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O homem constrói o mundo e a história

Por:   •  27/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.931 Palavras (8 Páginas)  •  727 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA

ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR EM GRUPO

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Penápolis

2011

ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR EM GRUPO

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia  da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná,para  as disciplinas: Sociologia da Educação Profª. Okçana Battini. Teoria Geral do Conhecimento Profª. Marcia Bastos de Almeida. Processo Educativo no Contexto Histórico Profª. Bernadete Strang. Psicologia da Educação Profª. Daaniela Fioravante

                                                                     

                                                                                                                                 

                                                                 

Penápolis

2011

INTRODUÇÃO

O homem constrói o mundo e a história. Ele próprio é um processo em formação, e de sua construção, como sujeito, depende a social. A sua realidade concreta, palpável, é a individualidade. Imerso em um processo de interações sociais e relações com claras marcas culturais, ele constrói e reconstrói a sociedade, a história social e a si mesmo, de modo que o conhecimento sobre si próprio é marcado por influências culturais.

Como “ser em si mesmo” o homem é um sujeito de relações. A palavra existir já contém em si mesma a idéia de comunicação, de poder de transcendência, de discernimento, de nuances de julgamento crítico. Ele é, então, capaz de tomar distância, de objetivar o mundo e objetivar a si mesmo através do ato de conhecer.

Pelo ato de conhecer o homem pode criar sua consciência de mundo, construir sentidos significações e símbolos. Tendo como característica a ação-reflexão, o ato de conhecer permite ao homem tomar consciência de sua qualidade de sujeito.

Qualquer povo só constitui uma sociedade humana se tem uma história para poder perpetuar a sua identidade, preservar seus traços culturais e cultivar suas tradições. A história de um lugar qualquer só é compreendida a partir da fixação nele de uma sociedade organizada que, por diversos feitos, modifica a realidade. A ação dos homens sobre a natureza, suas relações e as transformações provocadas constituem o conjunto de elementos que marcam, no decurso do tempo, a sua história e a construção da sociedade.

DESENVOLVIMENTO

Do ponto de vista sociológico é através do trabalho que o homem estreita suas relações sociais fora do ambiente familiar. O homem pode se dizer um cidadão a partir do momento em que, dentre outros, pode trabalhar e ser reconhecido pelo seu trabalho. É através do trabalho que o homem pode se sentir um ser livre e construtor da sociedade na qual está inserido.

Gomide (2008) explica que através do trabalho o homem produz, é transformado e transforma a sociedade na qual está inserido:

O trabalho pode ser considerado então, o processo entre a natureza e o homem, através do qual este realiza, regula e controla, mediante sua própria ação, o intercâmbio de matérias com a natureza. Desta forma ‘trabalho é uma relação de dupla transformação entre o homem e a natureza, geradora de significado’. De forma mais sintética ‘trabalho é o ato de transmitir significado à natureza’. (GOMIDE, 2008. P. 17)

Todos os indivíduos realizam algum tipo de trabalho, porque é assim que a vida cotidiana é gerada, e quando não há a idealização de um objetivo a ser atingido com o trabalho cria-se um mito, o da ascensão social a partir da realização de trabalho.

Quando se fala em mito parece à primeira vista, que mito e cotidiano são palavras que expressam noções de tempo muito diferentes. O mito enquanto “narrativa”, que transmitida por meio da oralidade e da tradição, constitui uma “visão de mundo” que consolida um modelo de cultura, de natureza, de sociedade, etc. (PECHULA; RIBEIRO, 2008).

Na afirmação de Brandão (1986), a representação do mito nos tempos primordiais é equivalente aos ensinamentos que, hoje, os pais transmitem aos seus filhos, por meio de suas próprias experiências de vida. Assim, os mitos “delineiam padrões para a caminhada existencial através da dimensão imaginária. Com o recurso da imagem e da fantasia, os mitos abrem para a consciência o acesso direto ao Inconsciente Coletivo” (p.9).

É nesta perspectiva que o mito pode ser considerado como algo verdadeiro, isto é, há uma compreensão que satisfaz a ansiedade humana quanto á sua origem.

Os mitos, efetivamente narram não apenas a origem do Mundo, dos animais, das plantas e do homem, mas também de todos os acontecimentos primordiais em conseqüência dos quais o homem se converteu no que é hoje – um ser mortal, sexuado, organizado em sociedade, obrigado a trabalhar para viver, e trabalhando de acordo com determinadas regras (ELIADE, 1994, p. 16).

Burke (2002) afirma que os mitos são histórias com funções sociais, uma história que serviria como autorização para o presente, ou seja, seria uma história fictícia com a função de justificar alguma instituição no presente, desta forma, a antropologia observa no mito uma mensagem que seria capaz de revelar o que uma determinada sociedade pensa.

Portanto, observa-se a existência de correntes e análises distintas quanto ao mito, mas conclui-se que o mesmo se mostra de grande importância para uma análise apurada da sociedade que o produz ou que se apropria dele (DINIZ, 2011).

Vale destacar que o mito e o cotidiano caminham juntos, pelo menos ao se pensar no contexto das Grandes Navegações entre os séculos XV e XVIII, mito no sentido das “lendas” que permeavam o pensamento do homem que pouco conhecia o além mar, um influencia o outro, pois ambas permaneceram juntas para a sobrevivência e desempenho das funções dos indivíduos ali inseridos (DINIZ, 2011, p. 4).

Um instrumento privilegiado que possibilita a apreensão e a materialização desses significados é a linguagem. À medida que o homem utiliza e se apropria das diversas linguagens existentes (gestual, oral, escrita, etc.), as quais servem como mediadoras de sua relação com este meio (Vygotsky, 1989), passa a ter acesso a um vasto conjunto de significados historicamente produzidos. Contudo, enquanto um ser ativo, ao se apropriar dessas linguagens, desses significados presentes em uma determinada cultura, ressignifica-os, conferindo-lhes um sentido próprio construído através de suas relações.

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