O Seminários Temáticos em Educação
Por: Josely Amaral • 18/5/2023 • Trabalho acadêmico • 1.069 Palavras (5 Páginas) • 80 Visualizações
Seminários Temáticos em Educação |
Nome: Cecília Ferreira Amaral |
RGM: 31612199 |
Curso: Pedagogia Semestre: 2023/04 |
Tipo de Linguagem: Linguagem da Cena |
Trabalho analisado (link ou nome da obra): Apresentação da peça “Vestido de Noiva” de Nelson Rodrigues pelo grupo Cia Grutta Teatral - https://www.youtube.com/watch?v=PmA_gg9SriY |
Tutor (a): Felipe Alves |
O Teatro no Exercício da Linguagem Cênica / UNIDADE I
Introdução
Quando falamos em Linguagem da Cena, falamos das diversas formas de linguagens expressadas pelo corpo, pela voz, pela música, pelo teatro, mímica e dança, nada mais é que uma arte, a arte cênica. Ela é a forma artística representada em um palco, onde será assistida por diversos espectadores, nela é transmitida a compreensão da forma como acontece uma representação, podendo ser também em praças e em ruas.
Essa linguagem abrange a prática de toda forma de expressão que tem a necessidade de representação, pode ser dividida em cinco gêneros, sendo o trágico, dramático, cômico, musical e o de dança.
O processo de aprendizagem da Linguagem da Cena através do teatro nas escolas ocorre por meio da interação, relação e colaboração dos alunos, dos professores e coordenação, abrange a relação social, o desenvolvimento humano, a empatia, a criatividade e muitas outras habilidades, inclusive o desenvolvimento através de novos saberes, novas culturas, gêneros textuais, trabalha a leitura, a escrita e desenvolve a autonomia.
A relação da educação e da aprendizagem por meio do desenvolvimento de atividades teatrais aumenta as experiências e melhora de forma significativa os resultados de participação, motivação e interesse mútuo, estimula a criatividade, a imaginação, o conhecer a si e ao outro, respeitando e exercendo a inclusão.
Na peça teatral “Vestido de Noiva” do autor Nelson Rodrigues é transmitida diversas ações e expressões, deixando um questionamento se a obra relata a realidade, a alucinação ou a memória.
Apresentada pela primeira vez em 1943, é considerada até os dias atuais um marco na história da dramaturgia brasileira e foi a segunda peça que Nelson Rodrigues escrevera.
Como seu pai, Nelson atuava como jornalista e procurava diversas formas de como complementar sua renda nessa época e seu primeiro trabalho apresentado nos palcos foi a peça “A Mulher sem Pecado” que tentava ganhar visibilidade de várias produções, porém, foi considerada uma obra com alto valor artístico em 1942, ano em que foi estreada, mas não obteve sucesso e teve como resultado um fracasso nas bilheterias.
Um ano após A Mulher sem Pecado, “Vestido de Noiva” trouxe uma reviravolta na vida de Nelson, considerada uma obra complexa, foi montada pelo diretor polonês Zbigniew Marian Ziembinski que deu forma a obra de Nelson. Era um diretor rígido, exigente com a encenação, ensaios sem grandes pausas e constantes que levou a crítica brasileira a níveis mais desenvolvidos.
Desenvolvimento
Constituída por três atos, Vestido de Noiva constrói uma tensão dramática já no início da peça através da personagem Alaíde, esposa de um homem muito importante que é atropelada, mas não se sabe o motivo, se foi um acidente, um ato criminoso ou se ela havia tentado um suicídio, o que traz ao espectador um notório resultado desta obra através das questões apresentadas.
Alaíde tem um passado que a faz se sentir culpada em relação a sua irmã Lúcia, pois já havia tido um romance com o seu namorado e por este motivo, Lúcia ficava escondida ao abrigo de um véu em sua cabeça e sempre acusava a irmã de ter roubado seu namorado.
O personagem Pedro, um homem cínico e arrogante que era casado com Alaíde não esquecia e sempre deseja Lúcia, sua ex-namorada e ambos planejavam assassinar sua esposa, irmã de Lúcia.
Na década de 1905, uma jovem chamada Madame Clessi havia sido assassinada onde os pais de Alaíde e Lúcia tinham ido morar, lá era o local onde exercia sua profissão de prostituta de luxo. Alaíde tinha lembranças de sua infância no sótão, lugar onde encontrou o diário de Madame Clessi.
Dona Lígia e Gastão eram os pais de Alaíde e Lúcia; ela era uma mulher conservadora que prezava a tradição dos bons costumes e seu pai, que tem sua apresentação curta, mas marcante por representar de forma profunda a importância da protagonista da peça.
Alguns elementos usados na peça, como o véu de Lúcia defende o modo fantástico em Vestido de Noiva, outros elementos como a luz, o microfone, o palco dividido em três partes, as cenas alternadas, a autenticação, etc. colaboram com o extraordinário que abre caminho para a hesitação, a ambiguidade e traz questionamentos sobre até que ponto essa obra está no plano real, ou de memórias ou de alucinação.
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