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O Relatório Educação Infantil -

Por:   •  20/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  3.404 Palavras (14 Páginas)  •  125 Visualizações

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        6

1        LEITURAS OBRIGATÓRIAS        7

2        PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)        9

3        ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC        11

4        ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA        13

5        METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS        15

6        PLANOS DE AULA        16

CONSIDERAÇÕES FINAIS        19

REFERÊNCIAS        20

INTRODUÇÃO

Esse trabalho tem como objetivo apresentar e discutir tópicos referente ao estágio de Ensino Infantil conforme disposto no “plano de trabalho”. O estágio tem como objetivo proporcionar ao acadêmico o contato com a prática relacionando-a com a teoria estudada durante os anos de graduação. Esse contato, porém, precisou ser reformulado por conta da pandemia da COVID-19.

Desse modo, esse relatório discorrerá sobre o estágio adaptado ao contexto de pandemia, o qual tem por objetivo analisar questões referentes a educação infantil. O presente trabalho foi desenvolvido com base na leitura dos documentos que norteiam a prática pedagógica do docente na Educação Infantil, bem como a leitura dos textos obrigatórios, PPP (projeto político pedagógico), BNCC. Será analisado a importância do papel do professor e do ensino na educação infantil, contexto das metodologias ativas, uso de recursos tecnológicos digitais e, por fim, será apresentado dois planos de aula que podem ser utilizados na Educação Infantil

A Educação Infantil deve proporcionar aos alunos possui particularidades diferente das outras etapas, pois trabalha com crianças de 0 a 6 anos, que além do ensino, ela deve promover o desenvolvimento de habilidades motoras, cognitivas, afetivas e sociais, além do desenvolvimento individual do aluno. O espaço deve ser um ambiente prazeroso e que se sintam acolhidos, que possam brincar, correr, aprender, através das diversas atividades, como brincadeiras, músicas, rodas de conversa, visando seu pleno desenvolvimento. O professor que atua nessa etapa deve conhecer e estar preparado para trabalhar com as crianças dessa faixa etária.

  1. LEITURAS OBRIGATÓRIAS

O artigo “O papel do professor e do ensino na Educação Infantil: a perspectiva de Vygotski, Leontiev e Elkonin” discorre sobre as relações que envolvem o desenvolvimento infantil e o ensino entre crianças de 0 a 6 anos de idade, Pasqualini (2010) baseia sua pesquisa em autores renomados da psicologia histórico-cultural, tais como Vigotski, Leontiev e Elkonin. Ainda a autora pontua que os referidos autores defendem o ensino como um elemento norteador do trabalho do docente que atua com alunos dessa faixa etária.

A autora faz uma análise sobre o tema na literatura contemporânea e também analisa conceitos a luz da concepção da psicologia histórico-cultural, como as características do desenvolvimento infantil na faixa etária de 0 a 6 anos e resultados obtidos referente ao ensino e o papel do professor de educação infantil. Pasqualini (2010) enfatiza que o ensino para crianças de 0 a 6 anos era visto primeiramente como um meio de preparação para o aluno ingressar ao ensino fundamental, ou uma forma assistencial a criança, essa etapa de ensino não era valorizada devidamente. As discussões sobre o ensino na educação infantil se intensificou e chegou-se à conclusão de que o objetivo não é o ensino mas a educação deveria ser pautada nos princípios de cuidar e educar.

Segundo Pasqualini (2010), para Vigotski a cultura tem papel fundamental para o desenvolvimento do psiquismo da criança, e para o referido autor, se pautar apenas nas questões biológicas, é simplificar esse processo. Desse modo, para os autores Vigotski, Leontiev e Elkonin a relação estabelecida entre a criança e o meio social ao qual ela está inserida determina as mudanças que ocorreram durante o processo de desenvolvimento psíquico infantil.

Vigotki afirma que a cultura é tudo aquilo que foi criado e modificado pelo homem na natureza, e nesse processo de transformação acaba modificando a si mesmo. Assim, Vigotski atribui as funções psicológicas superiores como resultante desse processo nos seres humanos. Esse domínio é atribuído por meio da significação, ou seja pela criação de signos. Desse modo, o principal signo é a linguagem, sendo essa de suma importância para o desenvolvimento psíquico.

A significação é primeiramente de caráter social, sendo depois internalizada pelo individuo, e isso é a lei genética geral do desenvolvimento cultural, ou seja, é uma operação organizada. Nesse processo de internalização, segundo os autores, só é possível por meio da mediação de outro indivíduo. Assim, no processo de ensino, as condições do meio e a relação com o outro são mais importantes que questões puramente biológicas. Desse modo, segundo Leontiev, a educação se caracteriza nesse processo, pois mesmo que as crianças não estejam na fase de desenvolvimento correspondente, o educador pode agir na Zona de Desenvolvimento Potencial (ZDP), ou seja, naquilo que ainda não foi desenvolvido e assim estimular para que ocorra um desenvolvimento.

Segundo a autora, a imitação é um fator fundamental no processo de ensino, aprendizagem e desenvolvimento. Pois, ao imitar ela precisa de alguma maneira assimilar a conduta do outro e assim compreender o significado da ação. Contudo, no contexto atual, essa prática tem sido abordado como desfavorável, pois estaria limitando as potencialidades intelectuais da criança.

Para Vigotski, o adulto é o mediador no processo de desenvolvimento das funções psicológicas superiores nas crianças e o ensino deve promover esse processo de uma forma não mecanizada. Assim, o ensino deve ocorrer de maneira dirigida, organizada, a fim de que o desenvolvimento das funções seja o melhor possível. Elkonin destaca que o professor possui um papel diretivo no processo educativo, devendo adequar a aprendizagem as fases de desenvolvimento da criança, porém não deixando de atuar na ZDP.

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