RELATÓRIO DE PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR - PTI SANTO ANDRÉ - SP
Por: jenifferccosta30 • 4/10/2021 • Projeto de pesquisa • 2.515 Palavras (11 Páginas) • 360 Visualizações
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
RELATÓRIO DE PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR - PTI
SANTO ANDRÉ - SP
2021
Relatório apresentado à faculdade anhanguera, como requisito parcial para o aproveitamento da disciplina do de produção textual interdisciplinar – PTI, do curso de licenciatura em pedagogia.
Tutora a Distância: Raquel de Araújo Silva Raysaro
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Sumário
1 - Introdução3
2 – Desenvolvimento 4
3 – Considerações finais 11
4 – Referencias 12
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1 – INTRODUÇÃO
Desde a pré-história o lúdico tem sido utilizado como instrumento educacional, onde os rituais que os homens primitivos utilizavam assemelha-se com brincadeiras de rodas, para desempenhar a função de caça e pesca.
A ludicidade por meio de brincadeiras e brinquedos pode ser considerada a principal atividade da criança, independente do contexto social em que está inserida, possibilitando inúmeros conhecimentos e transformações em seu desenvolvimento motor, cognitivo, emocional e intelectual.
O brincar é de valor incalculável para a criança, visto que enquanto brinca vivencia o lúdico de forma significativa, descobrindo o seu próprio eu, afirmando a sua personalidade e desenvolvendo senso de companheirismo.
É de extrema importância que desde a primeira infância a ludicidade esteja presente na vida dos educandos, pois sem sombra de dúvidas é a linguagem natural da criança. De maneira alguma, o lúdico pode se desvincular da educação infantil dentro do processo de ensino-aprendizagem e o ambiente escolar é um espaço privilegiado, sendo um facilitador do desenvolvimento sociocultural, pois é nele que a criança valoriza, compreende e compartilha novos conhecimentos. É indispensável que a metodologia e didática do professor viabilize uma aprendizagem significativa.
Para evidenciar a importância da ludicidade no desenvolvimento infantil, esse relatório de produção textual individual busca fundamentar-se teoricamente nos estudos de Montessori (1952), Vygotsky (1984), Piaget (1932), entre outros.
2 - DESENVOLVIMENTO
Estudos de grandes pensadores humanistas como Rousseau, Vygotsky, Piaget, entre outros, provam que o brincar tem um grande valor educativo, e a atividade lúdica deve ser utilizada em sala de aula como uma ferramenta para o desenvolvimento das habilidades motoras, psicológicas e sociais. Kishimoto (1997, p 42) afirma, “o jogo torna-se uma forma especial para aprender os conteúdos escolares”. Por meio da brincadeira, a criança experimenta situações, conflitos e supera desafios, que vão proporcionar, além do próprio prazer de brincar, o seu pleno desenvolvimento.
As creches sempre foram vistas como assistencialistas, não tendo um valor significativo e educativo. Desde a constituição Federal de 1988, em seguida do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990, da LBD – Lei de Diretrizes e Bases de 1996 e do RCN – Referencia Curricular Nacional para Educação Infantil em 1998, temos acompanhado as mudanças e as conquistas políticas públicas para a Educação Infantil. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apresenta seis direitos de aprendizagens: conviver, brincar, participar, explorar, expressar, conhecer-se. Sabemos que o brincar integra-se a esse grupo, sendo assim, o brincar deve ser compreendido como um direito da criança, pois este constitui um espaço para a construção de saberes, e o professor deverá fornecer: a vivência, a estimulação, valorizando seus movimentos, expressões efetivas, autonomia, criatividade, tudo isso pautado em uma proposta lúdica que tenha seu valor reconhecido e atribuído.
Vygotsky (1998) e Leontiev (1998) afirmam que a aprendizagem na idade pré-escolar se dá com a relação intrínseca com o brinquedo e a brincadeira, neste sentido a brincadeira não deve ser vista como um passamento pelos educadores, pois essa ferramenta de ensino irá proporcionar um importante salto para o seu desenvolvimento.
Piaget (1975, p 47) diz, “os jogos estão diretamente ligados ao desenvolvimento mental da infância; tanto na aprendizagem quanto as atividades lúdicas constituem uma assimilação real”. O brincar coloca a criança em situações onde há necessidade de tomadas de decisões, mesmo que sejam irreais tais situações, produzindo gradativamente seu amadurecimento diante de situações verdadeiras, que futuramente irão permear sua vida adulta.
Em todas as etapas da vida, os humanos descobrem e adquirem novos conhecimentos pelo contexto social em que está inserido, independente da raça, credo, cultura ou classe social, toda criança brinca e os atos estão ligados à brincadeira. Enquanto brinca, a criança se conhece, aprende e descobre sobre o mundo. O ser humano nasceu para aprender, explorar, descobrir e apropriar-se de novos conteúdos, desde os mais simples até os mais complexos, garantindo a sua sobrevivência e a integração na social como um ser criativo, crítico e participativo.
Para Vygostky (1989), na situação de brincadeira a criança se projeta nas atividades adultas de sua cultura e ensaia seus futuros papéis e valores. Ela começa a adquirir a motivação, as habilidades e as atitudes necessárias para sua participação social, que só pode ser completamente atingida com a interação dos companheiros da mesma idade. Nesse sentido, as brincadeiras usadas na situação escolar podem criar condições para a criança avançar no seu desenvolvimento cognitivo, porém elas precisam ser cuidadosamente planejadas pelo professor. As generalizações e os significados que a criança retira na situação de brincar precisam ser discutidos e trabalhados pelos adultos para que possam tornar-se um conceito específico (CÓRIA-SABINI e LUCENA, 2005, p. 41).
Uma vez que a utilização das brincadeiras e dos jogos no processo pedagógico ajuda na apropriação e assimilação de novos conteúdos, é dever do educador garantir momentos para atividades lúdicas, tanto dentro da sala como no ar livre. Tendo como principio o pleno desenvolvimento da criança, o lúdico deve ser uma metodologia dentro do processo ensino-aprendizagem, e o educador ser um mediador desse processo garantindo um ensino de qualidade.
A educação lúdica só terá um verdadeiro sentido quando o professor possui fundamentos desta prática e está pronto para realiza-la. De acordo com Santos (2011, p.21) não é fácil transformar uma realidade, exige calma, esforço e perseverança, pois as práticas docentes são diversas e cada educador possui uma concepção, mesmo os educadores lecionando a mesma matéria e trabalhando na mesma escola, as suas concepções diferem. Em contraposição, sabe-se que a mudança ocorre por um longo período, e para que essa mudança se concretize é necessário que existam pessoas inovadoras, criativas, capazes de incentivas a busca por novos caminhos que possam levar à transformação, como é o caso da professora Luiza.
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