O processo de organização social no Brasil
Seminário: O processo de organização social no Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mcarolinda • 29/1/2015 • Seminário • 441 Palavras (2 Páginas) • 337 Visualizações
O processo de organização social no Brasil teve início com a colonização em 1500, sendo que na tentativa de explorar os recursos naturais do território, o governo de Portugal estabeleceu na colônia um modo de produção baseado no trabalho escravo. A chegada de “negros” africanos ao Brasil fazia parte de uma conquista do governo português, que se dedicava à comercialização de escravos africanos, sendo uma importante atividade para gerarem lucros, além do aproveitamento da força de trabalho do “negro” que era levado à exaustão, por vezes até à morte, sendo tratado como ser inferior aos animais que coabitavam nos ambientes de trabalho.
Entretanto o “negro” trazido ao Brasil na condição de escravo teve sua dignidade e cidadania negada, e submetida a condições de trabalho adversas, se manteve numa posição subalterna, sofrendo todo tipo de maus tratos, tortura, mutilação, açoitamentos, amputação de membros, lesões que causavam cegueira, serventias desumanas e inclusive sexuais. A presença do “negro” na estrutura social brasileira a partir do processo de colonização é relevante ser considerado, para que se possa compreender o quanto as mudanças sociais apresentadas a partir da década de 1980 que culminaram com a promulgação da Constituição de 1988, pautada em princípios democráticos visando contribuir para o resgate da cidadania e da minimização da desigualdade, veio contribuir para a organização dos grupos sociais, minorias étnicas e outras categorias de sujeitos sociais a reivindicarem direitos, para que projetassem possíveis condições dignas de sobrevivência.
As mobilizações de grupos organizados em defesa dos direitos da “raça negra” no Brasil tomaram corpo a partir da consolidação da democracia, em que a luta por direitos e reconhecimento da contribuição da cultura africana se intensificou em nosso país, numa intensa mobilização e luta dos grupos étnicos organizados, buscando-se alcançar representatividade política para defesa de direitos de acesso aos bens sociais, voltados a produção de uma vida digna e capaz de garantir através da educação, a participação no mundo do trabalho.
Na atualidade, o governo estabelece o acesso de alunos “negros” aos cursos superiores nas instituições públicas brasileiras através do sistema de cotas, assume um valor significativo no campo social e jurídico em decorrência da necessidade de resgatar a dívida histórica, moral e social que o Estado tem com esses sujeitos, os quais foram historicamente tratados com desigualdade, vivendo em sua maioria na pobreza, miséria, e quando inseridos no mundo do trabalho, assumem posições subalternas ou de subempregos, desempenhando serviços difíceis e desvalorização de seu real valor humano. Assim, teremos o reconhecimento em que a educação se torna uma peça fundamental para construção de um novo ideal.
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