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Por:   •  15/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  3.496 Palavras (14 Páginas)  •  89 Visualizações

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PRÁTICAS DE LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Tiana Galarça Monteiro Feijó Muniz (1841665PED)

Magda da Silva (1446690PED)

Alex Xavier

        

RESUMO

Nas Discussões sobre a Educação de Jovens e Adultos  (EJA), no Brasil, a alfabetização é apresentada como processo primordial para a construção de um projeto de sociedade que seja realmente democrática e inclusiva, construindo – se como requisito fundamental para dar continuidade á escolarização, processo que abrange o acesso a bens culturais construídos ao logo da história e a modelos culturais de ação, fundados em saberes, valores e práticas socialmente prestigiados. No entanto, no que diz respeito ao panorama educacional brasileiro, a efetivação do direito à educação com qualidade para jovens e adultos é ainda um grande desafio. Diante do paradoxo dos modos como programas e projetos de alfabetização de jovens e adultos têm se concretizado no Brasil, o presente estudo, que se configura como uma pesquisa bibliográfica apresenta algumas reflexões sobre o processo de alfabetização e letramento na Educação de Jovens e Adultos em nosso País.      

Palavras-chave: Alfabetização; Letramento; Educação de Jovens e Adultos

1. INTRODUÇÃO

A EJA foi criada com a finalidade de reverter à situação de milhares de jovens e adultos

que não conseguiram terminar seus estudos com a idade adequada. EJA é uma temática de grande relevância vista os grandes descasos que existe na historia e atualmente com essa modalidade de ensino. Essa realidade vem mudando, mesmo que a passos lentos, está surgindo leis que amparam a EJA, tentando acabar com a exclusão social, característico desse ensino. Os jovens e adultos que voltam ou começam a frequentar a escola, geralmente é com o objetivo de aprender a ler e escrever, ou seja, ser “alfabetizados”.

Nossa sociedade a cada dia se torna mais exigente, é preciso interpretar o que está nas nos discursos e práticas cotidianas, mas como fazer isso se durante a escola pouco aprendemos sobre pensar e expressar a nosso entendimento sobre o que lemos ou escrevemos? Foi a partir dessas inquietações que percebemos a importância de refletirmos sobre o sentido mais amplo da alfabetização e sua relação com práticas de letramento no contexto da EJA.

      O estudo aponta para o fato de que no Brasil as políticas públicas para a EJA não são suficientes

nem eficazes e, ainda, as propostas desenvolvidas para essa modalidade de ensino não trazem

consigo elementos necessários para que esses alunos recuperem a auto estima perdida e se

sintam motivados a prosseguirem com seus estudos. Outra questão preocupante é a falta de uma

formação especifica para professores que atuam na EJA.

          A princípio abordaremos a trajetória da EJA no Brasil, suas mudanças, leis e políticas públicas voltadas a esse público. Em seguida tentaremos dar definições que auxiliem no entendimento dos conceitos de Alfabetização e letramento a fim de que, a compreensão nos faça melhorar nossa prática em sala de aula com o sujeito da EJA.

        Como base para o referencial teórico, teremos autores como freire (1996), Paiva (2009), Soares(2004), dentre outros que discutem processos de alfabetização e letramento na educação de Jovens e Adultos.

        Na metodologia veremos o papel do professor e a importância da valorização das experiências que os alunos da EJA possuem, para construir um projeto pedagógico que as incluam; sistematizando esse conhecimento.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

               Atualmente, o direito a educação é garantido pela Constituição Federal que assegura o

direito público subjetivo a educação, independente da idade. Mesmo com todas as limitações que vemos, resultado da pouca importância dada a educação de jovens e adultos na agenda das políticas públicas, esta vem avançando, ainda que  timidamente.

                 A década de 1990 é marcada por uma reconfiguração no campo da EJA, sendo

embasado pela Lei de Diretrizes e Bases n. 9.394/96 que evidencia em seus artigos 37 e 38 o

dever do Estado na garantia do direito de Jovens e Adultos a Educação. A definição de

Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN’s) para EJA, instituídas pelo Conselho Nacional da

Educação (CNE) por intermédio da Câmara da Educação Básica (CEB) pelo Parecer

n.11/2000, apontam para a perspectiva inclusiva do direito à educação (PAIVA, 2009b) de

uma parcela da população que por diversas razões não concluiu os estudos na idade adequada.

             As DCNs reafirmam a EJA como modalidade da educação básica, tendo três funções:

reparadora, equalizadora e qualificadora.

          A trajetória da EJA nos mostra que não obstante aos avanços conquistados, muitos

desafios e problemas necessitam ser superados, como: qualidade dos programas de EJA,

continuidade dos processos de escolarização dos sujeitos que retornaram a escola, formação

adequada dos professores, entre outros. Contudo, mesmo com os desafios e dificuldades que

permeiam o campo da EJA, as discussões sobre essa temática vêm ganhando espaço nos

estudos atuais, principalmente, no que se refere ao amplia mento da concepção de

“alfabetização” e também “letramento” nos quais iremos relatar logo mais a frente.

             A partir da década de 1980 com a divulgação dos trabalhos de Emília Ferreiro & Ana Teberosky (BENÍCIO, 2007). Tal temática tornou-se bem popular no Brasil. Vale enfatizar, que tais trabalhos tinham como foco essencialmente, os processos de aquisição da leitura e escritas das crianças com base em teorias psicolinguísticas e na epistemologia genética piagetiana.

      Vamos aos conceitos de Alfabetizar e letrar? De acordo com Tfouni (2002),

A alfabetização refere-se à aquisição da escrita enquanto aprendizagem de habilidades para leitura, escrita e as chamadas práticas de linguagem. Isso é levado a efeito, em geral, por meio do processo de escolarização e, portanto, da instrução formal. A alfabetização pertence, assim, ao âmbito do individual. Tfouni (2002, p.90)

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