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PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO (PTG)

Por:   •  20/5/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.532 Palavras (11 Páginas)  •  301 Visualizações

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PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO (PTG)

CURSO: PEDAGOGIA – LICENCIATURA

7º SEMESTRE

ALUNAS:

POLO RIBEIRÃO PRETO – SP

2020

INTRODUÇÃO

Tendo em vista a importância do ambiente escolar no desenvolvimento cognitivo, emocional e social de crianças e adolescentes, valorizando as diferentes habilidades de cada um, ponderamos como que uma criança hospitalizada pode ter essa mesma influência positiva dentro de um ambiente hospitalar?

O ambiente hospitalar foge completamente à rotina da criança, que vê-se obrigada a ficar afastada de tudo aquilo que ela vivenciava rotineiramente, como o convívio familiar, seus amigos, seus brinquedos, e, inclusive, a escola.

Vale a pena ressaltar, que a história da infância no Brasil é repleta de preconceitos, exploração e até abandono. As crianças sofriam muitos abusos, misérias, falta de respeito e exploração, até no final do século XIX e meados do século XX. Após estudos nas áreas da Antropologia, Sociologia, Psicologia e Educação, aconteceram mudanças no sentido de compreender que a criança não é um “adulto em miniatura”, mas que ela possui interesses e necessidades que são inerentes a sua faixa etária e primordiais para o seu desenvolvimento físico, intelectual, social, emocional, espiritual e educativo.

Obviamente que ainda há muita coisa a ser feita e é relevante salientar que, embora a criança esteja ganhando o seu espaço, determinando que suas diferenças comportamentais, de atitudes, desejos e linguagens são muito peculiares aos dos adultos, ela ainda assim, precisa ser respeitada e compreendida.

O nosso trabalho tem como objetivo principal compreender como o papel da educação reflete no conhecimento da vivência no ambiente hospitalar, do desenvolvimento cognitivo e da saúde das crianças hospitalizadas. Buscamos também, não só compreender a contribuição da educação no processo cognitivo e afetivo da saúde da criança, mas também definir o espaço de atuação do professor, por sua vez, contribuindo como psicólogo na estrutura hospitalar.

De acordo com o artigo 205, da Constituição Federal, 1988:

“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho". 1

Mas, como garantir esse direito para uma criança hospitalizada? A criança adoece e tem sua rotina totalmente modificada, diferente de tudo que vivenciava anteriormente. As brincadeiras na rua ou na escola não existem mais. Ela vê-se obrigada, muitas vezes, a ficar presa a uma cama, com sua mobilidade limitada e com uma rotina de exames, remédios, enfermeiros, médicos, entre outros procedimentos hospitalares. Como desenvolver um trabalho pedagógico e assegurar a essas crianças seus direitos?

DESENVOLVIMENTO

1. AS PRÁTICAS DA LEITURA EM UMA CLASSE HOSPITALAR

O nosso intuito com esse trabalho é demonstrar a importância que tem a saúde e a educação, por meio de práticas da pedagogia hospitalar, para a recuperação física e emocional de crianças e adolescentes hospitalizados.

A educação é primordial na vida de todos, além de ser um direito garantido pela constituição, porém ela não é apenas uma ferramenta para ensinar a ler e a escrever, mas também formar valores imprescindíveis para o desenvolvimento de uma sociedade com valores e direitos. A educação é uma promotora de transformação tanto no lado social, emocional, quanto no pessoal. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Art. 53, Lei 8069/1990:

53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - direito de ser respeitado por seus educadores;

III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;

IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica. (Redação dada pela Lei nº 13.845, de 2019) 2

Vale a pena ressaltar a importância do estudo e conhecimento sobre história do surgimento das primeiras classes escolares dentro de ambientes hospitalares no Brasil.

A classe hospitalar não é um fato recente na história da educação. De acordo com autores da área, a sua origem remonta do início do século XX na França. No Brasil essa pratica educacional iniciou-se em 1950, com a classe hospitalar no Hospital Jesus, localizado no Rio de Janeiro, porém há registros que em 1600, ainda no Brasil Colônia, havia atendimento escolar aos deficientes físicos na Santa Casa de Misericórdia em São Paulo. Essa modalidade de ensino só foi reconhecida em 1994 pelo Ministério da Educação e do Desporto (MEC) através da Politica da Educação Especial, e, posteriormente normalizado entre os anos de 2001 e 2002 com os documentos, também do MEC, intitulados de: Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica (BRASIL, 2001) e Classe Hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar: orientações e estratégias (BRASIL, 2002). 3

No Estado de São Paulo existem 68 classes hospitalares estabelecidas, sendo duas na capital, que, juntas, dão atendimento anual a 980 crianças. Segundo a psicopedagoga Léa Chuster Albertoni, coordenadora da Classe Hospitalar do Hospital São Paulo e coordenadora do 1º Congresso e 2ª Jornada Interestadual de Apoio à Educação do Escolar em Tratamento de Saúde, realizados pela SPDM Educação:

“As crianças com doenças crônicas,

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