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O Supervisor na Educação

Por:   •  16/4/2016  •  Dissertação  •  933 Palavras (4 Páginas)  •  302 Visualizações

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A escola como uma instituição complexa, essa massificação crescente do ensino, o sistema educacional não vai poder dispensar a figura desses agentes supervisores do sentido de verificar rendimento da máquina no seu conjunto. É nesse momento que a figura do agente externo ao processo de ensino e aprendizagem, esse elemento externo as relações docente e discente, aluno/professor, começa a adquirir uma projeção maior, uma responsabilidade maior. A interferência do supervisor é de provocar, alimentar uma reflexão, para uma tomada de decisão mais lúcida, a supervisão é indissociável da formação continuada dos educadores. Se pensarmos em formação continuada só como cursos, palestras e congressos que podem ser muito interessantes realmente, mas eles jamais vão esgotar ou vão garantir o principal que essa reflexão sistemática sobre o trabalho que está sendo feito e compartilhado pelos corresponsáveis.

A primeira função do supervisor era de guardião do currículo, cabia-lhe orientar os professores a fim de que a organização curricular prevista para a escola alcançasse seu maior grau possível de materialização. O processo de massificação da escola levou ao processo de racionalização de trabalho escolar, que por sua vez criou a demanda de novos agentes educacionais. E a figura do supervisor ganha novas atribuições. Os supervisores deixaram de ser meros guardiões do currículo e passaram a serem guardiões das proposições legais. Não dar para imputar como sendo culpa do supervisor essa burocratização da função. Esses elementos burocráticos, eles tem um papel na democratização do ensino, bastante grande e a exigência  do cumprimento da legislação também é um elemento de democratização. Não se pode eliminar a estrutura burocrática, ela tem a marca da racionalidade, se está desperdiçando  tempo e esforço é um desvio, o excesso  da papelada também é um desvio da burocracia e não característica dela.O olhar disciplinar deve multiplicar seus degraus, espalham por toda superfície, entre tanto, deve ser discreto para não pesar como uma massa inerte sobre a atividade disciplinar e não ser para ela um freio ou um obstáculo.  Deve integrar-se ao dispositivo disciplinar com uma função que lhe aumenta os efeitos possíveis. É preciso decompor suas instancias, mas para aumentar sua função produtora. Isso não pode ser feito de forma abusiva ou desrespeitosa, pode si fazer isto de forma pedagógica. Se não for dessa forma pedagógica, o olhar supervisor mais atrapalha do que ajuda. Algo como, um faz e o outro desfaz, seria assim, um jeito vigarista de ser.

        Tem um modelo de supervisão de si colocar no lugar do outro indevidamente, um supervisor de ensino, por exemplo, não pode roubar a cena do diretor, do coordenador pedagógico, na condução na vida da escola, ele só vai atrapalhar, ele tem que dialogar com a equipe de direção e coordenação, tentar compreender o que está em andamento, que dificuldades estão encontrando, o quê eles acham que está indo bem. Tem que respeitar o que as pessoas sabem, o jeito que elas fazem como ponto de partida para propor algo diferente e algo diferente se faz imposto vaza pelo vão do dedo. Obviamente quando a vida do professor é invadida por um discurso público, a resistência é grande, ele não se reconhece nesse discurso público e repentinamente invade a vida da instituição escolar, invade a sua atividade profissional.

        O que a gente tem de cultura política, é às vezes pegar uma diferenciação técnica de trabalho e travesti de divisão social do trabalho. Se é supervisor é superior ao diretor, o assistente e diretor são superiores ao professor coordenador, e o coordenador é superior a professor. E nessa mesma ideologia faz o professor achar que é superior ao aluno. Este colocar  superior ao aluno, não é o que se espera. È impossível uma vida em sociedade sem um sistema escolar. Um dos primeiros parágrafos das nossas leis de diretrizes e bases, diz sobre formação integral da cidadania, é exatamente isso a formação da cidadania, mas a cidadania não se forma na esfera privada, na esfera familiar e nem  na vida afetiva, mas na vida pública, na vida dos negócios públicos, esse é papel da escola na sociedade moderna.O escrúpulo clássico é esse, escola popular, formar para a cidadania é o estado que educa. A autonomia da escola pública , não é sinônimo de soberania, de ausência de compromisso de prestação de contas morais e financeiras ao próprio  sistema escolar, a comunidade e a sociedade.O estado trás para si a organização de sistemas estatais de ensino, de sistemas  publico de ensino. A escola legislada pelo estado, supervisionada pela burocracia de estado.

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