Portfólio - Educação de Crianças, Jovens e Adultos e Psicologia do Desenvolvimento
Por: Isabella Molina • 17/10/2018 • Trabalho acadêmico • 848 Palavras (4 Páginas) • 582 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO – CEUCLAR
Portfólio - Ciclo 2
Educação de Crianças, Jovens e Adultos e Psicologia do Desenvolvimento
2018
As concepções de desenvolvimento infantil e aprendizagem adotadas pelas teorias de Piaget e de Vygotsky, apesar de não se concordarem em vários aspectos, destacam que as capacidades de conhecer e de aprender são construídas por meio das interações estabelecidas entre o sujeito e o meio.
O conceito de Piaget é o construtivista-interacionista. Ele afirma que o conhecimento se constrói na interação do sujeito com o objeto (corpo, objetos, natureza, animais etc.). O desenvolvimento da criança se dá por dois estágios: sensório-motor (até 2 anos; reflexos e instintos) e pré-operatório (2 a 7 anos, diferenciar objetos de seus representantes). Segundo Piaget, a aprendizagem se dá na criança por meio da aquisição que ocorre em função da experiência, que é de caráter imediato.
Já a concepção de Vygotsky é o sócio-interacionista (desenvolvimento na dimensão prospectiva). Isto é, o desenvolvimento da criança está relacionado à aprendizagem, quando o processo em formação pode ser concluído ajudando a criança na realização de uma tarefa. Para ele, a aprendizagem tem um papel fundamental para o conhecimento. Todo e qualquer processo de aprendizagem é ensino-aprendizagem, incluindo aquele que aprende, aquele que ensina e a relação entre eles.
Ele explica esta conexão entre desenvolvimento e aprendizagem através da zona de desenvolvimento proximal (distância entre os níveis de desenvolvimento potencial e nível de desenvolvimento real), um “espaço dinâmico” entre os problemas que uma criança pode resolver sozinha (nível de desenvolvimento real) e os que deverá resolver com a ajuda de outro sujeito mais capaz no momento, para em seguida, chegar a dominá-los por si mesma (nível de desenvolvimento potencial) (DIMOV, 2015).
Analisando a importância do aprendizado para a primeira fase da infância, que se inicia com a queda do coto umbilical e termina quando a criança aprender a andar, falar e já pode se nutrir independente do organismo da mãe, podemos afirmar que é fundamental.
É nesta fase que ocorre a primeira dentição e a representação mental (não precisa mais estar na presença do objeto para pensar nele). A criança tem uma crescimento físico rápido e organizado e seus movimentos passam a ser voluntários e, assim, aparecem os movimentos psicomotores; tendo como meta o controle do próprio corpo.
Por meio dos órgãos do sentido a criança vai tendo contato com o mundo e, assim, amplia sua aprendizagem e desenvolve melhor suas áreas cognitiva, afetiva e social. Os bebês se interagem buscando estímulos sociais e manifestações de vínculos afetivos por meio do choro, vocalizações, gestos e acompanhamento perceptivo da pessoa. O apego forma-se no primeiro ano de vida e se consolida por meio de representações mentais, despertando o sentimento de confiança e, posteriormente, criando vínculos afetivos com outras pessoas.
Diante disso é que se instituiu em nosso país a importância da aprendizagem para a criança desde seu nascimento.
A educação infantil, etapa de ensino que vai de zero a cinco anos de idade, é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal de 1988. Ou seja: toda criança brasileira tem direito a uma vaga em creche ou pré-escola custeada pelo poder público, no caso, pelos Municípios. (MPPR, 2018).
Ainda assim, infelizmente, a cada ano, muitos meninos e meninas nessa faixa etária não conseguem exercer esse direito por falta de vagas nas instituições de ensino da rede pública. “Além de representar uma violação do direito das crianças, a situação fere também uma garantia das famílias, mães e pais que trabalham fora e não têm com quem deixar os filhos” (MPPR, 2018) que, por meio dos ensinamentos apropriados para cada idade, aprenderiam o exercício da cidadania e da autonomia.
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