Os Fundamentos da prática docente: elementos quase invisíveis

Estudo do texto: Fundamentos da prática docente: elementos quase invisíveis.

        O autor descreve inicialmente sobre a organização e o funcionamento da escola, assim como a ação dos professores neste ambiente, sendo que esse é variável, com o passar do tempo. Ele destaca “São enfoques, movimentos, formatos, tendências, correntes, abordagens diferentes sobre a educação e a prática pedagógica, segundo um aporte teórico hegemônico em cada momento e lugar” (p. 29).

        O aporte teórico educacional trata-se “de ideias, valores, conceitos de homem e sociedade que ancoram as formas de interpretação e definição de rumos para o processo educativo” (p. 29-30).

        Conforme é destacado as tendências pedagógicas, que são orientações específicas sobre a forma organização escolar, não ocorrem uma após a outra, podendo ser utilizada mais de uma tendência por período. Por vezes uma tendência pode vir a contradizer a outra, indo uma de encontro ao que a outra tem como objetivo, ideologia.

        A seguir são citados conhecidos autores do meio educacional sendo eles Bodgan Suchodolki, Demerval Saviani e José Carlos Libâneo. Destes são explanadas as principais ideias, tendências defendidas pelos estudiosos. Bodgan Suchodolki tem sua atenção voltada para a própria essência do homem e na sua existência. Demerval Saviani em seus estudos destaca a educação como instrumento de mudança social ou ainda reprodução da sociedade, levando a classificar as tendências como não-críticas, críticas-reprodutivas e críticas. José Carlos Libâneo também busca compreender a escola levando em conta seu papel social, vindo a classificar as tendências em liberais e progressistas.

        Dentre as teorias educacionais o autor destaca as principais ideias destas. A Teoria Positivista vê a sociedade de forma perfeita e harmônica, sem necessidade de mudança. Com base nesses ideais são destacadas 4 tendências: Tradicional, Renovada Progressivista, Renovada Não-Diretiva e Pedagogia Tecnicista. A Teoria Crítico-Reprodutivista, que se opõem ao que é defendido pela Teoria Positivista, percebe os conflitos sociais, “defendem a necessidade e a possibilidade de mudança e de criação de outra ordem social” (p. 35) e acredita que a escola pode ser fator decisivo para a transformação social. A Teoria Histórico-Crítica ou Dialética, percebe a necessidade de mudança social, sendo assim “o papel da escola é o de contribuir com a elaboração e consolidação de outro modelo social” (p. 38).

        Logo em seguida o autor retrata as mudanças pedagógicas, que foram acontecendo com o passar do tempo, em meio as diferentes teorias pedagógicas que foram surgindo, iniciando pela pedagogia jesuítica onde o professor apresentava o conteúdo de forma oral e o aluno realizava a cópia e a detinha o conhecimento passado a ele; a tendência pedagógica renovada progressivista, que passou a ver o aluno como centro do processo de ensino aprendizagem, criando situações desafiados para a aprendizagem; a tendência pedagógica não-diretiva passou a levar em conta a afetividade entre professor e aluno, assim como os interesses dos alunos. Surge a Tendência Pedagógica Tecnicista, que passa a ter uma didática de controle e diretivismo, visa a aprendizagem das técnicas, individualista e como interesses de reforçar o regime político social capitalista.