Reflexão acerca das infdagações de Tardif e Miguel Arroyo
Por: Beka Falconi • 23/4/2021 • Trabalho acadêmico • 1.127 Palavras (5 Páginas) • 170 Visualizações
O presente trabalho objetiva refletir sobre os questionamentos acerca da formação do professor no campo educacional brasileiro no processo ensino aprendizagem, através das indagações realizada por Tardif (2014) em seu livro “Os saberes docentes e formação profissional”. Com esse viés trazemos a reflexão de uma frase do livro “Imagens Quebradas- Trajetórias e tempos de alunos e mestres escrita por Miguel Arroyo, “diante do incômodo e do mal-estar de mestres e alunos resta algo capaz de inspirar nosso pensar e fazer profissional?”.
Atualmente as mudanças cada vez mais aceleradas e constantes não permitem que o conhecimento não ande na mesma frequência e dessa forma não é fácil manter-se atualizado. Por isso que a prática pedagógica e os saberes devem ser discutidos, bem como as competências que um professor deve possuir e quais habilidades são construídas em sua formação. Essa preocupação nos últimos anos vem sendo estudada para que se entenda que saberes são necessários para que um professor deve possuir para desenvolver um trabalho eficaz dentro da sociedade. Percebe-se que os saberes são plurais e não devem ser baseados apenas em conteúdo.
Na atual conjuntura que se encontra a educação no Brasil, ser professor não é atividade fácil principalmente sob as pressões que influenciam o exercício da docência e que devem ser levadas em consideração para compreender os saberes necessários para se exercer a profissão de professor.
Tendo em vista o que foi mencionado acima, busca-se agora refletir sobre o que Tardif (2014) e Arroyo apontam como sendo necessários à formação e o exercício da prática docente.
Segundo Tardif (2014), a família, as instituições, universidades influenciam a formação do professor. Onde o professor e sua bagagem de conhecimento estão atrelados a suas próprias características, o percurso realizado até chegar à docência, sua vida e a profissão. Firmando que os saberes docentes são vários, sendo assim plural, sabendo que ao preparar suas aulas se faz necessário planejamento juntamente com metodologias capazes de alcançar seus alunos para que se alcance os objetivos propostos no seu planejamento. Por isso que é primordial que os professores interajam com as pessoas, mostrando que a eficácia se faz através da prática pedagógica nessa relação professor e aluno, não apenas como experiência, mas como entrelaçamento de saberes.
A prática pedagógica é onde o professor desenvolverá sua formação de acordo com a sua caminhada na construção do saber. A teoria somente não basta para transmitir conhecimento e sim, ao mesmo tempo com a prática presenciará uma diferença no ensino aprendizagem. Assim, a docência não deve ser encarada como vilã capaz de dominar o aluno e sim como um processo de construção levando em conta que professor e aluno aprendem juntos e não apenas o aluno como indivíduo capaz apenas de aprender e o professor mero transmissor do conhecimento.
Diante disso, entende-se que os professores incorporam os saberes que são produzidos por suas diversas experiências aplicadas em suas práticas pedagógicas, permitindo a eles ampliarem sua formação e aprendizagem no decorrer da sua vida profissional, sendo assim o conhecimento adquirido no tempo da docência oportunizará o educador a se reatualizar.
Em outra face desse contexto, Miguel Arroyo nos fala através de uma frase em seu livro Imagens quebradas: Trajetórias e tempos de alunos e mestres que diz: “diante do incomodo e mal-estar de mestres e alunos resta algo capaz de inspirar nosso pensar e fazer profissional?”. Partindo nessa reflexão, o autor nos fala para que para acompanharmos o desenvolvimento dos educandos desde a infância a juventude que não devemos viver de ilusões que haverá um futuro espetacular a frente e sim lucidez para perceber esse mal-estar vivenciado nas escolas e de como reagir a forma que a infância vem sendo submetida. O comportamento dos alunos é a condição a que estão submetidos e isso se deve levar e consideração. De acordo com o autor, essas mudanças devem vir com um olhar mais atento às novas condutas, valores e cultura. E quando se fala em mudanças nas escolas, logo pensa-se que deva ser relacionada a aprendizagem atrelada ao conhecimento, bem como a forma de ensino para alcançar os objetivos. Da infância à juventude, vem surgindo inquietações às quais é preciso sair da zona de conforto e isso vem gerando tensões abrindo assim o sentido de docência e sinalizando assim que tanto a escola, a pedagogia e à docência não detém o poder de tudo. Por fim, crianças, adolescentes e jovens precisam urgentes de que políticas públicas, instituições e profissionais qualificados se responsabilizem e que as escolas e professores lhes cabem a responsabilidade do papel ao qual devem desempenhar que é o educativo.
Os temas tratados nesse artigo são assuntos os quais fazem parte da educação brasileira na atualidade. São problemas de longa data e que se encontram originalmente em toda
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