Oficina: Produção de sabão com óleo de cozinha usado
Por: Sirley Farias • 14/5/2018 • Relatório de pesquisa • 2.936 Palavras (12 Páginas) • 311 Visualizações
Sumário
1. INTRODUÇÃO 1
1.1 DESCRIÇÃO DO LOCAL 1
1.2 EXPECTATIVAS DO ESTÁGIO 1
1.3 APLICAÇÃO DE OFICINAS COMO ESTRATEGIA DE ENSINO 2
1.3.1 Oficina: Produção de sabão com óleo de cozinha usado 2
2. METERIAIS E MÉTODOS 5
3. RESULTADOS 9
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 11
5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 12
1. INTRODUÇÃO
1.1 DESCRIÇÃO DO LOCAL
A escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Justino Costa, está localizada na área rural do no município de Breves no Estado do Pará na Rodovia PA-159 Km 18 – Lote 05 da gleba 06 M/D. Funciona nos turnos da manhã, tarde e noite, atendendo nas seguintes modalidades de ensino: Educação Infantil (Níveis I e II), Ensino Fundamental de 09 anos (1º ao 7º ano), Ensino Fundamental de 08 anos (7ª e 8ª série) e Educação de Jovens e Adultos/ EJA (2ª a 4ª etapa) distribuídos num total de 15 turmas. A escola possui um considerável espaço para a realização das atividades escolares, oferecendo boas condições de estudos e trabalho aos alunos e profissionais. Quanto à estrutura física a escola conta com as seguintes dependências:
- 06 salas de aula;
- 01 laboratório de informática;
- 01 diretoria;
- 01 secretaria;
- 01 sala de leitura;
- 01 copa;
- 03 banheiros internos
- 01 alojamentos para os servidores com 03 quartos e 02 banheiros, área externa e cozinha.
O quadro de servidores é formado por: Diretora, Vice-diretora, 03 Coordenadores Pedagógicos, 01 Secretário, 02 Assistentes Administrativos Educacionais, 20 Professores, 05 Agentes de Limpeza Educacional, 05 Agentes de Alimentação Educacional, 02 Agentes de Vigilância Educacional, 01 Zelador Educacional, 02 porteiros, 01 Monitor de ônibus e 03 Motoristas de ônibus.
1.2 EXPECTATIVAS DO ESTÁGIO
A realização do estágio IV surgiu como proposta de fazermos algo diferenciado dos estágios anteriores, até então esperávamos um estágio individual novamente e que pudesse ser aplicado em uma escola de nossa escolha. A possibilidade do estágio ser aplicado em forma de oficinas, minicurso e/ou palestras, despertou nosso interesse atendando para necessidade do mesmo aplicado em uma escola da zonal rural com a realização de uma feira de ciências, para que pudéssemos entrar com uma realidade diferente da que encontramos na zona urbana e entender a possibilidade de estar nos reinventando como professores diante das adversidades. Tínhamos em mente, fazer algo diferente que pudesse de alguma forma beneficiar, despertar o interesse e até mesmo ajudar os alunos a desenvolver senso crítico em relação a problemática do tema escolhido “produção de sabão com óleo de cozinha usado”.
1.3 APLICAÇÃO DE OFICINAS COMO ESTRATEGIA DE ENSINO
1.3.1 Oficina: Produção de sabão com óleo de cozinha usado
De acordo com Machado & Cirino (2015) a utilização de aulas práticas em sala de aula desperta a curiosidade e o interesse entre os diversos níveis de escolarização, auxiliando na compreensão dos fenômenos químicos. As Diretrizes Curriculares da Educação Básica, (2008) vem nos indicar que as atividades experimentais devem ser problematizadoras no processo de ensino e aprendizagem, apresentando antes da teoria nas aulas de ciências e não de maneira ilustrativa. Fazendo-se assim a necessário a realização de atividades que possam não só trazer o aluno para dentro do círculo em que o professor gostaria que eles estivessem, mas que também eles possam querer romper essa barreira imaginária que encontrou no círculo e ir em busca de novos horizontes dentro do conhecimento.
Diariamente, em milhões de lares brasileiros, o óleo utilizado na fritura de alimentos é despejado de forma incorreta no meio ambiente. Muitos estabelecimentos comerciais como bares, lanchonetes, restaurantes, hotéis, pastelarias, incluindo residências jogam o óleo comestível usado na rede de esgoto, ou diretamente no solo ou em rios, esse ato aparentemente inofensivo provoca impactos ambientais significativos. Segundo uma pesquisa realizada em 2010 pela BIOSFERA, o Brasil produz cerca de quatro bilhões de litros de óleo de fritura ao ano, sendo dois deles descartados e o restante consumido em frituras, produtos industrializados ou mesmo aderidos aos ambientes de preparo, estimando-se que apenas 5% sejam reciclados (Segundo & Bizerra, 2015).
A decomposição do óleo, assim como de todo material orgânico prejudica as comunidades aquáticas, pois, pela diferença de densidade entre o óleo e a água, o óleo sobrenada, impedindo a entrada de luz, reduzindo a interface ar-água, dificultando as trocas gasosas e, consequentemente, a oxigenação do corpo hídrico; aumento do aquecimento global, pois o óleo de cozinha, em contato com a água do mar, sofre reações químicas, decompondo-se anaerobicamente, liberando gás metano e poluindo a atmosfera; desperdício, pois é um excelente subproduto para a cadeia produtiva. (Oliveira et al., 2009)
Além disso, quando atinge o solo, o óleo tem a capacidade impermeabilizá-lo, dificultando o escoamento de água das chuvas, por exemplo, tal quadro é propício para as enchentes. O óleo de cozinha quando jogado fora de forma imprópria (geralmente na pia) pode gerar grandes impactos ambientais, pois esse óleo vai para a rede de esgoto ou até mesmo para os lençóis freáticos (Moreira-Neto et al,. 2010). Muitas pessoas (residências) e estabelecimentos jogam o óleo usado no esgoto, devido o desconhecimento sobre o prejuízo que esse tipo de atitude causa ao meio ambiente; segundo Castellanelli et al,. (2007), o resíduo do óleo de cozinha gerado diariamente nos lares, indústrias e estabelecimentos do país, acaba sendo jogado inconsequentemente devido à falta de informação da população.
Diante da problemática em torno do tema escolhido para oficina temos que o óleo de cozinha usado pode servir como matéria-prima na fabricação de diversos produtos, tais como biodiesel, tintas, óleos para engrenagens, sabão, detergentes, entre outros (Pitta-Jr et al., 2009). A reutilização do óleo de cozinha não é um processo complexo, pois exige mais consciência ambiental do que qualquer outro incentivo, tanto que maioria dos ambientalistas concorda que não existe um modelo de descarte ideal para o óleo de cozinha (Kunzler & Schirmann, 2011). Uma das alternativas simples encontradas para a utilização desse resíduo foi a fabricação de sabão artesanal.
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