Projeto político-pedagógico (PPP)
Artigo: Projeto político-pedagógico (PPP). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 5/11/2014 • Artigo • 539 Palavras (3 Páginas) • 469 Visualizações
Projeto Vivencial
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3.1. Projeto Político-Pedagógico: dimensões
conceituais
O Projeto Político-Pedagógico (PPP) deve se co
nstituir na referência
norteadora de todos
os âmbitos da ação educativa da escola.
Por isso, sua elaboração requer, para ser
expressão viva de um projeto coletivo, a pa
rticipação de todos aqueles que compõem a
comunidade escolar. To
davia, articular e construir espa
ços participativos, produzir no
coletivo um projeto que diga não apenas o que a
escola é hoje, mas também aponte para
o que pretende ser, exige método, organização e sistematização.
Queremos dizer que não é apenas com “boas intenções” ou voluntarismo que se constrói
um projeto dessa natureza; é preciso muito trabalho organizado se quisermos, de fato,
que o projeto proposto desencadeie mudanças
na direção de uma formação educativa e
cultural, de qualidade, para todas as crianças
e jovens que freqüentam a escola pública.
Vazquez (1977), ao discutir a questão da práxis, compreendida como prática
transformadora, já chamava a atenção para a necessidade de ações intencionalmente
organizadas, planejadas, sistematizadas para a realização de práticas transformadoras.
Como ressalta o autor:
Discutir as dimensões político e pedagógica
dos projetos de escola pode parecer um
assunto já esgotado. Também não são pouc
os os que acreditam que a proposta de
construção de PPP nas e pelas escolas também
já se esgotou, preferindo aderir a novas
linguagens, quase sempre oriundas do univers
o gerencial, consideradas mais “modernas”,
“eficientes”, “técnicas”, para se resolver
os problemas das instituições. Infelizmente,
A teoria em si [...] não transforma o mundo.
Pode contribuir para sua transformação,
mas para isso tem que sair de si mesma, e, em primeiro lugar, tem que ser assimilada
pelos que vão ocasionar, com seus atos reais, efetivos, tal transformação.
Entre a
teoria e a atividade prática transfor
madora se insere um trabalho de
educação das consciências, de organização dos meios materiais e planos
concretos de ação
: tudo isso como passagem indispensável para desenvolver ações
reais, efetivas. Nesse sentido, uma teoria
é prática na medida em que materializa,
através de uma série de mediações, o que antes só existia idealmente, como
conhecimento da realidade
ou antecipação ideal de sua transformação (VAZQUEZ,
1977, p. 207) (grifos nossos).
Projeto Vivencial
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O termo projeto tem origem
no latim
projectu,
que, por
sua vez, é particípio passado
do verbo
projicere,
que
significa “lançar para diante”.
Plano, intento, desígnio.
(
VEIGA
,
2000
)
adesões pouco críticas a “conceitos midiático
s”, ou a fácil penetração dos modismos no
campo da educação têm levado muitos educ
adores a descartar conceitos e propostas,
vinculados muitas vezes ao ideário crítico, em
favor de uma suposta eficiência técnica.
Acreditamos, como nos lembra Gimeno Sacristan (2001, p. 11) que:
Procurando, então, problematizar o óbvio,
propomos começar nossa discussão pelos
termos que compõem o conceito de “Projeto
Político-Pedagógico” e nos perguntarmos:
•
O que nos diz a palavra “projeto”?
•
Qual sua relação com a dimensão
política e com a pedagógica?
•
Ou, dizendo de outro modo, o que há de político no PPP? E de pedagógico?
Começar elucidando os termos pode nos auxili
ar a posicionar mais claramente a relação
entre PPP e gestão democrática da escola
, especialmente em tempos em que uma
pluralidade de orientações teórico-metodoló
gicas tende a ser assimilada pelas escolas
públicas, diluindo-se, muitas vezes, nas di
stintas vinculações políticas, ideológicas e
organizacionais que lhes dão direção.
A palavra projeto traz imiscuída a idéia de
futuro, de vir-a-ser, que tem como ponto de
partida o presente (daí a expressão
“projetar o futuro”). É extensão, ampliação,
recriação, inovação, do presente já
construído e, sendo histórico, pode ser
transformado: “um projeto necessita rever
o instituído para, a partir dele, instituir
outra coisa. Tornar-se instituinte”.
(GADOTTI, 2000).
É preciso fazer um problema do óbvio, daquilo que se forma o cotidiano, como meio
de ressaltar, de sentir o mundo mais vi
vamente e de poder voltar a encontrar o
significado daquilo que nos rodeia.
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