Quando o vínculo é doença: a influência da dinâmica familiar na modalidade de aprendizagem do sujeito
Por: Elisangela Pereira Mazzer • 25/10/2020 • Resenha • 873 Palavras (4 Páginas) • 191 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL
Resenha Crítica de Caso
Elisângela Cristina Aparecida Pereira Mazzer
Trabalho da disciplina Teoria Psicanalítica
Tutor: Profa. Rosaria Maria de Castilhos Saraiva
Piracicaba
2020
Quando o vínculo é doença: a influência da dinâmica familiar na modalidade de aprendizagem do sujeito
Referência:
ALMEIDA, Ana Paula Decnop de. Quando o vínculo é doença: a influência da dinâmica familiar na modalidade de aprendizagem do sujeito. Rev. psicopedag., São Paulo , v. 28, n. 86, p. 201-213, 2011 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862011000200011&lng=pt&nrm=iso>. acesso em 03 maio 2020.
INTRODUÇÃO
Família é inegavelmente o primeiro grupo onde o sujeito constrói vínculos, que farão parte da constituição da identidade do sujeito e moldarão o olhar deste sobre o mundo. Por conseguinte, o vínculo escolar segue a mesma natureza do familiar, realçando o que se inicia no lar. Portanto, os problemas de aprendizagem têm que ser analisados e trabalhados em um contexto mais amplo, levando em consideração o ambiente escolar e familiar do sujeito. Seguindo este raciocínio, este artigo apresenta um estudo bibliográfico baseado na Epistemologia Convergente, onde discute o vínculo normal do patológico presentes nas relações familiares, ponderando até que ponto é possível afirmar que esta dinâmica familiar pode influenciar o processo de aprendizagem do sujeito.
DESENVOLVIMENTO
A Epistemologia Convergente utilizada para discutir este artigo propõe um trabalho clínico integrando três linhas da Psicologia: Psicogenética de Piaget, Escola Psicanalítica de Freud e Psicologia Social de Pichon-Rivière, trazendo uma visão integradora do conhecimento acerca das estruturas cognitiva, afetiva e social. Vínculo, neste contexto pode ser definido como uma estrutura dinâmica, em constante movimento, formado pela totalidade da pessoa. Baseando-se nos pressupostos trazidos por estas linhas apresentadas, é inegável o papel da família na formação da personalidade e no modo de aprender do indivíduo. Neste sentido, a família assume também o papel de proteção e favorecimento da adaptação de seus membros à cultura presente. Portanto, o que se pode inferir é que existem famílias diferentes com características distintas, dentre as quais pode estar a responsável pelas dificuldades de aprendizagem do sujeito. Como exemplo, uma família que não consegue lidar com as diferenças e as vê como algo que pode destruir sua harmonia, acaba excluindo do grupo aquele que se diferencia, fazendo com que este apresente sintomas como auto sabotagem, infantilização, falta de confiança em si, dificuldade em mostrar autonomia e aplicar o conhecimento adquirido.
Na área de Psicopedagogia é imensa a dificuldade em delimitar o que pode ser considerado normal e patológico no que rege as relações interpessoais e a conduta ética a ser adota pelos psicopedagogos. Porém, muitas vezes esta delimitação necessita ser feita para analisar uma modalidade de aprendizagem particular, pois esta é construída com forte influência da interação do sujeito no meio familiar. Expectativas familiares interferem diretamente no modo de aprender do sujeito, visto que famílias que incentivam a independência e clareza nas relações estão dando condições para o sujeito buscar ativamente o conhecimento, enquanto àquelas que de alguma maneira fazem com que o sujeito seja dependente, este acaba não se aventurando e buscando novos conhecimentos. Neste sentido, a modalidade de aprendizagem é marcada por uma forma particular de se relacionar, buscar e construir conhecimento, que é fortemente influenciada pelas relações do sujeito com o meio em que está inserido. A forma como o sujeito se relaciona com o saber não é fixa, podendo mudar ao longo da vida. Portanto, patologia seria quando uma modalidade de aprendizagem se congela, tornando-se um padrão nas diversas e distintas situações da vida.
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