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Os Fundamentos e Metodologia da Língua Portuguesa

Por:   •  26/8/2015  •  Projeto de pesquisa  •  2.676 Palavras (11 Páginas)  •  227 Visualizações

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Faculdade Anhanguera Educacional

        

Disciplina: Fundamentos e Metodologia da Língua Portuguesa

ATPS: Etapa 3 e 4

Professora: Mércia Costa

Nome: Greisiele Silva Oliveira RA: 2033002094

           Kátia Maria Santos Carvalho RA: 6277274704

  Mariza Rosa de Araújo RA: 6648351104

Roberto Monteiro da Silva RA: 6655380971

Simone Maria da Silva RA: 6655390399

Vanusa da Silva RA: 6630344989

5º A PEDAGOGIA

MAIO – 2015

GUARULHOS – SP

Etapa 3

Passo 1(Equipe)

Resumo

Variação linguística

Língua e fala:

          Ferdinand de Saussure, considerado o pai da linguística por ter sistematizado os estudos linguísticos, através da apresentação de uma terminologia que vem explicar os fatos linguísticos de forma precisa e objetiva. Ofereceu uma série de termos, apresentados em pares, para pôr em ordem nos estudos linguísticos. Segundo ele, “a linguagem, tem um lado individual e um lado social, de modo que não se concebe um sem o outro”. O social ele denomina de língua enquanto o individual ele chama de fala. A língua é homogênea, entretanto a fala vem a ser heterogênea, ou seja, é individual e imprevisível. Temos a língua portuguesa como uma entidade social. Falamos a mesma língua, temos o mesmo sistema linguístico denominado Português Brasileiro, no entanto nossa fala é diversificada, individualizada, heterogênea.

Fatos linguísticos:

          Uma série de mitos presentes em frequentes afirmações sobre a nossa língua, são descritos por Bagno (2005), que os denomina de Mitologia do preconceito Linguístico. O primeiro desses mitos, o autor relata que a “ a língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”. Ele considera este o mais sério dos seus mitos descritos, porque por não reconhecerem a diversidade linguística no país, as pessoas sofrem discriminação por falarem uma variedade linguística sem muito prestígio.

          Em meados dos anos 1960 é que nasceu verdadeiramente a sociolinguística, com o modelo de pesquisa de William Labov, a partir de então, seus métodos passaram a ser utilizados para análise de várias línguas, sob a perspectiva de análise de variação e tratamento estatístico dos dados. A sociolinguística vem contribuir para a compreensão da língua, por meio da sua relação com a sociedade, de acordo com a língua, varia e muda. As línguas servem para a comunicação, estão ligadas aos seus usuários, variam e mudam.

          O Brasil é um país de dimensão continental, possuindo uma área com 8,5 milhões de km² e sendo dividido em 27 Unidades Federativas, cada uma com sua diversidade e variedade linguística.

As variedades do Português Brasileiro –

          Pode ocorrer em todos os níveis da língua a variação linguística lexical, fonético, morfológico, sintático e até programático, estes podem estar vinculados aos fatores geográficos, sociais, socioculturais e de contexto. A variação fonética é a que caracteriza os inúmeros sotaques brasileiros, que ocorre nos níveis dos segmentos, como na consoante ou na vogal exemplificado na palavra “CORAÇÃO”, onde para a maioria dos brasileiros, a pronúncia da primeira sílaba tem a pronúncia da letra ‘O’, com o som “fechado”, já na região nordeste, esse som é “aberto”.

          O outro parâmetro para diferenciar as variedades linguísticas, está relacionado com a identidade dos falantes com a organização social e cultural de sua comunidade. As formas linguísticas estão em constante concorrência: “Padrão X Não-Padrão”, “Conservadora X Inovadora”, de “Prestígio X Estigmatizada”. Assim, o que é padrão hoje, pode não ter sido anteriormente, e isso também pode variar futuramente. Outra diferença de linguagem entre os falantes, tem a ver com a faixa etária, isto é, a linguagem dos jovens é bem característica, os tornando capazes de participar de um determinado grupo. Isto se dá pelo uso exagerado de gírias, que mudam com o tempo. Os fatores da diferença social e a de idade, pode causar rompimento da comunicação.

O Preconceito Linguístico –

          O preconceito linguístico é o fruto de uma histórica de prescrição da gramática normativa, que nos acostumou a achar que todas as formas, diferentes das regras gramaticais que estudamos, estão erradas, isso é muito relativo, pois há um julgamento quanto a forma como a pessoa fala de acordo com o seu papel na sociedade. Através do julgamento, da valorização, da desvalorização de uma pessoa pela forma como ela fala. Isso acontece não só aqui no Brasil, mas em várias partes do mundo.

Norma e o conceito do erro:

          Saussure separou a linguagem em duas partes: A língua – sistema linguístico, e a fala- execução do sistema pelas pessoas.. Ele foi muito criticado por sua teoria, Eugênio Coeriu, um desses críticos, instituiu um terceiro nível que estaria num grau intermediário entre a língua e a fala, denominado “norma”,. Carvalho2003, pg,5), afirmou que a língua seria um conjunto de possibilidades abstratas, a norma um conjunto de realizações concretas da língua, já a fala, a realização individual. A norma varia de acordo com os hábitos, o nível de escolaridade e a cultura da comunidade que fala a língua. A gramática normativa nos apresenta regras que nunca são utilizadas no Brasil, porque não representa a língua usada aqui. A língua falada e a escrita, são instituições diferentes, uma atua como elemento inovador e a outra como elemento conservador, para a mudança. Estas têm em comum os diferentes formatos do conteúdo e do contexto.

O papel da escola no ensino da língua padrão:

          Um problema que reflete diretamente no fracasso escolar de grande parte dos jovens é a necessidade de aprender gramática, para falar e escrever bem, o que infelizmente não acontece. Uma pessoa que tem o uso eficiente da fala, da leitura e da escrita, é capaz de refletir sobre a língua e aprender a gramática. Possenti (2006), afirma que o papel da escola é ensinar a língua padrão. A questão é o entendimento pelo professor de que a língua tem formas e usos, e aos alunos muito mais que ensiná-los, deve-se deixa-los aprendê-la. O novo conceito é o do ensino da língua para o letramento, para a apropriação e inclusão social, por meio das práticas de linguagem que são inseridas no contexto de sua realidade social e cultural. A escola não se pode restringir à palavra escrita nem se filiar aos padrões socioculturais hegemônicos.

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