ORIGENS (1500-1600) I.PRELIMINARES
Por: Pedro Basilio • 6/2/2019 • Relatório de pesquisa • 1.848 Palavras (8 Páginas) • 164 Visualizações
ORIGENS (1500-1600)
I.PRELIMINARES
Vamos começar lembrando alguns valores que informam a vida e a cultura medieval que persistiram ao longo do processo que se pode denominar renascimento. O advento dos tempos modernos, graças a vevivescência do espirito grego-latino, as descobertas geográficas, as invenções e etc. Isso não significa a morte definitiva da Idade Média. Europa e Portugal se manteve se manteve fiel a certas estruturas socioculturais herdadas da Idade Média e somente no século XVIII com o recionalismo iluminista que tal coisas começaram a se espalhar.
Nas terras de Santa Cruz em 22 de abril de 1500 trouxe uma visão de mundo tipo medieval amparada de padrões e cultura. Pero Vaz de Caminha interpreta de modo pré-renascentista o mundo novo que acabavam de encontrar.
A literatura brasileira dos séculos coloniais desenvolveu-se desde do início segundo estruturas culturais de nítido contorno medieval, entretanto é sobretudo durante durante a centúria quinhentista que faz tal fenômeno se torna mais equivocado. Nossa literatura em seu primeiro momento tinha um cunho pragmático ou seja carregavam um parâmetro jesuítico, com informações de terras e se constituía em instrumental de catequese com parâmetros pedagógicos.
O sentido pragmático da atividade literária e historiográfica durante os anos da expansão ultramarina portuguesa está perante já no primeiro documento que o Brasil provocou e que nos serve de partida a carta de Pero Vaz de Caminha datada de porto seguro , “da vossa ilha de Vera Cruz, hoje, sexta feira primeiro dia de 1500”. Escrita em forma de diário de bordo, a carta relatava acontecimentos relacionados a descoberta da nova terra, Pero Vaz atribui a carta a carta as funções de mensageira da paz e ganha título de grande cronista, nesta carta ele conta a beleza da terra e caracteriza os povos que viviam lá como belos e encantadores como tudo que existia na terra nova.
Tão imbuíto estava o cronista das matrizes culturais e sócias da idade média que vinha despreparada para o descobrimento do mundo primitivo.
Assim além da importância histórica “quase toda a carta é uma esplêndida página de antologia, cujas qualidades literárias um Oswaldo de Andrade sabe sentir ao retirar dela sugestões poéticas transportas para o pau Brasil, um Mário de Andrade ao parafraseá-la em Macunaíma’’ pau-Brasil é de 1925, e Mário de Andrade glosa a Pero Vaz de Caminha na “carta pràs Icamiabas”, inserta na referida obra publicada em 1928.
II. LETERATURA JESUÍTICA
Para dar início a cerca da literatura jesuíta deve necessariamente começar por uma breve reflexão a respeito da importância da companhia de jesus na colonização e na história da cultura do Brasil. Eles que trouxeram o ensino e educação para o povo da terra nova.
A ação dos jesuítas entre nós durante os séculos coloniais precisa ser encarada em dois planos: um referente ao expansionismo geográfico da metrópole, posto em prática desde a retomada de Ceuta em 1415; outro referente a cultura que os informava e que os propuseram disseminar nesta parte do mundo.
Em primeiro plano eles colaboraram para a fixação das fronteiras, procuraram atrai os indígenas para o trabalho sistemático e rendoso. Em plano cultural o panorama muda ou apresenta-se menos claro. Sabe-se que “desde da entrega do colégio das artes, por D. João III, 1555, aos jesuítas, eles mantêm o seu domínio sobre a cultura portuguesa. Em consequência, graças a uma pedagogia de base escolástica, os jesuítas impedem que Portugal se beneficie da filosofia natural e humanística e do expansionismo lançados em voga cm o natural e humanista e do experimentalismo lançados em voga com o renascimento.
Dessa forma a cultura portuguesa medievalizada, atrasa-se em relação à Europa, e tão fortemente de deixa marcar por ensino livresco.
A atividade dos jesuítas norteava-se em dois rumos pragmaticamente bem definidos: a catequese do indígena, a fim de torna-los socialmente útil e a conversão ao cristianismo, a educação dos colonos, embriagados com a liberdade paradisíaca que desfrutavam na terra ainda inexplorada.
MANUEL NOBREGA
Nasceu em Portugal, 18 de outubro de 1517, estudou em Salamanca em coimbra e recebeu grau em Cânonese(1541). Em 1544 ingressa na companhia de Jesus e vem para o brasil em 1549, juntamente com Tomé de Sousa, primeiro governador geral chefiando a primeira missão jesuítica que foi enviada a afim de instalar os trabalhos catequéticos, acompanhados de alguns padres.
Ele colabora com a fundação da cidade de Salvador (Bahia) e seguindo para o sul do país concorre para fundar a cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro de 1554, funda São Paulo de Piratininga auxiliado pelo padre José de Anchieta.
Deixou cartas do Brasil estampadas pela primeira vez em conjunto em 1886, e posteriormente acrescidas de outras, e um Diálogo sobre conversão de do Gentio, composto entre junho de 1556 e começo de 1558.
As cartas de do brasil, Manuel da Nóbrega endereçou-as a vários destinatários em Portugal (a sacerdotes superiores da campanha de jesus, a seus mestres em Coimbra, a irmãos da Ordem, ao Rei D. João III.
Pelo simples fato enunciar dos assuntos tratados, percebe-se importância das cartas do Brasil do ponto de vista histórico e sociográfico.
Do ângulo literatura, as cartas ostentam menor significação, a partir do fato de serem missivas- relatórios, isentas de carga imaginativa ao menos conscientemente.
JOSÉ DE ANCHIETA
José de Anchieta nasceu em Tenerife, uma das Ilhas Canárias, em 1534. Filho dos nobres João Lopez de Anchieta e Mência Dias de Clavijo y Lerena, esta descendente dos conquistadores de Tenerife. Sendo alfabetizado em casa, ingressa depois na escola dos dominicanos. Na adolescência, mais precisamente aos 14 anos, viaja a Coimbra em companhia de seu irmão mais velho, matriculando-se no curso de Humanidades e Filosofia Real Colégio das Artes. Passados dois anos, candidata-se ao Colégio da Companhia de Jesus e, no ano seguinte, é aceito como noviço.
Em 1553, com 19 anos, vem ao Brasil em missão jesuítica pela catequese dos nativos chefiada pelo Padre Luís de Grã, integrando a frota do governador-geral Duarte da Costa. A ação catequética, com a meta de catequizar os índios Carijós, abarca de São Vicente aos campos de Piratininga. Na companhia do condiscípulo Manuel de Nóbrega, desbrava a Serra do mar, em direção ao Planalto, se instalando em Piratininga, onde funda o Colégio Jesuíta.
BARROCO (1601-1768)
I.PRELIMINARES
Não obstante a existência das obras e dos escritores assinalados no capítulo anterior, a literatura brasileira entra rigorosamente a florescer como atividade mais ou menos orgânica no século XVII.
...