Os Desafios da Alfabetização de Crianças Com TEA
Por: samysam20 • 11/4/2023 • Artigo • 3.271 Palavras (14 Páginas) • 59 Visualizações
IPEMIG – INSTITUTO PEDAGÓGICO DE MINAS GERAIS
ALICE DE JESUS OLIVEIRA DA SILVA
OS DESAFIOS DA ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM TEA
BELO HORIZONTE – MG
2023
ALICE DE JESUS OLIVEIRA DA SILVA
OS DESAFIOS DA ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM TEA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Instituto Pedagógico de Minas Gerais como pré-requisito para obtenção do título de especialista em Alfabetização e Letramento.
BELO HORIZONTE – MG
2023
SILVA, Alice de Jesus |Oliveira. Os Desafios da alfabetização de crianças com TEA. Minas Gerais: Instituto Pedagógico de Minas Gerais, 2023. Especialização em Alfabetização e Letramento.
RESUMO
A alfabetização e todo o seu processo vem cercado de grandes desafios. Em se tratando de crianças com déficit no desenvolvimento neurológico, os desafios são ainda maiores. O presente trabalho de pesquisa bibliográfica, enfatiza as dificuldades encontradas pelo professor de educação infantil no processo de alfabetização de crianças com TEA (transtorno do Espectro Autista). Ao longo do trabalho foi descrito as características das crianças com TEA, os fatores que comprometem a alfabetização dessas crianças e foi realizado um levantamento de soluções possíveis para que o professor possa aplicar de forma positiva na alfabetização dessas crianças. É importante que o aluno com TEA seja alfabetizado de forma individual e especializada tornando isso um grande desafio para o professor. No entanto a tecnologia tem trazido a informação e a capacitação para mais perto de nós tornando o conhecimento mais acessível. Sendo assim essa se torna uma ferramenta que pode auxiliar o professor na construção de um processo que desperte o interesse da criança e facilite o processo de ensino aprendizagem.
Palavras-chave: Alfabetização – Professor – TEA
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
2. DESENVOLVIMENTO 5
2.1 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 5
2.2 FATORES QUE PODEM COMPROMETER A ALFABETIZAÇÃO DAS CRIANÇAS COM TEA 7
2.3 O PROFESSOR DA ESCOLA REGULAR NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM TEA 8
3. CONCLUSÃO 10
4. REFERÊNCIAS 11
INTRODUÇÃO
No Brasil, nota-se o aumento dos estudos, pesquisas e investigações sobre a inclusão das Crianças com TEA no ensino regular e sobre as estratégias para alfabetizar esses alunos. Mesmo com o aumento da notoriedade do assunto, ainda há uma discrepância entre os estudos que analisam e investigam o desempenho dos professores e resultado obtidos dos alunos acerca do processo. Entende-se que as crianças com TEA precisam ser incluídas de forma equitativa na escola para iniciar a mudança no processo de alfabetização dessas crianças (CAPELLINI; SHIBUKAWA; RINALDO 2016). Assim, faz-se necessário o estudo das metodologias e estratégias disponíveis para a alfabetização de alunos com TEA na escola regular.
A escola em conjunto com o professor são representantes dos pais e\ou responsáveis, pois o professor é quem observa e avalia a criança diariamente levando em conta seu comportamento em sala de aula e com as outras crianças, podendo conduzir uma investigação especializada, afim de chegar a um diagnóstico individualizado (VIEIRA e BALDIN, 2017). Sendo assim, é essencial que a família trabalhe em conjunto com a escola para que o processo de diagnóstico que comumente é longo, se torne mais breve e descomplicado, tendo em vista que quanto mais breve for o diagnóstico, mais fácil e eficiente será a intervenção, o que implicará na evolução da criança no processo educativo.
Sabe-se que grande parte dos Autistas apresentam dificuldade de aprendizagem natural, porém é possível que sob orientação e instrução apropriada estes desenvolvam e aprendam uma grande variedade de conteúdo (Faria et all. 2015, p. 233). Sendo assim este artigo de pesquisa qualitativa e cunho bibliográfico vem analisar as dificuldades que crianças com TEA enfrentam no processo de alfabetização. Para tal será definido inicialmente o TEA, posteriormente será destacado os fatores que podem comprometer a alfabetização das crianças com TEA e evidenciado as formas que o professor da escola regular pode usar para auxiliar de forma positiva na alfabetização desses alunos.
DESENVOLVIMENTO
2.1 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado pelo desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais diferentes, deficiência na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e\ou estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades (BRASIL, 2014).
O TEA é uma síndrome bastante complexa e comum, sendo mais frequente que doenças conhecidas como a AIDS, câncer e Diabetes juntos. Segundo o CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão do governo dos Estados Unidos: “existe uma criança com autismo para cada 110”. Estima-se que esse número possa chegar a 2 milhões de autistas no país” (MAIA et.al., 2019).
Segundo a ONU, estima-se haver mais de 70 milhões de pessoas com autismo no mundo, isto é, são mais de 70 milhões de pessoas com dificuldade de comunicação e interação. A incidência é maior em meninos, sendo uma média de 4 meninos\ 1 menina (MAIA et.al., 2019).
Inicialmente o autismo era denominado Distúrbio Autístico do Contato Afetivo, o indivíduo era considerado um ser fora do mundo, sem respostas a estímulos externos, que apresenta desconforto extremo nas relações interpessoais e com o meio, acometido de solidão extrema, cujo apresenta comportamento repetitivo, incapacidade de linguagem e comunicação, com boas potencialidades cognitivas, aspecto físico normal e de maioria do sexo masculino (KANNER, 1943).
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