICO DE ATIVIDADES LETIVAS DO CURSO DE PSICOPEDAGOGIA

Por:   •  16/11/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.208 Palavras (9 Páginas)  •  335 Visualizações

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INSTITUTO BRASIL DE ENSINO – IBRA

EZEQUIAS DE FATIMA

RELATÓRIO DESCRITIVO-ANALITICO DE ATIVIDADES LETIVAS DO CURSO DE PSICOPEDAGOGIA

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INSTITUTO BRASIL DE ENSINO – IBRA

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RELATÓRIO DESCRITIVO-ANALITICO DE ATIVIDADES LETIVAS DO CURSO DE PSICOPEDAGOGIA

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SUMÁRIO

SUMÁRIO

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  1.  INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa as reflexões sobre a prática vivenciada sobre as atribuições de um Psicopedagogo no âmbito escolar do curso de Pedagogia. Desse modo, compreende-se que o ser humano tem um papel central nas relações individuais e organizacionais.  “Ser sujeito é colocar-se no centro do seu próprio mundo, é ocupar o lugar do “eu’ (MORIN, 2001, p.65). Esse cenário complexo contribui para que as interações entre sujeitos, organizações e sociedade sejam afetadas, mesmo que esse não seja o objetivo.

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Nessa complexidade, as organizações e sociedade são constantemente desafiadas a entenderem as mudanças desse novo contexto. Segundo Morin (2001) pode se dizer que por um lado ser complexo diz respeito ao mundo empírico, à incerteza. Por outro lado, diz respeito a algo lógico, à incapacidade de evitar contradições.

A Psicopedagogia lida com a aprendizagem humana e com um cenário de contemporaneidade que está diretamente envolvida na complexidade. assim, é necessário um olhar multidisciplinar e interdisciplinar, a partir de conhecimentos sobre as bases orgânicas, psicológicas, cognitivas e sociais do sujeito.

Dessa forma, aprofundar os estudos na área de conhecimento da psicopedagogia, considerando-se suas múltiplas relações, terá valor para compreender os processos de ensino/aprendizagem como duas instâncias que não se separam, que podem ser simultâneos e estão presentes em todo vínculo social.

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A contemporaneidade traz mudanças rápidas nas formas de relacionamento , trabalho e formas de ensino. Todas essas transformações impactam e influenciam nas formas de interação e relacionamento entre organização e sociedade. “Basta lembrar que a sociedade é uma imensa malha relacional envolvente e envolvida nas conexões de sentidos” (GUIMARÃES,  2011, p.150).

Para Porto (2011), a Psicopedagogia se ocupa da aprendizagem humana, e surgiu de uma demanda: o problema de aprendizagem, evidenciando um território pouco explorado, com limites que vão além da Psicologia e da própria Pedagogia.

         Segundo Bossa (1994, apud PORTO, 2011), o centro dos estudos da Psicopedagogia está se estruturando em torno do processo de aprendizagem humana: seus padrões evolutivos normais e patológicos, bem como a influência do meio (família, escola, sociedade) no seu desenvolvimento

No olhar de Fernández (2001a, p.55), a Psicopedagogia tem como propósito abrir espaços objetivos e subjetivos de autoria de pensamento; é fazer com que as situações sejam pensáveis, e acima da importância dos conteúdos pensados, são os espaços que possibilitam fazer pensável um determinado conteúdo. Esses espaços de autoria de pensamento não são construídos de uma vez e para sempre, e sim necessitam ser transformados e reconstruídos permanentemente.

Quando os espaços possibilitam a construção e reconstrução,  temos um lugar que está entre a objetividade e subjetividade, que, portanto, não é somente intrapsíquico. É um espaço que torna simultâneas a objetividade e a subjetividade (FERNÁNDEZ 2001).

Conforme propõe Morin (2001), é necessário romper com o pensamento simplificador, especialmente na construção dos saberes que marca principalmente o âmbito escolar. Essa proposta nos leva a refletir sobre possíveis tensionamentos entre os sujeitos, uma vez que haja a consciência da necessidade de questionar o isolamento dos conteúdos nas disciplinas, reprodução do conhecimento sem a reflexão profunda, a memorização como possibilidade didática e a valorização por notas.

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Partindo dessas ideias do autor, é possível afirmar a abordagem da complexidade e o entendimento de que o todo necessita das partes, assim como as partes necessitam do todo para que ocorra uma efetivação de ambas. É necessária uma reforma no pensar, aproximando, conectando e interligando estes saberes, compondo um fluxo que caminhe entre, no meio e além das próprias áreas de conhecimento.

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A complexidade, cerne do pensamento de Morin, traz em sua essência a tarefa de ligar tudo que está disjunto. Desse pensamento é possível compreender sobre as noções de ordem-desordem-organização, sujeito, autonomia e auto-eco-organização, elementos da complexidade em que vive a sociedade muitas vezes até mesmo sem se dar conta. Nesse momento que a psicopedagogia vai atuar como facilitadora no exercício da (des) construção de novos saberes.

Para compreender a contemporaneidade e as incertezas, Morin (2001) explica que a Complexidade à primeira vista é um fenômeno quantitativo, a extrema quantidade de interações e interferências entre um número muito grande de unidades. Entre essas interferências percebe-se as mudanças nas formas de trabalho e relacionamento.

 Para Guimarães (2001), somos levados a uma nova inserção da questão da complexidade em nosso tempo em que os processos são dinâmicos e nada pode ser revertido aos seus estados originais ou anteriores. O ambiente complexo é marcado por incertezas, não há uma ordem absoluta.

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Pensando nesse contexto e com base em Morin (1996; 2000), se entende o sujeito como auto-exo-organizado, isto é, ao mesmo tempo em que é autônomo em relação ao ambiente, depende dele. Entre outras coisas, "é construtor e construção, tece e é tecido nos processos histórico socioculturais, objetiva-se pela consciência de si mesmo, cria, mas também sofre sujeição, experimenta a incerteza, é egocêntrico [...], sofre constrições e contingências, e auto-eco/exo-organiza-se” (BALDISSERA, 2004, p. 86-87). Dessa forma, compreender que a sociedade se realiza de forma cada vez mais complexa, é compreender também a cultura como teia simbólica que é (re) tecida pelos sujeitos.

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