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Resenha do artigo “As Relações Interpessoais: Um Estudo Sobre os Conflitos e Suas Implicações nas Práticas Escolares”

Por:   •  3/6/2021  •  Resenha  •  875 Palavras (4 Páginas)  •  235 Visualizações

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Resumo do artigo “As relações interpessoais: um estudo sobre os conflitos e suas implicações nas práticas escolares dos professores dos anos iniciais”

        O artigo de Farias (2009) parte de uma pesquisa que tem como objetivo provocar reflexões sobre as relações interpessoais na escola, e investigar que tipo de relações e de que forma elas influenciam no processo de ensino e aprendizagem, além de abordar as questões conflituosas do ambiente escolar.

        O autor inicia abordando a questão de que o processo de ensino e aprendizagem está associado às relações interpessoais e que elas estão estreitamente relacionadas aos resultados finais de avanços ou não nos processos de aprendizagem, pois estas relações imbricam na relação entre professor, aluno e aprendizagem, assim o professor pode representar um vínculo favorável ou desfavorável com determinado tipo de conhecimento.

        As relações interpessoais citadas acima são o foco da gestão escolar, pois se faz necessária a existência de um espaço para refletir com os professores e os alunos sobre o tipo de relações que estão vivenciando dentro da escola, é preciso averiguar se tais relações estão contribuindo para construção democrática do ambiente escolar ou se elas estão de forma  ou se estão sendo postas de lado. O autor alerta para a importância da dimensão afetiva no fazer pedagógico na sala de aula, pois a educação não é constituída apenas dos domínios técnicos.

        O artigo traz as reflexões envolvendo a afetividade dos seres humanos, e aborda que as relações que caracterizam o ensinar e o aprender transcorrem a partir de vínculos entre as pessoas, e que a afetividade está presente em todas as dimensões humanas e que o ensino-aprendizagem como uma atividade compartilhada é de abordagem dialética, onde não só o aluno aprende mas também o professor, tal posição transforma o ambiente escolar em uma “comunidade de aprendizagem”.  

        Com o intuito de explanar os dilemas envolvendo a questão da interação, Farias (2009) traz definições de Piaget (1973) de forma a discorrer sobre dois tipos de interações sociais, que são a coação e a cooperação. Dessa forma, é chamada de coação social “toda relação entre dois indivíduos na qual intervém um elemento de autoridade ou de prestígio” (p.18), nessa relação, o indivíduo coagido deve atribuir valor às proposições daquele que é reconhecido como prestigioso, mas a recíproca não é verdadeira. Assim, nessa relação não há a perspectiva de troca, a questão dialética, o que não faz com que os processos de desenvolvimento se profinquem de forma significativa.

        A coação para os processos de aprendizagem e quando não o fazem, transformam esse processo e algo doloroso e árduo, pois o professor torna-se o dono do saber e o aluno mero depósito de informações.  O que não acontece nas relações de cooperação, pois elas estimulam e possibilitam o desenvolvimento da inteligência, já que que há discussões, trocas de ideias e discussão de argumentos e provas, dessa forma todos participam ativamente da relação social e a constroem, trazendo um desenvolvimento cognitivo conjunto de forma dialética.

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