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RESENHA DO ESTUDO "TRABALHO E EDUCAÇÃO: FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS E HISTÓRICOS", DE DERMEVAL SAVIANI

Por:   •  1/3/2020  •  Resenha  •  327 Palavras (2 Páginas)  •  819 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA: MEMÓRIA, ESQUECIMENTO, SILÊNCIO

de Michael Pollak

Rio de Janeiro, 1989.

Estudos Históricos.

Por Ana Flávia

No texto Memória, crescimento, silêncio, Michael Pollak, enfatiza pontos de referência  como as tradições, costumes, e regras de interação que estruturam a memória individual e coletiva da sociedade, partindo das concepções de Maurice Halbawachs, Pierre Nora e Durkhein.

O autor ressalta que as experiências de vida influenciam na formação e estudo da história, principalmente aquelas que não condizem com as versões oficiais mantidas pelos grupos dominantes.

Nesse contexto a estruturação da memória, é um processo contínuo de interpretação do que dito e do não-dito, descrevendo a sociedade a partir do conflito diário entre dominados e dominantes no decorrer da história. Versões ocultas são mantidas por interesses e repressão do Estado, ou por traumas profundos que muitos grupos minoritários foram submetidos.

O autor analisa a memória de condenados soviéticos, de prisioneiros de campos de concentração nazistas e de recrutados forçados da Alsácia, explorando os limites entre o "esquecido" e o "não dito".

Embora algumas contribuições tenham assinalado aspectos importantes relativos à história e memória, há várias formas de lidar com o passado e todas elas envolvem interesses, exclusão e poder.

 Michael Pollak ressalta que as memórias nacionais podem ser alteradas por meio de memórias antes silenciadas pelo estado, considerando que essas implicações éticas e morais, diante do enquadramento da memória, reforçam sentimentos de pertencimento de diferentes partidos, sindicatos, igrejas, aldeias, regiões, clãs, famílias, culturas, nações, etc.

Percorridas, porém essas treze páginas, a impressão que nos fica é que estamos diante de um texto exemplar, conduzido com objetividade, onde o autor ressalta a existências de  de tantas memórias “subterrâneas” opostas e enquadradas pela memória “oficial”, que no decorrer da história não tiveram voz na historiografia.

            Michael Pollak nasceu em Viena, Áustria, em 1948, e morreu em Paris em1992. Radicado na França, formou-se em sociologia e trabalhou como pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique -CNRS.

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