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Resenha do filme Pro dia nascer feliz

Por:   •  1/12/2018  •  Resenha  •  684 Palavras (3 Páginas)  •  941 Visualizações

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MINHAS REFLEXÕES SOBRE O FILME

Pro dia nascer feliz é um filme-documentário dirigido por João Jardim, coproduzido por Globo Filmes, Tamberlini Filmes e Fogo Azul Filmes. Seu lançamento foi em fevereiro de 2007. O Filme recebeu o prêmio especial do júri no Festival de Gramado 2006 e mais 10 prêmios entre nacionais e internacionais. De forma dinâmica, com entrevistas e apresentando a realidade física e pedagógica de algumas escolas brasileiras, a ideia principal do filme é mostrar ao expectador, como alunos e professores veem a realidade educacional na qual estão inseridos.

É impossível ficar indiferente ao que nos foi apresentado. Valéria e Clécia estudam em Manari, cidade Pernambucana que foi considerada pela ONU uma das mais  pobres do Brasil, estudam em condições tão precárias que surpreende e emociona ver seus olhos brilharem pelo aprender. Deduzimos que a escola ainda é um lugar de esperança.  A última instituição abordada, não foi identificada, mas subentende-se que trata-se de um local para adolescentes com problemas com a lei. Uma estudante entrevistada responde com satisfação a agressão que resultou na morte de uma colega. Em suas próprias palavras “não dá nada matar sendo de menor”.  É desolador a falta de perspectiva que gera esse “nada a perder”. Para esses, ainda mais, a escola precisa ser um lugar de esperança.

Na Escola Estadual Parque Piratininga II em Itaquaquecetuba, periferia de São Paulo, o aluno Ronaldo de 16 anos, foi categórico ao afirmar que a educação no Brasil não está melhorando, e aponta como causa de sua observação as cotas e incentivos governamentais como o pró universitário. Que as diferenças sociais existem e precisam ser sanadas, é fato, porém esses tipos de incentivos além de ignorar o problema na sua raiz, no caso a condição social do sujeito, incentiva o descaso com os ensinos fundamental e médio. Foi gratificante achar o Padre Ronaldo no facebook, e saber que ele tem seguido seus planos de ajudar o próximo através da educação e do amor a Deus.

Já em Alto de Pinheiro, bairro nobre de São Paulo, conhecemos alunos que passam por problemas diferentes. Não falta escola de qualidade, não falta apoio familiar, não faltam recursos, ainda assim, vivem seus conflitos pessoais questionando o propósito da vida e o fato de serem pressionados a decidirem o que farão profissionalmente. A Princípio senti vergonha alheia de Ciça “emocionada” ao falar de como os estudos afetaram sua vida social, ou sentimental. Mas numa segunda análise, entendo que como seres humanos, somos frágeis, e não fiquei confortável na posição de diminuir o sofrimento dela por que fui apresentada a outros que, no meu ponto de vista, sofrem mais.

Por fim, descrevo o caso que me motivou a escrever essa reflexão (além da nota que preciso no bimestre, é claro). Trata-se das falas da diretora e de uma professora respondendo sobre a frequente falta de professores na escola de Ronaldo, em Itaquaquecetuba. Para a diretora, senhora Fátima, os professores faltam porque a legislação é permissiva quanto a isso, não há uma consequência, ou seja, as faltas não afetam sua carreira. Já para a professora Celsa, o professor falta por que está cansado, porque essa é uma profissão que causa um desgaste físico e principalmente mental. Ela continua seu desabafo dizendo que na teoria, nos discursos, a sociedade considera importante o papel do professor, mas na prática é o descaso que predomina e consequentemente o professor perde a dignidade.

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