Resenha livro Aula de Português
Por: Jessica Cristina Pasturczak • 15/4/2020 • Resenha • 630 Palavras (3 Páginas) • 1.121 Visualizações
ANTUNES, Irandé. 1. Aula de português - encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003. 39 a 84.
PASTURCZAK, Jessica Pasturczak
Acadêmica de Pedagogia da Faculdade Sagrada Família (FASF)
A autora Irandé Antunes do livro “1. Aula de português - encontro & interação”, é também graduada em línguas neolatinas pela Universidade Federal do Ceará, fez especialização em linguística pela Universidade Federal de Pernambuco e é doutora em linguística pela Universidade de Lisboa. Leciona na Universidade Estadual do Ceará e atua como especialista em língua portuguesa junto ao Ministério da Educação. O livro que se pretende resenhar é dividido em 6 capítulos dos quais apenas uma parte do segundo será tratado nesta resenha. Irandé fala no início do capítulo sobre teoria e prática em sala na visão do professor, em seguida ela se aprofunda mais sobre a questão pedagógica do ensino da leitura e escrita.
A autora inicia falando que a gramática é indissociável da língua, que os professores reclamam que estão cansados de cursos teóricos e querem mais prática, porém as vezes não tem uma compreensão do que sejam os dois. Irandé também lembra que o trabalho do professor precisa ser baseado em uma teoria sólida, mas ele deve sempre estar pesquisando e se reinventando. Antunes também lembra que o ensino de português não deve ser simplificado, apenas com o ensino de regras e nomenclaturas pois isso isolado do contexto não produz efeito significativo.
Quanto a escrita a autora ressalta que é uma atividade interativa em que o aluno deve saber para quem ele escreve. A escrita necessita de ampliação do repertório das palavras, para isso, Irandé fala que o aluno precisa ler e quanto maior o tempo dedicado a leitura maior será seu repertório. Assim a competência para a escrita na concepção de Antunes vai ficando por conta da prática do dia a dia.
Como a escrita possui uma função comunicativa social relevante, a autora diz que todos precisam aceitar que a escrita é um ato social. Irandé ressalta a importância dos conectivos, entre outras coisas que servem para suprir os recursos que temos na fala. Diante disso não há um só padrão de escrita e de fala, tudo depende do contexto interacional. O aluno precisa ter liberdade, e Antunes orienta que o aluno precisa conhecer o padrão formal e saber quando usar.
As etapas da escrita são Planejamento, a escrita propriamente dita e a revisão porque para Irandé não existe escrita sem revisão. Os textos devem corresponder aquilo que os alunos veem fora da sala de aula, com textos diversificados de apelo informativo. Cabe ao professor segundo a autora garantir que os alunos tenham as condições necessárias para a construção de um texto, mas com um ensino descontextualizado isso não acontece.
Quanto a leitura, Antunes enfatiza que ela completa a atividade da produção textual. A dificuldade dos alunos para escrever tem sua razão de ser, comenta a autora. Isso se dá pelo pouco contato que os alunos têm com textos significativos em sala e também porque há professores que “traduzem” os textos para os alunos sem deixar que eles pensem sozinhos. Levar textos autênticos com autores, data de publicação na visão de Irandé é um compromisso do professor. A leitura desses textos deve ocorrer em duas vias, o aluno precisa vivenciar a interdependência entre o ler, escrever e o compreender. Por fim a leitura para a compreensão do todo, o aluno deve ser levado a interpretar o tema, sua finalidade e procurar todas as informações importantes do texto.
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