RESUMO COMPARATIVO LITERATURA DE ROUSSEAU E TRECHO DO FILME O SORRISO DE MONALISA
Por: Jaconias • 22/4/2015 • Dissertação • 1.060 Palavras (5 Páginas) • 1.349 Visualizações
UNIVERSIDADE TIRADENTES
PEDAGOGIA
JACONIAS DANTAS DE ALMEIDA
RESUMO COMPARATIVO
LITERATURA DE ROUSSEAU E TRECHO DO FILME O SORRISO DE MONALISA
Nossa Senhora da Glória – SE
2014
JACONIAS DANTAS DE ALMEIDA
RESUMO COMPARATIVO
LITERATURA DE ROUSSEAU E TRECHO DO FILME O SORRISO DE MONALISA
Resumo apresentado ao curso de Pedagogia, sob orientação do prof. Maristela do Nascimento Andrade, como um dos pré- requisitos para a avaliação da disciplina de Fundamentos Históricos da Educação.
Nossa Senhora da Glória – SE
2014
O objetivo desse trabalho é comparar duas épocas distintas ambas no passado, trazendo à tona todas as ideias contidas nos trechos sobre o pensamento de Rousseau e as senas peculiares do filme O Sorriso de Monalisa. Estes, apesar das especificidades muito têm em comum e até mesmo se complementam, e são esses pontos de convergência que faz estas duas obras tão diferente aparecerem juntas para serem confrontadas. Ambas têm como objeto a educação e suas aplicações, Apesar da diferença na forma de abordar o tema nas duas obras, elas serviram de suporte para o entendimento mais aprofundado sobre as formas de pensar a educação nesses períodos.
O pensador suíço iluminista Jean Jacques Rousseau tem uma vasta obra literária, mas apesar de escrito vários livros, os que serviram aos propósitos desse trabalho, e não por acaso os mais estudados pela historiografia da educação, principalmente no que diz respeito aos pesquisadores nacionais. São as obras, Contrato Social e Emílio. Nesses livros ele trás duas formas distintas de olhar a educação.
Na primeira ele aborda uma educação baseada em um modelo orientado pelo Estado e voltado a socialização. Já em Emilio, o pensador aborda um modelo de educação baseado na figura do preceptor, este praticaria uma educação baseada na individualidade, ou seja, ele se dedicaria a educar um único aluno por vez, baseado nas características e necessidades distintas. Diferente da educação praticada na época, que basicamente educava as crianças como se fossem adultos em miniatura. Essa obra também traz à tona, o que o autor descreve como “educação do homem natural” e não homem como cidadão. Com isso, dever-se-ia dar mais atenção às necessidades reis de cada criança, respeitando o ritmo de cada uma.
Nesse livro Rousseau criticou as formas de educação que eram praticadas em seu tempo. Também foi alvo de suas criticas a educação da aristocracia que, segundo ele, levavam as crianças a imitar os adultos, dando importância apenas à preparação para as atividades sociais, não se preocupando com a educação natural dos pequenos.
Voltando as atenções para os trechos citados de “O Sorriso de Monalisa”, é latente a abordagem do filme, trazendo a tona criticas á formas de ensino praticadas em uma “escola de moças” de meados do século XX. Isto fica explicito no primeiro trecho proposto, quando a professora novata de Historia da arte, chega a uma classe de garotas esperando dar uma aula construtiva, se deparando com garotas com um conhecimento notório, chegando até a deixa-la sem muito o que ensinar. Porém o que mais constrange na cena é o excesso de educação e zelo praticado pelas moças. Já na segunda parte proposta, a professora mostra seu lado cotestador, trazendo “artes” que descrevem o papel da mulher daqueles tempos, fazendo indagações imperativas sobre esse estereótipo feminino que, a época era basicamente casar ter filhos e claro, ser uma boa senhora do lar. Culminando na ultima parte que mostra que apesar da demissão da contestadora professora, as suas ideias não morreriam, ficariam nas cabeças de algumas moças que absorveram parte de seus ideais de contestação das imposições sócias feitas as mulheres daquela época, ficando explicito que mudar um dogma social é possível.
As ideias impostas nesse filme convergem com o pensamento de Rousseau no que diz repeito a contestar o modelo de educação que estava em vigor em seus tempos. Rousseau criticando as formas de ensinar mecanizadas praticadas pela aristocracia e pelos Padres da Companhia de Jesus no século XVIII, educação esta que segundo ele não valorizava as individualidades naturais dos educandos, transformando-os em meros produtos da sociedade, prontos para servi-la. E os trechos do filme contestando o ensino das moças do século passado, ensino este, carregado de ideais de submissão feminina que, em vez de formar mulheres verdadeiramente educadas para a vida e para enfrentar os desafios da sociedade em igualdade com os homens, formava esposas que seriam futuras boas donas-de-casa.
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