Relatório de Estágio de Práticas em Eja
Por: Marilane50 • 2/5/2017 • Relatório de pesquisa • 2.882 Palavras (12 Páginas) • 530 Visualizações
[pic 1]UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS – CFCH
FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FE
Curso de Graduação em Pedagogia
MARILANE LEONIDIO
DRE 110139852
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Prática em Eja
Rio de Janeiro/RJ
2014
Introdução
Esse trabalho tem como objetivo principal relatar as experiências vivenciadas em campo durante o segundo semestre do ano de 2014, para atender a proposta da disciplina de Prática de Ensino em Educação de Jovens e Adultos, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem como objetivo relatar as observações realizadas. O estágio supervisionado em educação de jovens e adultos é importante para que nós graduando coloquemos nossos conhecimentos em pratica e refletirmos sobre nossas ações no ambiente escolar, se tornado essencial para nossa formação integral, considerando que o campo de trabalho como o EJA requer profissionais com habilidades necessárias para atua numa realidade multicultural e neoglobalizada para aprendizagem do educando. A importância do estagio na educação especial é que a mesma oferece atendimento educacional especializado aos estudantes com diferentes deficiências, como: deficiência intelectual, auditiva, visual, física, transtorno global do desenvolvimento, deficiência múltipla. Porém, vale ressaltar que os objetivos da educação especial são os mesmos da educação em geral , o que difere é o atendimento que passa a ser de acordo com as diferenças individuais do educando.
O relatório exposto a seguir se trata de um conjunto de observações realizadas desde o dia dezesseis (16) de setembro à vinte e nove (29) de outubro, feitas na Escola Municipal de Educação Especial Francisco de Castro, situada no Maracanã. As observações somam um total de 60h até o dado momento, em uma turma de Peja I Bloco 2.
I – Realidade Sociocultural
A turma a qual observei até o momento em meu estágio, costuma iniciar às 13h e serem finalizadas entre 17h, é composta de Jovens e Adultos, tendo uma faixa etária entre dezesseis (16) e vinte oito (28) anos e se trata de uma turma de alunos da Educação Especial, cada qual com deficiência e dificuldades diferentes. É uma turma de dezessete (17) alunos matriculados, sendo que só doze (12) com freqüência regular, são dez (10) homens e duas (2) mulheres. A turma é de Educação Especial, todos tem alguma deficiência. Segundo relato do Professor regente dos doze (12) alunos, só dois (2) devem reprovar, quanto a evasão costuma ser mias freqüente em alunos que vivem em abrigo, pois os que vivem no núcleo familiar, têm uma boa freqüência e baixo nível de reprovação, apesar das dificuldades de cada um.
Temos ciência que por princípio, a EJA já é diferenciada, devido à diversidade de seu alunado e da amplitude de conhecimento que o mesmo possui ao ingressar na escola, assim compreendemos ser “[...] uma humilhação para um adulto ter de estudar como se fosse uma criança, renunciando a tudo o que a vida ensinou-lhe. É preciso respeitar o aluno, utilizando-se uma metodologia apropriada” (GADOTTI, 2005, p. 41).
Diante desse fato, imaginemos o aluno com necessidades educacionais especiais, a educação deverá ser duplamente diferenciada, fazendo-se necessário que encontremos dispositivos que supere as dificuldades, desenvolvendo as potencialidades de cada indivíduo, seja ele jovem ou adulto, com necessidades especiais ou não, permitindo-lhe o total exercício da cidadania.
II – Organização do trabalho pedagógico
A sala de aula é dividida da seguinte forma, juntam várias mesas e formam duas mesas grandes, que fica uma de cada lado da sala, formando um corredor no meio. As aulas são de segunda-feira à quinta-feira, pois na sexta-feira eles não têm aula, pois é o dia que os Professores, se reúnem para fazerem planejamento. As matérias são dadas da seguinte forma uma dia da semana para cada matéria, sendo que as quintas-feiras, se divide entre história e geografia, uma semana é dada história e na outra geografia, os demais dias, fica sendo , um dia de língua portuguesa, um dia matemática e outro dia ciências, as aulas são organizadas em módulos temáticos que duram quatro horas. Além da organização por componentes curriculares, o PEJA dá especial atenção a atividades culturais. São realizadas aulas-passeio para a ampliação das experiências dos alunos. No dia trinta (30) de outubro eles fizeram um passeio ao museu da República, para fazerem compras de livros para a escola.
III – Encaminhamento das Atividades
As atividades são passadas no quadro, para os que sabem e conseguem copiar, mas tem dois alunos na turma que não conseguem copiar do quadro, um deles é por que não sabe copiar e algumas letras ele não consegue fazer, para este aluno o Professor regente passa o mesmo trabalho no caderno dele para ele cobrir, provavelmente esse será um dos alunos que o professor disse que não tem condições de avançar para o próximo bloco, e o outro por não ter coordenação motora, ele não consegue nem pegar no lápis que dirá escrever, mas pelo que observei, ele reconhece todo o alfabeto e sabe escrever teclando no notebook da sala de aula, com muita dificuldade e demora para teclar mas consegue, inclusive olhando do quadro. O professor regente durante as atividades, interfere o tempo todo, verificando se eles estão copiando certo, controla o tempo deles copiarem se não as atividades não avançam, por que eles são muito lentos, por esta razão não são passadas muitas atividades a cada aula. O Professor costuma seguir o que tem planejado para cada aula, ele só muda no caso de ser dia de passar matéria nova e faltar muitos alunos, foi o que aconteceu em um dos dias em que eu estava lá, só foram quatro alunos e ele tinha planejado de iniciar uma matéria nova e teve que deixar para a próxima aula.
Pessoas com deficiências são seres humanos diferentes entre si: possuem estilos de aprendizagem diferentes, gostam de coisas diferentes, uns são melhores em português ou em matemática, uns possuem linguagem e vocabulário melhor do que outros etc. Apesar disso, a palavra ‘deficiência’ conduz ao (pré)conceito com base na incapacidade cognitivo intelectiva para aprender ! (FERREIRA, 2004).
IV – Trabalho em Grupo
Durante o período ao qual estagiei, até o momento não houve trabalhos de grupo e pelo que pude perceber o Professor não costuma trabalhar com eles dessa forma. Cada aluno faz seu trabalho individualmente, há momentos de atenção individualizada, no qual o Professor destina sua atenção a um aluno que está com dificuldades e também por muitas vezes me pediu que o ajudasse nessa questão, principalmente nas aulas de matemática, pois a maioria deles têm dificuldades em fazer contas, seja de adição, subtração ou multiplicação, ele ainda não chegou na divisão. Por serem alunos com necessidades especiais e com dificuldades diferentes se faz necessário que o Professor esteja interferindo e oferecendo ajuda o tempo todo, a todos os alunos. O professor esta sempre disposto a ensinar impõe respeito em sala de aula chamando a atenção de seus alunos com firmeza, se mantém otimista, emotivo, estimulando os alunos, o mesmo é interessado na aprendizagem dos alunos, e compromissado com sua profissão. Um dos aspectos que mais chamam atenção sobre o professor, é que ele está sempre atento e preocupado com a aprendizagem dos alunos. Um bom professor precisa respeita os alunos ser atencioso e ser compromissado com sua profissão. Em sala de aula tem total controle sobre os alunos, e aparentemente os alunos possuem entre si um bom relacionamento, e o controle de frequência dos alunos é feita no inicio da aula. A metodologia utilizada é a tradicional utilizando poucos recursos didáticos, ou seja, usando apenas o quadro em acrílico, o caderno e o livro didático.
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