RESULTADOS DO IDEB COMO ELEMENTO PARA TOMADA DE DECISÕES

Universidade Veiga de Almeida
Pólo Tijuca
Curso de Licenciatura em Pedagogia

RESULTADOS DO IDEB COMO ELEMENTO PARA TOMADA DE DECISÕES

Disciplina: Organização da Educação Escolar
Professora: Lana Mara Tavares
Aluna: Carolina S. Tavares

Rio de Janeiro, Agosto/2018

Muito fala-se a respeito da qualidade de ensino, tanto a nível macro como na própria sala de aula. Mas como medir a qualidade do ensino em determinados lugares ou instituições? Como saber se o planejamento pedagógico proposto para determinada escola está apresentando o resultado desejado?

Com o objetivo de medir e mapear o nível e a qualidade da educação básica no Brasil, foram criadas avaliações que são feitas em larga escala por todo o país. São as Avaliações Externas. Este é um instrumento essencial para a implementação dos sistemas de ensino e para reorganizar, se necessário, as metas da unidade escolar. Os resultados das avaliações de larga escala permitem esquematizar o desempenho das instituições, desenvolver soluções para a melhoria dos sistemas de ensino, garantir o nível da educação com qualidade e fornecem elementos para que sejam elaborados indicadores nacionais.

Criado em 1995, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) foi a primeira iniciativa nacional de avaliação em larga escala, com o intuito de conhecer a realidade na qual o processo de ensino e aprendizagem acontece. Hoje os estados procuram desenvolver sistemas de avaliação específicos, condizentes com a sua realidade.

Atualmente cinco avaliações externas são utilizadas para medir o índice de desenvolvimento da educação básica no Brasil, de acordo com os níveis de ensino:
-Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA)
Tem como objetivo examinar os níveis de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa e Matemática em todos os estudantes matriculados no 3º ano do ensino fundamental das escolas públicas. A análise de seu resultado fornece dados de desempenho em leitura, matemática e escrita.

-Avaliação Nacional do rendimento escolar (ANRESC)
É uma avaliação aplicada a cada dois anos a alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental das escolas públicas que apresentam 20 ou mais alunos matriculados naquela série. O resultado fornece informações sobre o desempenho da aprendizagem em Língua Portuguesa e Matemática, e é considerado para cada uma das instituições participantes, bem como para as redes de ensino em geral. Seus dados servem de elemento de estudo para diagnóstico e planejamento do trabalho pedagógico da escola e formulação de ações e políticas públicas.

-Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB)
Participam deste exame, alunos do 5º ano, 9º ano e 3ª série do ensino médio de escolas das redes pública e privada que são selecionadas através de sorteio e de forma amostral. Além disto, são consideradas as seguintes características de interesse da avaliação: dependência administrativa (pública e privada), Estado (federação), localização (urbana e rural), área (Capital e interior) e porte da escola (pequena: 1 ou 2 turmas, grande: 3 ou mais turmas). O resultado obtido serve para avaliar a qualidade, a equidade e a eficiência da educação básica brasileira.

-Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)
Este exame pode ser realizado por todos que desejam realizar a prova. A primeira edição foi aplicada em 1998 com o objetivo de medir os conhecimentos adquiridos no 1º ano, 2º ano e 3º ano do ensino médio regular. A partir de 2004 passou a ser utilizado como método de ingressar em universidades a partir da pontuação obtida. Atualmente é também parte do processo seletivo para aquisição de financiamentos estudantis e oferece a oportunidade de bolsas de estudo parciais e integrais de instituições privadas de ensino superior.

-Programme for International Student Assessment (PISA)
É realizada a cada três anos e avalia três áreas do conhecimento: matemática, leitura e ciências. Aplicada de forma amostral a alunos do 7º ano do ensino fundamental, esta iniciativa internacional tem como objetivo comparar dados e desenvolver indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação dos países onde são aplicados, e subsidiar a políticas de melhoria do ensino básico.

Existe ainda um indicador que foi criado em 2007, o Indice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que sozinho é capaz de medir os resultados de dois conceitos essenciais para a análise da qualidade de ensino: o fluxo escola e as médias de desempenho nas avaliações. Nesta avaliação a combinação entre a frequência do aluno e a qualidade de sua aprendizagem é primordial, pois se não houver equilíbrio entre as duas, o indicador é capaz de identificar. Ainda, é um sistema que permite a comparação entre o índice desejado e as intenções educacionais, com opções de filtragem nacional, estadual, municipal ou por cada escola.

A Avaliação Institucional busca o entendimento da realidade escolar, analisa o contexto em que a escola está inserida e mostra questões positivas e negativas. Os dados obtidos destas avaliações, tem caráter diagnóstico e precisam refletir questões particulares da unidade escolar onde foi aplicada, mostrando a possível necessidade de tomada de decisões que modifiquem a postura como a escola atua e da gestão educacional. É uma autoavaliação crítica embasada numa construção coletiva e interna, que, buscando a melhoria, gera debates sobre conflitos, dilemas e outros detalhes. Esta investigação deve ser uma prática constante e permanente, e sua finalidade é identificar dar sentido à mudanças necessárias, reorganização e melhorias no planejamento curricular de ensino.

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