Resumo do Livro: Avaliação Desmestificada Hadji
Por: Thayene Queiroz • 27/2/2024 • Resenha • 1.613 Palavras (7 Páginas) • 94 Visualizações
RESUMO DO LIVRO - Avaliação desmistificada. HADJI, Charles.
1. Compreender que a avaliação formativa não passa de uma utopia promissora
Avaliação:
- Avaliação formativa: modelo ideal, porém uma utopia promissora, ou seja, o ideal inalcançável.
Avaliação: multidimensional / tem por objetivos contribuir para o êxito da aprendizagem: avaliação formativa: é o horizonte da prática avaliativa.
- Grau de explicitação e de instrumentação do julgamento da avaliação:
Avaliação implícita: grau de julgamento da avaliação.
Ex.: estudantes que nem mesmo se apresentam para o exame / julgamento sobre se próprio valor, suas chances êxito.
Avaliação espontânea: subjetiva / formulação do que um pensa sobre o outro.
Avaliação instituída: instrumentação específica (prova, teste) / base para julgamento.
Avaliação de referência normativa: impõe normas de comportamento / toda avaliação organizada, anunciada e executada é formativa.
“Toda avaliação, mesmo aquela que será pensada ou desejada formativa, impõe normas!”, segundo o autor, se a avaliação tem uma norma a seguir, logo será normativa (até a formativa), porém a avaliação formativa não tem a intenção de classificar os alunos.
Avaliação de referência criteriada: aprecia determinado comportamento situando em relação a um alvo / critério ou objetivo a ser atingido.
Avaliação prognóstica: precede a ação de formação, identificando no aprendiz seus pontos fortes e fracos .
Avaliação formativa: regulação da atividade, do processo ensino-aprendizagem.
Avaliação cumulativa: feita depois da ação / verifica se as aquisições, com vistas a expedir ou não, o “certificado” de formação / somativa.
“Toda avaliação tem uma dimensão cumulativa e prognóstica. O conteúdo e as formas de ensino deveriam adaptar as características dos alunos reveladas pela avaliação (pedagogia diferenciada).”
- Avaliação formativa como utopia promissora
- É a intenção do avaliador que tornar a avaliação formativa / modelo ideal para ele.
- Perrenoud diz que é “formativa toda avaliação que auxilia o aluno a aprender e a se desenvolver, ou seja, que colabora para a regulação das aprendizagens e do desenvolvimento no sentido de um projeto educativo”.
- AVALIAÇÃO FORMATIVA = AVALIAÇÃO INFORMATIVA
Na avaliação formativa: o professor poderá regula sua ação / terá flexibilidade / variabilidade didática / o aluno saberá onde anda e suas dificuldades / reconhece e corrigi seus próprios erros.
A avaliação é contínua, e as correções a serem feitas dizem respeito a ação de ensino do professor e a atividade de aprendizagem do aluno.
1.2 Obstáculos a emergência da avaliação formativa
Existência de representações inibidoras (administrativas, pedagógica) destinada a selecionar / medida contínua (notas)
A pobreza atual dos saberes necessários / interpretações coletadas / interpretações de referência teórica que dê conta dos múltiplos aspectos (cognitivo, afetivo e social).
A preguiça ou medo dos professores / não tem vontade de mediar.
Ex.: bateria de atividades para “ajudar” o aluno.
2. Compreender que avaliar não é medir, mas confrontar em processo de negociação
O avaliado não pode ser visto sob uma única dimensão.
A medida não pode ser objetiva.
As variações de nota que se verificam entre um examinador e outro para o mesmo trabalho vão bem além da incerteza normal.
*Corretor de banca examinadora.
Avaliação não é medida. A prova pela notação: o avaliado não pode ser visto sob uma única dimensão / As variações de nota que se verificam entre um examinador e outro para o mesmo trabalho vão bem além da incerteza normal.
A avaliação é um ato que se inscreve no processo geral de comunicação / negociação: avaliação é um problema de comunicação.
Avaliação é ato de confronto entre uma situação real e expectativas referentes a essa situação: aluno em conformidade com o que a escola espera dele / para o aluno , o desempenho depende do contexto.
A percepção do examinador ao desempenho é dependente do contexto social: influência do trabalho sobre o produtor / afetividade / fruto de confronto com os julgamentos produzidos
A avaliação escolar traduz arranjos em uma dinâmica de negociação: o professor que “manter” a turma e o aluno quer passar para o ano seguinte / avaliação escolar precisa para progredir de um “contrato social” que determine e fixe as regras do jogo.
Avaliação é ato de confronto entre uma situação real e expectativas referentes a essa situação: aluno em conformidade com o que a escola espera dele
Avaliação é operação de leitura da realidade: não é a construção de critérios elaborados / sistema de expectativas em relação ao aluno.
3. compreender que é possível responder a três questões pertinentes:
Deve-se abandonar toda pretensão quantitativa?
A instrumentação quantificativa não é garantia de equidade e de justiça do que a objetividade.
Deve-se recusar a julgar?
Não se deve julgar o êxito do aluno, mas dar-lhe a informação de que precisa para compreender e corrigir seus erros.
Deve-se continuar a avaliar?
A autoavaliação/autorregulação torna-se a chave do sistema. É a preocupação de facilitar a aprendizagem que lhe dá sentido e coerência.
Agir desencadeando de maneira adequada (Guia metodológico para tornar a avaliação mais formativa)
- Objetivos da prática avaliativa: privilegiar a autorregulação / desvincular, na medida do possível, o escolar do social (subjetividade) / designar e explicitar o que se espera construir por meio do ensino / o aluno deve perceber o “alvo” visado / apropriar-se dos critérios de realização e de êxito, e esteja em condições de julgar sua situação / tornar-se o professor capaz de fundamentar as remediações feitas sobre o diagnóstico elaborados / diversificar sua prática pedagógica.
- Modalidades da prática avaliativa: o professor não deve limitar sua criatividade e sua imaginação / deve ter a preocupação de falar correta e pertinentemente / privilegiar a avaliação em segunda, até mesmo em primeira pessoa.
- Condições técnicas da avaliação: relacionar o exercício de avaliação ao objeto avaliado / explicar os exercícios / especificar o sistema de expectativas e os critérios / ampliar o campo das observações; a fim de tornar a avaliação informativa.
4. Agir desencadeando de maneira adequada
4.1 Determinar as questões que devem ser respondidas por meio da avaliação: o saber ser / competência / capacidade / habilidade.
4.2 Determinar (eventualmente) as decisões que podem ser tomadas após a avaliação.
4.3 Estabelecer espações de observação: natureza / dimensão / aspecto do ou dos comportamentos a observar.
4.4 Escolher, enfim, os instrumentos de coleta de dados.
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