Resenha : Movimentos sociais reeducam a educação - Miguel Arroyo

UERJ- Universidade do Estado do Rio de Janeiro

FFP- Faculdade de Formação de Professores

Disciplina: Educação Popular

Professora: Elaine de Oliveira

Aluna: Tainara Barbosa Santos

Resenha

Sobre o autor Miguel Gonzalez Arroyo, possui graduação em ciências sociais pela universidade federal de Minas Gerais, mestrado e doutorado em ciências políticas. É professor titular emérito da faculdade de educação da UFMG, acompanha propostas educativas em varias redes estaduais e municipais do país.

Em seu texto os movimentos sociais reeducam a educação, o autor apresenta a importância das lutas e dos movimentos populares, para formação dos jovens e pessoas envolvidos neste trabalho. A presença desses movimentos é fundamental para repensarmos como eles são visto, por seus políticos, professores, pessoas que possuem posses.

“A diversidade de movimentos sociais acarreta novas resistências á opressão e á subordinação. Elas funcionam como matrizes formadoras, humanizadoras. Mostram-se sujeitos pedagógicos”. (Pág.2)

No texto fica claro que a cada nova geração suas reivindicações serão diferentes, a educação de qualidade é um direito a todos, porem com o sistema excludente que a escola possui, certos alunos sentiam deslocados, como exemplo, os alunos indígenas, seu ambiente natural, sua própria cultura, os saberes dos mais antigos de sua tribo, eram esquecidos, para que eles fossem enquadrados ao sistema do ensino. Não só os índios, mas alunos de comunidades carentes, que vivem uma realidade completamente diferente de um aluno que não mora no  “morro”.

“Os movimentos sociais dizem aos docentes-educadores e aos estudantes em preparação: superem essa visão inferiorizante do povo, dos trabalhadores. Esses movimentos nos indagam se é possível continuar com teorias pedagógicas e currículos de formação que ainda se alimentam dessa visão de salvadores dos coletivos sociais, raciais, dos ignorantes, dos submanos, dos inferiores”. (Pág.4)

Diante desta situação o ambiente escolar não pode ficar indiferente, é preciso reinventar os métodos de ensino, mudar a forma de olhar os alunos, ao invés de criticas, trazer incentivo, apoio, compreensão, entendo a situação do alunos, mas também o ambiente que ele vive, mostrar para os jovens a importância da educação, através de sua visão.

“Se eles não são os mesmos, se os educandos não são os mesmos, nós, professores, não podemos ser os mesmos”. Lembro-me de uma professora falando: “Depois que tomei consciência dos meus direitos como mulher, não posso ser a mesma mulher, nem a mesma professora”. (Pág.3)

A afirmação do autor dizendo que a luta dos movimentos, são para terem voz, espaço, na justiça, pois por muitos anos foram silenciados e obrigados a viver de uma educação “privilegiada”, por serem pouco educados segundo as normas tradicionais. A luta desses movimentos, não é para melhorias e sim para mudarem os padrões impostos, lutam por seu espaço na terra, por seu lugar urbano e por outra universidade, com mais diversidade e condições de ensino.

“Batalham por saúde e escola articulando essas lutas a outro projeto de sociedade, de cidade, de campo. De estado. Não batalham apenas por acesso a escola, mas por outra escola, outra universidade- realmente publica”. (Pág. 9)

Em virtude dos fatos mencionados, o texto do autor mostra como os movimentos populares foram importantes para a educação, porem a falta de dados gráficos mostrando a importância e crescimento dos movimentos ao longo dos anos, deixa o texto um pouco sucinto. Mas não devemos deixar de resaltar que esses avanços seriam maiores se tivesse o apoio de governantes, se fossem mais incentivados juntamente com a participação escolar.