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PPAP quinto semestre de pedagogia

Por:   •  2/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  5.351 Palavras (22 Páginas)  •  2.151 Visualizações

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 UNIP - Universidade Paulista

Curso de Pedagogia

Andréia Maria Afonço – R.A: 6282814

INCLUSÃO DE DEFICIENTES VISUAIS NAS SÉRIES INICIAIS

São Paulo - SP

2019

SUMÁRIO

  1. Introdução ............................................................................................. 03
  2. A Questão da Deficiência no meio social .............................................. 06
  3. Referências Bibliográficas...................................................................... 22

INTRODUÇÃO

Inclusão de deficientes visuais nas séries iniciais.

Como incluir crianças portadoras de deficiência visual nas séries iniciais?

Hipóteses:        

Incluem-se deficientes visuais com a conscientização da sociedade e da comunidade escolar sobre a importância da inclusão social de deficiente visual;

Qualificando docentes para inclusão de crianças portadoras de deficiência visual; e

Adequando instituições de ensino normal, adaptando suas estruturas físicas e curriculares, para a inclusão de deficientes visuais.

Esta monografia objetiva apresentar àqueles que atuam na área da educação, subsídios auxiliares para o trabalhar com a inclusão.

Trata-se de um trabalho que visa buscar a conscientização da sociedade e o público escolar sobre a deficiência visual, pois, de acordo com Conforto & Santarosa (2002), a construção de uma sociedade de plena participação e igualdade tem como um de seus princípios a interação efetiva de todos os cidadãos. Nesta perspectiva, é fundamental a construção de políticas de inclusão para reconhecimento da diferença e para desencadear uma revolução conceitual que conceba uma sociedade em que todos devem participar, com direito de igualdade e de acordo com suas especificidades.

Outra questão que será ressaltada, é a qualificação de docentes, pensando até que ponto a atual educação brasileira está preparada para receber os portadores de deficiência. Identificou-se que a prática educativa é de grande significância na formação de PPD. Assim, será traçada uma análise reflexiva dos principais problemas cotidianos enfrentados na sala de aula pelos alunos e professores, em suas interações, enquanto sujeitos inerentes do processo educacional.

Esse trabalho também fará uma análise das estruturas físicas e curriculares das escolas brasileiras. De acordo com dados do Censo Escolar MEC/INEP 2000, no período de 1996 a 2000, a matrícula de alunos com deficiência visual na educação básica apresentou um aumento na ordem de 134,2% na sociedade.

Pode-se afirmar que é possível solicitar e integrar a criança deficiente visual no contexto da educação escolar. A intervenção pedagógica visa estimular sua atividade espontânea, possibilitando-lhe a consecução de objetivos que envolvem todos os aspectos do desenvolvimento físico, social, efetivo e intelectual. O proposto fundamental consiste em considerar todos os deficientes visuais portadores de reais capacidades de crescimento e desenvolvimento e que em decorrência disso, são também passiveis de receber estímulos do meio e consequentemente apresentar respostas adequadas.

Para termos uma base comum, tanto da compreensão dessas adaptações sensório-motoras essenciais, quanto das limitações que a falta de visão causa nessas crianças, é necessário refletirmos sobre os processos pelos quais os deficientes visuais percebem e experimentam o mundo. Também é preciso refletir sobre as atuais condições do nosso sistema educacional no que diz respeito a aceitação desse deficiente nas escolas tida como “normais”, haja vista que muitas escolas não estão preparadas para lidar com a PPD. Assim, concluímos que a criança deficiente visual pode e deve desenvolver-se satisfatoriamente na escola comum, mas para que isso aconteça, a escola deverá proporcionar meios que permitam a construção do conhecimento, criando relações entre acontecimentos e objetos com os quais deverá cotidianamente interagir.

Tendo como princípio discutir a inclusão de deficientes visuais nas séries iniciais, verificamos que em um primeiro momento significava essa inclusão. Conclui-se que a mesma é entendida como cidadania, isto é, participação na condição de cidadão na sociedade, com os mesmos direitos e deveres dos demais membros dessa sociedade.

Foi verificado na legislação como a deficiência visual é tratada. A legislação brasileira, até a década de 1980, tinha um caráter basicamente assistencialista e paternalista, ratificando a visão e a prática com as quais geralmente vinham sendo tratadas as questões envolvendo as pessoas portadoras de deficiência. Tais politicas centravam-se, no caso dos deficientes visuais, na organização do ensino e instalação de classes em braile e na adaptação sócia e reabilitação. Sendo assim, cabia à pessoa adaptar-se ao meio onde vive e não o contrário.

Atualmente, a postura legalista e política nacional adotada visam a integração dos portadores de deficiência, acompanhando as iniciativas realizadas em âmbito internacional, organizadas pelos Movimentos de Direitos Humanos, pela ONU, entre outros. Nesse sentido, a inclusão é entendida no sentido amplo, envolvendo as esferas culturais, socioeconômicas e políticas. O objetivo, não obstante, concentra-se em “normalizar” aqueles que “são tidos como anormais”.

Por último, houve uma preocupação no que diz respeito a acessibilidade desses deficientes nas escolas. Considera-se acessibilidade a “possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia” especificamente do espaço da instituição de ensino.

CAPÍTULO I – A Questão da Deficiência no Meio Social

A humanidade chega ao final do século XX marcada por fatos históricos importantes e por transformações sociais, políticos e econômicas de grande repercussão em todo o planeta. Após as Duas Guerras Mundiais, consolidam-se a industrialização e revelam-se profundas mudanças: a luta pela igualdade social, facilitada pelos meios de comunicação, atingia os quatro cantos do mundo. Impulsos pacifistas irrompiam depois da Guerra do Vietnã: reações ecológicas ganhavam força tanto quanto as reivindicações de minorias étnicas e grupos marginais:  entre eles as pessoas portadoras de deficiência – PPD – que, organizando-se ensaiavam os primeiros passos de uma batalha justa e pacifica: a da integração.

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