Resenha Critica: Quando Sinto Que já Sei
Por: nsiuagdsiu • 5/4/2018 • Trabalho acadêmico • 1.438 Palavras (6 Páginas) • 4.141 Visualizações
Resenha Critica
A proposta do documentário “Quando Sinto Que já Sei” é levantar uma discussão sobre o atual momento da educação no Brasil. Já o de experiência sobre estágio em psicologia escolar e da educação vem nos remeter a uma reflexão sobre a didática usada em Mineiros – Goiás, onde a realidade do vídeo e a nossa realidade educacional geram um conflito de ideias. O que no vídeo relata como Autonomia de aprendizagem, liberdade para escolhas e integração com a comunidade, trazendo a reflexão de uma nova metodologia mediante ao processo de aprendizagem onde todos são ouvidos crianças, pais, professores, educadores, diretores e pessoas de outras áreas, todas com vontade de romper o modelo tradicional de escola.
No Relato de experiência podemos observar a carência de profissionais específicos para certas demandas, sendo um de deles o psicólogo escolar, para auxiliar em devidas situações cotidianas dos alunos e dos gestores desse ambiente escolar. Analisando o vídeo com essa realidade podemos nos deparar com diversos problemas nesse ambiente como: Dificuldade nas relações interpessoais, base familiar com diversos conflitos, carência econômica e afetiva tanto da parte dos alunos como dos demais profissionais da escola.
Por que não mudar? É um dos questionamentos que deve ser levantados todos os dias por nos futuros psicólogos. Será possível ter um ambiente escolar prazeroso para todos? Onde o aluno esteja ativo nas decisões, sejam ouvidos e participantes das decisões escolares. O documentário quer atingir a todos, mas o docente é, desde o início, o principal interlocutor. “A revolução dentro da sala de aula parte dele’’.
Os docentes devem viver a aventura do conhecimento, da busca e do contraste crítico e reflexivo se querem provocar nas novas gerações o amor pelo saber e o respeito pela diversidade e pela criação; devem amar a democracia e se comprometer com suas exigências de compreensão compartilhada se querem criar um clima de relações solidárias e se pretendem construir a comunidade democrática de aprendizagem (GÓMEZ, 2001, p. 304).
É no contexto coletivo, lugar de reflexão, que o grupo pode se fortalecer e encontrar caminhos e suporte para o desenvolvimento profissional e dos alunos, para que essa educação seja algo que desperte entusiasmo e desejo dos alunos e dos profissionais inseridos. Explorar outras possibilidades nesse ambiente tradicional da educação onde mudanças devem começar a ocorrer para que a escola se torne adequada ao presente (e futuro) de nossas crianças/jovens com foco na formação de crianças mais críticas, autônomas e questionadoras.
Como vimos realmente temos a necessidade de mudanças na realidade escolar, pois como no vídeo disse, os alunos do século XIX e XXI não são os mesmos. Como é relatado, muita coisa mudou, as crianças hoje têm mais acesso à tecnologia, são mais espertas, não são uma página em branco como foi relatado no filme.
Porem se compararmos o filme com o artigo “Exercer a Postura Crítica:
Desafios no Estágio em Psicologia Escolar.”, veremos que tem sim uma necessidade de mudança, porem existe muitas barreiras a serem quebradas e muito trabalho a ser feito. No artigo podemos ver a dificuldades dos estudantes de psicologia, enfrentam ao chegar na realidade escolar. Não só as dificuldades em si da escola mas de cada um construir uma postura crítica, diante de tantas dificuldades.
As primeiras idas à instituição escolar são, normalmente, impactantes. Experimentam situações difíceis e uma das reações é crerem que deveria haver mudança de atitude por parte dos professores que trabalham nas escolas. Muitas vezes defendem que os professores poderiam agir de uma maneira mais crítica se não individualizassem as causas da produção do fracasso escolar dos alunos com os quais se preocupam. (MACHADO, 2014, P.763)
Quando os alunos chegam a escola, eles já observaram a necessidade de mudança, e eles achavam que deveria começar dos professores.
Porem essa mudança deve ocorrer como um todo, não só a escola, mas também os alunos, pais e professores.
Os estagiários ficam indignados, tristes, alguns choram na supervisão. É difícil conviver com tantas histórias de abandono, medo, perdas, humilhação. Entram em contato com situações de vida muito difíceis e percebem a complexidade e a precariedade do funcionamento institucional. (MACHADO, 2014, P.768)
Pois a realidade de cada um é diferente, os pais, os professores tem histórias, tem problemas familiares, e querendo ou não isso muitas vezes afeta o meio social e escolar da criança e dos educadores. E quando os alunos se depararam com todos esses problemas, eles ficaram indignados
Reinventar, e remodelar é preciso, por que não só as escola precisa disso mais os alunos também. Porem tem poucas pessoas colocando a “mão na massa” ou seja agindo e construindo, colocando algumas coisas em prática, porém o filme não traz toda a problemática social que é enfrentada no dia a dia. Como o do aluno com deficiência do 6º ano como traz no artigo.
Um aluno com deficiência, do 6º ano do Ensino Fundamental, ficava parado, sem fazer nada na sala de aula regular. A professora tinha receio de pedir atividades mais complexas a ele, achava que era constrangedor porque esse aluno apresentava muitas dificuldades. Por isso, pedia tarefas muito simples: pintar um desenho já feito, copiar uma letra etc. A estagiária, percebendo que o aluno estava desanimado (afinal, ele podia mais) e que a professora estava receosa (porque desconhecia as forças dessa criança), perguntou para a professora se haveria algum livro infantil pelo qual esse aluno poderia se interessar. (MACHADO, 2014, P.769)
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