RESENHA CRÍTICA - FILME UMA LIÇÃO DE VIDA
Por: Regis Neto • 23/1/2020 • Trabalho acadêmico • 1.565 Palavras (7 Páginas) • 1.852 Visualizações
FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO FRANCISCO
CURSO DE PEDAGOGIA
JULIETE BEZERRA DE OLIVEIRA
UMA LIÇÃO DE VIDA, FILME DE JUSTIN CHADWICK (2014): resenha crítica
Pedreiras/MA
2019
JULIETE BEZERRA DE OLIVEIRA
UMA LIÇÃO DE VIDA, FILME DE JUSTIN CHADWICK (2014): resenha crítica
Resenha apresentada a disciplina de Alfabetização e Letramento do Curso de Pedagogia da Faculdade de Educação São Francisco-FAESF como condição para obtenção de nota.
Professora: Erliene dos Santos Sousa
Pedreiras/MA
2019
1. IDENTIFICAÇÃO DA OBRA
Inicialmente será apresentada a ficha técnica do filme analisado, reunindo o conjunto de informações sobre dados bibliográficos, gênero, personagens e demais elementos técnicos e gerais sobre a obra.
TÍTULO ORIGINAL
The First Grader
LANÇAMENTO ORIGINAL DO FILME
2010
ROTEIRO
Ann Peacock
PRODUÇÃO EXECUTIVA
Origin Pictures
DIRETOR DE FOTOGRAFIA
Rob Hardy
GÊNERO
Biografia, Drama
IDIOMA ORIGINAL
Inglês
NACIONALIDADE
Reino Unido, EUA e Quênia
TÍTULO NO BRASIL
Uma lição de vida
LANÇAMENTO NO BRASIL
14 de agosto de 2014
DIREÇÃO
Justin Chadwick
PRODUTOR ASSOCIADO
Ed Rubin
TRILHA SONORA
Alex Heffes
DURAÇÃO
120 min.
COR
Colorido
ESTÚDIO: BBC Films e UK Film Council
DISTRIBUIDOR: Europa Filmes
ELENCO PRINCIPAL
OLIVER LITONDO
Personagem: Kimani N'gan'ga Maruge
TONY KGOROGE
Personagem: Charles Obinchu
NAOMIE HARRIS
Personagem: professora Jane Obinchu
NICK REDING
Personagem: Officer Johnson
SAM FEUER
Personagem: American Journalist
VUSI KUNENE
Personagem: Mr. Kipruto
2. APRESENTAÇÃO
Baseado em fatos reais, o filme Uma Lição de Vida conta a história de Kimani Maruge (Oliver Litondo), um queniano que no auge dos seus 84 anos está determinado a aproveitar sua última chance de ir à escola e ser alfabetizado. Desta forma, para aprender a ler e escrever, ele terá que se juntar a crianças de seis anos de idade, marcando o conflito do personagem, mote do roteiro do filme.
Sustentado em fatos históricos, o longa metragem mostra o fim do domínio inglês no Quênia, e toda a restruturação governamental do país para garanti o futuro da população. Uma das primeiras medidas tomadas foi a de garantir “educação para todos”. Diante desse pano de fundo para o roteiro, Kimani Ng’ang’a Maruge, um senhor de 84 anos vê a grande aprender a ler. Por isso, se dirige a uma das poucas escolas primárias que começam a aparecer nas regiões mais ermas da nação.
Para o personagem essa é a sua única e última oportunidade de finalmente entender o mundo ao seu redor, após tanto sofrimento e dor. Mas o fato de ter um ancião em sala de aula com outras crianças não foi encarado de modo simples. A presença de um idoso em sala de aula gera uma comoção nacional: alguns o acusam de roubar espaço de outras crianças, outros de que não passa de um golpe de mídia.
Foto 01: Cena do personagem Maruje em sala de aula, rodeado de crianças.
[pic 1]
Fonte: Europa Filmes (2014)
Manifestantes contrários a seu aprendizado se tornam cada vez mais violentos, e ameaças surgem a todo instante. No centro dessa confusão, está a professora Jane Obinchu (Naomie Harris), que decide abraçar a causa prometida pelo governo e assumir também esse esforço em favor desse aluno especial e de histórico tão particular. As crianças da escola, ao se unirem para proteger sua professora e incluir Maruge nas atividades, mostram que resistência e união podem sobrepor-se ao preconceito e a violência.
O desenrolar do roteiro vai além dos conflitos de Maruje para ser matriculado na escola primária junto com os menores, destacando todos os percalços por ele enfrentados, como por exemplo, a humilhante exigência para que usasse uniforme infantil ao frequentar as aulas, apontando como crítica social a exclusão escolar das pessoas idosas, as rivalidades entre etnias e os oportunismos sociais presentes em qualquer sociedade.
3. ESTRUTURA
De acordo com Verzola (2012) o roteiro de um filme deve obedecer uma curva dramática específica, que consiste no crescimento da situação dramática vivenciada pelos personagens até atingir o clímax, mostrando a resolução dos conflitos, seguindo então momentos de relaxamento e a volta da normalidade com a conclusão.
Segundo o referido autor por meio de uma trama, um personagem corrige ou não uma falha, supera ou não um trauma. Na curva dramática clássica a história começa de um ponto de partida que mostra o recorte escolhido para apresentar ao espectador a situação, representa o estado inicial de repouso ou equilíbrio do protagonista. Por algum motivo há uma ruptura do conforto inicial, então o protagonista parte para a busca de um novo equilíbrio, que é representado pelo crescimento da curva. O ponto de clímax é o ponto onde o conflito alcança seu grau máximo e se resolve.
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