O papel do brincar

Infância e Educação Infantil

1 – O papel do brincar pode ser entendida como uma estratégia de reflexo, analise e critica das diferentes realidades onde as crianças vivenciam suas infâncias, favorecendo o processo de apropriação de cultura humana que esta posta e circunda as crianças nos diferentes espaços que ela esta presente. Ao brincar, as crianças deixam evidentes aspectos de sua realidade, o que vem a favorecer a analise dos elementos presentes em seus repertórios socioculturais. O ser humano historicamente sempre brincou, mas com a chegada do período industrial e as transformações sociais o brincar se transforma junto, e toma características diferentes, os mais favorecidos são ocupados com cursos e atividades, os menos favorecidos eram explorados no trabalho reduzindo assim o tempo de brincar para ambos, o aumento da violência e a falta de segurança o brincar, além de reduzido o tempo, passou a ser restrito e singular, os brinquedos eletrônicos foram substituindo as brincadeiras coletivas. Fica claro que o brincar esta sujeito as transformações sociais que refletem diretamente no modo como a brincadeira acontece e executada seja individual ou coletivamente, sendo o brincar uma rotina dividida por classes.

2 – A principio as crianças utilizam a brincadeira de faz de conta para reinterpretar os fatos vivenciados no seu cotidiano representado aquilo que fazem parte de sua rotina, a autora ao dar ênfase a importância do brincar para o desenvolvimento infantil, e ressalta o papel da brincadeira de faz de conta para a riqueza das situações que são criadas e reinventadas, pois ele a considera o faz de conta  “laboratório” da infância. O brincar como uma das principais linguagens da infância nos faz perceber que tal atividade e fundamental par a o desenvolvimento humano, tendo em vista que, para a criança que brinca, o brincar e carregado de significados que extrapolam muitas vezes a nossa compreensão adultocêntrica, sendo um modo de explicar as situações e acontecimentos do cotidiano com elementos da realidade. Na brincadeira a criança se sente livre par expressar seus sentimentos e analisar os fatos do cotidiano sob sua ótica. A teoria histórico cultural considera a brincadeira como atividade principal da criança, pois alavanca seu desenvolvimento, exercendo fundamental importância nos processos de aprendizagem.

Tratando de mobilidade, as estratégias e as formas de ensino ainda dominantes colocam as crianças, na maior parte do tempo em situações de imobilidade e controle pelos professores, sem tempo para o movimento, a brincadeira, o inesperado e o transformador. A dança tem como finalidade possibilitar a exploração de movimentos, do expressividade, das ideias e das emoções. Uma criança sem estímulos à mobilidade, principalmente na infância, pode desenvolver padrões de contensão, oque vai impedir a vivencia de processos importantes na busca do autoconhecimento e da autonomia. O movimento proposto a partir de situações novas e desafiantes busca permitir a  abertura do sujeito para a interação com suas próprias limitações e com o outro, saltar, correr, rolar e esticar são algumas dos inúmeras ações possíveis ao corpo. Essas ações, quando praticadas com frequência e conduzidas dentro da atividade grupal com propósitos claros podem prevalecer o desenvolvimento de um maior domínio de movimentos e possibilidades essências ao dia a dia, tais como: equilíbrio, coordenação, controle, impulso, força, firmeza e a flexibilidade, aplicadas nas ações com vistas a uma vivencia harmoniosa de cada um. Entre as diferentes expressões artísticas, a dança propicia para os educadores descobertas sobre as singularidades da criança, através de uma dialogo não verbal criativo, que tem no corpo o seu expoente, fazendo da criança o protagonista da relação.