Resumo livro barbara vasconcelos
Por: Vanessa Sitta • 9/8/2017 • Resenha • 3.388 Palavras (14 Páginas) • 850 Visualizações
Resumos do tcc e do livro de Barbara Vasconcelos
(desnecessário)
A origem do conto
O Conto é de origem céltica para muitos autores, muitos atribuem origem grega.
Diferentes são as opiniões sobre onde nasceu o conto: na Índia? Na China? Na Europa?
Evidentemente, o conto deve ter nascido dos povos: onde quer que houvesse o homem, as reações deveriam ser as mesmas. Poderíamos atribuir a origem do conto ao indo-europeu origem comum das línguas: em sânscrito, em hebraico etc. P.17
O conto é a mais antiga forma de narração em seu sentido mítico, natural, de narrativa tradicional, de “contar e ouvir”; enquanto o conto moderno, em sentido literário, é o gênero mais recente da literatura. Essa dupla colocação do conto oferece uma dupla definição de sua estrutura e de seu conteúdo, através de sua evolução histórica. (p.54)
O conto é a forma primitiva da arte de dizer, que é a literatura. Sua origem se perde no tempo. Ninguém poderá determinar e demonstrar a origem do conto(...) p.54
O conto, forma primitiva de narrar, está presente em todas as formas ou gêneros literários. As obras clássicas se enriqueceram com ele, em seus episódios paralelos. (...) p.54
O conto infantil é exatamente a expressão literária que reflete toda essa complexidade, oferecendo múltiplas interpretações. P.74
Conforme Carvalho (1959), em seu livro Compêndio da Literatura Infantil, a literatura tem origem através da tradição oral do povo, que transmitia seus contos heroicos e suas superstições como meio de explicar fatos e fenômenos naturais. Fantasiavam sentimentos e acontecimentos e exaltavam seus valentes guerreiros, o que fazia dessas histórias fabulosas fontes literárias.
Em outro livro de sua autoria, Carvalho (1982) também comenta sobre a origem da literatura:
Literatura é a arte de ouvir e de dizer, logo, nasce com o homem. Suas origens se assinalam com o uso da palavra: filogeneticamente, o homem aprendeu a falar – dizer – antes de ler e escrever, como, ontogeneticamente, acontece à criança, portadora de sua bagagem linguística, antes de alfabetizar-se. E essa capacidade de ouvir e dizer é o ponto de partida da literatura (CARVALHO, 1982, p.47).
Compendio (Carvalho 1959)
As primitivas manifestações literárias são decorrentes das exigências da vida em comunidades, pela necessidade de entendimento e entretenimento entre os membros de uma horda ou clã, para evolução da sociedade, caminho progressivo natural. Para que se crie uma linguagem e, consequentemente, uma literatura, a vida social é absolutamente necessária P.16
(citação)
A literatura é um elo que une os povos. É, portanto, uma necessidade. E, se a manifestação primitiva da literatura foi a linguagem oral, é evidente que não se possa fixar a sua origem. De onde veio? – De todas as partes do mundo. Quem a realizou? – O povo. Ela é anônima, porque não é de ninguém, e não é de ninguém porque é de todo mundo, é universal. P.16
Vem das mais primitivas sociedades humanas as historias fantásticas, caracterizando costumes e crenças; as fabulas de insinuação moral; as cantigas de ninar, que não passam de histórias entoadas pelas mães; as parlendas, etc.; num contínuo enriquecimento de motivos inspiradores, que do adulto chegaram a criança e nela, como é evidente, encontraram maior receptividade P.20
Autores literatura infantil
São desse período remoto as primeiras fabulas com animais, representando virtudes e defeitos humanos. A mais antiga coletânea vem do Oriente e intitula-se Calila e Dimna. São 14 livros, provavelmente escritos por um fabulista indiano: Bidpai ou Pilpay. Mais tarde, foi sendo traduzido para o persa e para uma versão árabe, até ser traduzido para o castelhano no século XIII, exercendo fortíssima influência sobre narrativas ocidentais.
Dessa tradição vem as fábulas de Esopo, um escravo grego, cujos textos atravessam os séculos e permanecem na cultura até hoje, com raposas, corvos, bois, cães, lobos e cordeiros fazendo o papel de humanos e com finalidade moral explícita.
Da Idade Média e do Renascimento ( séculos XV a XVII aproximadamente datam os primeiros livros considerados Literatura Infantil, são os catecismos criados pelos padres Jesuítas para pregar o cristianismo às crianças. Mas já circulavam, no período, as fábulas, com animais, os livros com narrativas de comportamentos exemplares e os bestiários. São exemplos do período, Raimundo Lúlio, com O Livro das Maravilhas e o Livro dos Animais(séc.XIII); O Romance da Raposa, uma “epopeia animal” do século X; O Livro de Petrônio ou o Conde de Lucanor, escrito por D.Juan Manuel, em 1335, repleto de narrativas moralizadoras e exemplares.
Também são muito conhecidas as novelas de cavalarias com os Ciclos do Rei Artur e do Imperador Carlos Magno, narrando as aventuras de cavaleiros medievais em luta pela afirmação da fé religiosa cristã e em torneios de batalhas, em defesa do amor, da religião e do rei.
Seguindo o modelo das fabulas greco-latinas de Esopo e Fedro, surge na França a obra de Jean de La Fontaine, fabulas, em que o escritor renova o gênero e usa de maneira comunicativa o verso, para dar novo impulso a esse tipo de texto literário.
No século XVII, mais precisamente 1697, surgiu a obra do famoso francês Charles Perrault, que ao trazer histórias da tradição oral, como A Bela Adormecida, A Gata Borralheira, Chapeuzinho Vermelho, O Pequeno Polegar e Pele de Asno, entre outros, conseguiu resgatar esse repertorio e aplica-lo criticamente aos vários tipos humanos da sociedade a época, acentuando nas narrativas a forma mágica, própria das crianças, de encarar situações ; tal fato fez com que esses contos de fadas ainda estejam presentes na cultura de todo o mundo civilizado.
PERRAULT
Segundo Carvalho(1982), no século XVII a literatura infantil passou a ser admirada por meio dos clássicos dos contos de fadas escritos pelo autor francês Charles Perrault. Este autor não imaginava que suas obras seriam consagradas e que constituiriam um novo modelo de literatura, tornando-o criador da literatura para crianças.(mudei)
A literatura infantil tem seu início através de Charles Perrault, clássico dos contos de fadas, no século XVII. Naturalmente, o consagrado escrito francês não poderia prever, em sua época, que tais histórias, por sua natureza e estrutura, viessem constitui um novo estilo dentro da literatura, e elegê-lo o criador da literatura da criança.
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