O processo de alfabetização
Por: gal31 • 24/5/2015 • Artigo • 5.799 Palavras (24 Páginas) • 192 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Idosa é aquela pessoa com 60 anos ou mais, em países em desenvolvimento, e com 65 anos ou mais em países desenvolvidos. Porém, existem diferenças significativas relacionadas ao estado de saúde, participação e níveis de independência entre pessoas que possuem a mesma idade (OMS, 2002).
Nessa mesma linha, a Política Nacional do Idoso no Brasil, em consonância com a OMS também define como idosa a pessoa de 60 anos ou mais. O envelhecimento, no entanto, não começa aos 60 anos, pois estamos envelhecendo desde o momento em que nascemos (VASCONCELOS, ALESSANDRA 2009).
Segundo Nascimento (2001), “Envelhecer é um processo que o homem atravessa desde sua concepção até a morte. Em cada indivíduo, as mudanças físicas, comportamentais e sociais desenvolvem-se em ritmos e em velocidades diferentes”.
Apesar da evolução tecnológica, o ser humano continua sendo dependente, principalmente na primeira fase da vida enquanto criança e na última, enquanto idoso, requerendo naturalmente uma atenção diferenciada. Segundo Leite (1995), dependência significa uma condição do idoso podendo ser decorrente de doenças crônicas ou de outras patologias, que lhes ameaçam a integridade física, social e econômica, diminuindo ou impedindo a capacidade do indivíduo para atender suas necessidades.
Algumas alterações podem conduzir o idoso à dependência, dentre estas pode-se destacar aquelas relacionadas ao adoecimento, as quais, por suas características de cronicidade, geram situações que necessitam da presença de outrem por longos períodos, sendo, nestas ocasiões, a família a principal fonte de cuidados, principalmente diante da internação hospitalar do idoso por um período longo, que podemos chamar de Permanência Hospitalar Prolongada como sendo aquela em que o paciente permanece por um tempo superior a trinta dias numa mesma instituição.
O artigo 3º do Estatuto do Idoso atribui à família, à sociedade e ao Estado o dever de amparo aos idosos, de forma a assegurar seus direitos fundamentais e atender suas principais necessidades.
É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. (BRASIL, 2003)
Sabe-se que a família é uma instituição social e está sujeita às influências que a realidade cultural e histórica determina e por isso, frequentemente, passa por crises durante o seu processo histórico. Diante da vida agitada e o número crescente de compromissos, diversas famílias ao longo do tempo vêm se tornando impossibilitadas para prestarem os cuidados devidos ao idoso, levando muitos a viverem isolados e com o sentimento mais comum de inutilidade.
Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro e o consequente aumento da população de idosos, Neri (1993) relata um crescimento de profissionais conhecidos como cuidadores. No decorrer deste trabalho serão abordadas e aprofundadas questões sociais do idoso dentre estas destacamos: Quais as características dos cuidadores de idosos? Qual a importância do cuidador formal no auxílio à família e como é esse relacionamento? Pois, sabemos que a maioria dos idosos hoje em dia, principalmente àqueles cujas condições sociais facilitam, possui um cuidador formal para prestar-lhe assistência durante a ausência da família. Quais as dificuldades apresentadas pelas famílias no processo de cuidados ao idoso dependente? Haja vista, considerarmos que atualmente às famílias estão cada vez mais centradas em suas ocupações e não estão preparadas para cuidar de um idoso com limitações. Desta forma, pretendemos com estes argumentos demonstrar o enfrentamento das famílias e a importância de um cuidador diante de um idoso com dependência. Sendo este peça fundamental na difícil tarefa de proporcionar uma qualidade de vida com menos sofrimento e mais alegria ao idoso.
Para tanto, entendemos como cuidador, pessoas que cuidam a partir de objetivos estabelecidos, zelando pelo bem estar do idoso. Importante ressaltar que a atividade de cuidar de pessoas, sempre existiu e vem se destacando nos últimos tempos. Porém, é muito mais que um ato, requer responsabilidade, conhecimento e efetividade.
Maffioletti, Loyola e Duarte, (2006) definem o cuidador formal como o profissional que trabalha com a população da terceira idade, fazendo elo entre o idoso e a família, estando capacitado para auxiliar o idoso que apresenta limitações para realizar as atividades e tarefas da vida cotidiana. Segundo eles, o cuidador é aquele que aplica a atenção, o pensamento, a sua energia física e emocional e principalmente o seu amor e sua capacidade de doação no cuidado do outro.
2 JUSTIFICATIVA
O Brasil tem aproximadamente 22 milhões de pessoas idosas, destas, pelo menos três milhões são dependentes. Cuidar de idosos dependentes não é uma tarefa fácil, principalmente quando se trata de portador de doenças neurológicas como o Alzheimer, o Parkinson ou sequela de Acidente Vascular Cerebral (AVC), além de alterações do comportamento que podem surgir (insônia, agitação e alucinações), podem submeter a quem cuida a situações de grande estresse. Diante desta realidade, convém afirmar que o papel do cuidador vai muito além de um simples acompanhamento das atividades diárias. Para tanto, esse profissional deve estar capacitado para atender as necessidades inerentes aos cuidados com o idoso (Borges, 2012).
Com base nesse contexto, podemos afirmar que o envelhecer é um processo natural do homem. Independente da vontade de cada um, o envelhecimento dia após dia, faz parte da condição humana, visto que “envelhecer é um processo fisiológico e natural pelos quais todos os seres vivos passam e em especial o ser humano”. (CALDAS, 1998, p.28). É notório que o aumento da demanda de idosos que necessitam de cuidados específicos tem sido maior que a oferta de profissionais cuidadores.
O interesse em desenvolver este trabalho, surgiu a partir da percepção enquanto Assistente Social da área da saúde, durante as visitas realizadas aos leitos de uma instituição hospitalar da rede privada, onde um grande número de pacientes idosos dependentes e com internação hospitalar prolongada são acompanhados por cuidadores. Diante do exposto, neste trabalho pretende-se fazer uma discussão com base em trabalhos de pesquisadores dessa área, sobre a importância do cuidador, considerando-se para tanto, o cuidador formal por ser uma presença constante ao lado do
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