Resgatando Identidade Através das Histórias que Minha Avó Contava

ROTEIRO DE PLANEJAMENTO DO PROJETO DE ESTÁGIO

ESPAÇO NÃO FORMAL

1. TEMA:

Resgatando Identidade Através das Histórias que Minha Avó Contava

2. JUSTIFICATIVA:

O currículo oferecido no curso de Graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia possibilita o graduando a inserção em uma diversidade de contexto educativos, dentre eles o espaço não-formal. Para Gohn (2005) a Educação não-formal pode ser entendida como um procedimento educativo que acontece fora da escola, em processos organizativos da sociedade civil, ao redor de ações coletivas do chamado terceiro setor da sociedade, que abrange movimentos sociais, organizações não-governamentais, e entidades sem fins lucrativos que atuam na área social.

A escolha pelo espaço não-formal para observação e futura intervenção, foi bastante criteriosa, uma vez que enquanto sujeitos em formação que desenvolverão o trabalho sempre optaram por conhecer e explorar o maior número de espaços em que as ações pedagógicas se fazem presente, outros motivos que foram levados em consideração foram os seguintes: o da instituição está localizada no município aonde a equipe reside, o fato do ambiente abrigar um bom número de histórias diferentes e pelo vinculo com algumas pessoas que freqüentam/trabalham no local.

A atração por este ambiente estava em enxergá-lo como um lugar no qual seria produtivo para realizar atividades educativas em grupo, pois além de atender as necessidades dos idosos, também é um local que fornece um riquíssimo material munido de experiências e culturas que são capazes de possibilitar uma excelente prática pedagógica.

A opção pelo Centro de Convivência e Experiência de Gameleira que atende a um número de setenta idosos sendo sessenta e sete mulheres e três homens, se deu por tratar de um local que permite aos pedagogos em formação realizar uma ação pedagógica no resgate da história e da identidade de idosos.

3. OBJETIVO GERAL:

Destacar os relatos sobre a vida como estratégia de reconstrução de identidade social que foram perdidas conforme o passar dos anos.

4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Listar os objetivos específicos a serem perseguidos com a realização das oficinas.

Aqui, deve-se listar os objetivos relacionados em cada oficina.

 

5. REFERENCIAL TEÓRICO:

A Educação carrega em seu caráter o compromisso de levar conhecimento ao sujeito de modo a contribuir com a formação do cidadão. Independente dos espaços, sendo ele em casa, na escola, nas ruas e praças ou qualquer ambiente da sociedade civil os trabalhos pedagógicos desenvolvidos devem prezar por uma prática pedagógica que crie condições de aprendizagem a todos. Libâneo em suas palavras associa a Educação aos seguintes processos:

A educação associa-se, pois a processos de comunicação e interação pelos quais os membros de uma sociedade assimilam saberes, habilidades, técnicas, atitudes,valores existentes no meio culturalmente organizado e, com isso ganham o patamar necessário para produzir outros saberes, técnicas, valores etc. (LIBANEO, 2004,p.32). 

Essas habilidades também podem ser desenvolvidas em outros espaços da sociedade, o não-formal, eles oferecem oportunidades de ampliar o conhecimento e adquirir informações que servem para serem usadas nas ações do dia a dia.

Uma atividade educacional organizada e sistêmica, levada a efeito fora do marco de referencia do sistema formal, visando propiciar tipos selecionados de aprendizagem a subgrupos particulares da população, sejam estes adultos ou crianças. (coombs e Ahmed apud La Belle e Verhine, 1975:170) (GOHN, 2005, p.91)

Há evidencia que a atividade de cunho educativo, realizada no ambiente não-formal tem o objetivo de contribuir com a formação do sujeito enquanto cidadão, mas a educação formal não se restringe apenas a está finalidade, como geralmente acontece em grupo, ela visa o saber comunitário e possibilita condições de aprendizagem que tem em vista a participação do sujeito na vida social.

No espaço de educação não-formal a aprendizagem não se dá apenas dentro das quatro paredes, mas ela perpassa por outros ambientes buscando valorizar os aspectos culturais e os valores da sociedade. Gohn (2005) enfatiza que a cultura desempenha um papel estratégico, que é o de construir táticas para a ação do âmbito de contribuir com a aprendizagem no espaço não-formal.

Dentro das reuniões grupais, são geradas análises, discussões e reflexões que vão possibilitando a intervenção de ações educativas que transformam a vida do sujeito.

Que a Educação não-formal tem sempre um caráter coletivo passa por um processo de ação grupal, é vivida como práxis concreta de um grupo, ainda que o resultado do que se aprende seja absorvido individualmente. O processo ocorre a partir de relações sociais, mediadas por agentes assessores, e é profundamente marcado por elementos de intersubjetividade à medida que os mediadores desempenham o papel de comunicadores. (GOHN, 2005, p 104)

Baseado na fala acima é possível mencionar que as ações educativas em grupo levam o sujeito a adquirir condições melhores para conseguir sobressair tanto na sua individualidade, como em sociedade.

 Refletindo as mudanças que vem acontecendo freqüentemente na sociedade, principalmente no que tange o compromisso com a inclusão social, é imprescindível destacar a importância da atuação do pedagogo que se torna cada vez mais freqüente e necessária nos espaços não formais de educação na finalidade de atuar e contribuir com está demanda. Neste sentido, as ações do pedagogo além de acompanhar o perfil da sociedade devem também está apta a se lançar aos desafios realizados por ela.

Todos os educadores, interessados na ciência da educação, entre elas a pedagogia, precisa concentrar esforços em propostas de intervenção pedagógica nas várias esferas do educativo para enfrentamento dos desafios colocados pelas novas realidades do mundo contemporâneo. (LIBANEO,2004, p.59)

Gohn (2005) ressalta cinco princípios básicos para que a educação não-formal ocorra de maneira correta, sendo eles os seguintes: A primeira envolve aprendizagem, política dos direitos dos indivíduos, o processo que desenvolve a conscientização e compreensão de seus interesses sociais; o segundo seria capacitação dos indivíduos para o trabalho, por meio de aprendizagem de habilidades/ ou potencialidades; o terceiro seria a aprendizagem, exercícios/práticas que capacitem os indivíduos a se organizarem comunitariamente, para resolver problemas coletivos; o quarto a aprendizagem por conteúdos da escolarização formal, escolar, em seus diversos espaços educacionais; O quinto é a educação desenvolvida na e pela mídia, principalmente a eletrônica, ou seja, a inclusão digital.