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O TRABALHO E EDUCAÇÃO

Por:   •  12/3/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.184 Palavras (5 Páginas)  •  92 Visualizações

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Discente: Mônica Ferreira

        TRABALHO FINAL

2021.1

  1. Apresente o conceito de trabalho em BRAVERMAN (2012).

De acordo com Braverman (2012, p. 49), o trabalho é “uma atividade que altera os materiais” que estão dispostos da natureza, com o objetivo de “melhorar sua atividade”.

Para o homem o trabalho é “consciente e proposital”, afirma o autor, e o seu mecanismo de regulação é o “poder do pensamento conceptual” (p. 51).

Sendo uma atividade proposital e orientada pela inteligência, é um produto essencialmente humano, que se detém na força motivadora de transformação do mundo que nos cerca.

O trabalho também se constitui como capacidade humana de exercício de poder, que transforma insumos em matérias que utilizadas em sociedade. No entanto, ao executar um trabalho remunerado, conforme Marx, o homem está oferecendo a sua “força de trabalho”, que impulsiona a economia e divide a sociedade em classes: burguesia e proletariado; empregadores e empregados; ricos e pobres.

  1. Evidencie as transformações conjunturais econômico-produtivas no Taylorismo, Fordismo e Toyotismo (ANTUNES & PINTO, 2017) e seus impactos na educação contemporânea.

As transformações conjunturais que influenciam os meios de produção e a economia dizem respeito à acumulação de riquezas, desigualdade social, produção em série, distribuição de tarefas e responsabilidades através de uma cadeia hierarquizada, acúmulo de capital e intensificação do processo de controle da força de trabalho do homem, resultando na “ampliação das fraturas sociais em uma sociedade já fragmentada entre proprietários dos meios de produção e trabalhadores/as despossuídos/as” (ANTUNES & PINTO, p. 32).

A produção em série acarretou na aceleração do capitalismo, fazendo com que a sociedade aderisse ao consumo desenfreado. Também favoreceu a desvalorização do trabalhador que, não se adequando aos meios de produção, é sumariamente descartado.

O taylorismo-fordismo com seu modelo de “escola ideal” fragmentou totalmente o ser humano, o trabalhador; a categoria de educação para essa qualificação é o que promove o desmembramento, separando o trabalho intelectual do manual.

Fica bem claro que na educação contemporânea, temos uma escola fragmentada. Temos a escola qualificada que preparam os filhos das classes alta e média para serem os gestores, os CEOs; e a escola pública precarizada onde os filhos da classe trabalhadora (mais pobre) que vai formar a “Fábrica da Educação”, onde apenas forma os apertadores de parafusos dessas grandes empresas.

Já o Toyotismo com sua concepção de empresa enxuta e flexível, reverbera que a Educação se preocupa em ser assim; enxuta, flexível, múltiplas formações e politécnica.

  1. Discuta quais os desdobramentos da Nova Gestão Pública/ Neoliberalismo (SAVIANI, 2013) para a formação do trabalhador na EJA (RUMMERT, ALGIBAILE & VENTURA, 2013) e no Novo Ensino Médio (KUENZER, 2017).

Consistem em um tipo de educação que desempenha o papel de formar trabalhadores para atuar no sistema de capital-imperialismo de forma subalterna, seguindo as estratégias de controle social, promovendo a criação de parcerias público-privadas e outras ações articuladas com empresas, bancos e diversas organizações da sociedade civil, que colaboram para a produção que incentiva e nutre o capitalismo.  E que, infelizmente, contribui para a “dominação burguesa e da mentalidade de longa duração herdada do período colonial e escravista, que, em simultâneo, busca firmar sua integração subalterna no atual cenário internacional”  (RUMMERT, ALGIBAILE & VENTURA, 2013, p. 717).

Perante o momento político vivenciado no momento, essa nova modalidade de aprendizagem flexível com o Novo Ensino Médio, nos remete ao Toyotismo, onde se valorizavam profissionais que são multitarefas, com competências diferenciadas e educação desigual.

Contudo, ao se propor um modelo educacional que procura elevar o desempenho dos alunos, a partir de competências, com índices resultantes dos exames das avaliações externas, demonstra-se o caráter de competição e meritocracia, fatores que exibem um cenário excludente e desigual, uma vez que a educação precisa considerar as demandas sociais.

  1. Conceitue a partir de Lemme (1955) e Manacorda (2010) o termo Politecnia.

Tanto para Lemme (1955), quanto para Manacorda (2010) o termo politecnia diz

respeito a todas as dimensões do ser humano; onde trás uma plena e total manifestação de si mesmo, em que o ser humano consiga ter uma formação humana integral, independente das ocupações específicas que ela ocupa. Onde possa superar a divisão social do trabalho em “trabalho manual” do “trabalho intelectual”. Que todos possam ter uma educação que propicie que os filhos dos trabalhadores e os trabalhadores, também possam exercer funções intelectuais; assim se inserindo como um ser autônomo, crítico e livre.

  1. Diferencie as perspectivas de educação profissionalizante/ unilateral/ utilitarista da perspectiva Politecnica/Omnilateral (MANACORDA, 2010).

Na perspectiva de educação profissionalizante/unilateral/utilitarista subtende-se que (Manacorda, 2010) se refere a uma educação em que apenas se considera a existência da propriedade privada (capital), da separação das classes sociais, da divisão do trabalho como causa da degradação do homem, onde o operário fica limitado a uma única habilidade, ele não tem o retorno daquilo que produz, ficando caracterizada a total desvalorização, a alienação do homem.

Já na perspectiva Politecnica/Omnilateral, acontece o contrário. A formação vai para além do capital, o homem se constrói como ser humano em sua totalidade. Uma educação que busca formar o ser humano crítico, emancipado;  que tenha autonomia e consciência da  sua realidade específica, dentro de seu contexto e da sociedade. Uma educação ampla em todos os sentidos de suas capacidades, físicas e intelectuais, que alcance o sujeito de uma forma completa, que não sejam apenas mais uma peça de uma engrenagem de um sistema capitalista. Formar homens que se afirmem historicamente, que se reconheçam mutuamente em sua liberdade; que produzam, mas que também usufruam daquilo que produzem.

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