SÍNTESE DO LIVRO “APRENDIZAGEM ATIVA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL”
Por: brunaweigel • 25/3/2020 • Resenha • 1.473 Palavras (6 Páginas) • 355 Visualizações
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BRUNA VITÓRIA WEIGEL
SÍNTESE DO LIVRO “APRENDIZAGEM ATIVA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL” DE ANITRA VICKERY
IVOTI
2020
O primeiro capítulo foca no papel das habilidades de pensamento no processo de aprendizagem e as diferentes abordagens para desenvolver as habilidades de pensamento. A autora insere o exemplo de Rebecca Carver (1999), que criou o conceito ABC (Agência, Belonging ou Pertencimento e Competência) para proporcionar experiências memoráveis e significativas. Agência representa o desenvolvimento da aprendizagem ativa, no qual as crianças são incentivadas a serem partícipes em sua própria aprendizagem. Pertencimento refere-se às crianças se reconhecerem como membros de grupos que compartilham os mesmos valores e objetivos. Competência refere-se à aprendizagem e à aplicação do conhecimento em diferentes áreas, cada qual acrescenta na experiência do indivíduo. O capítulo dá ênfase no papel do professor no processo do pensamento, que age como mediador e ajuda a criança a pensar e a aprender, ajudando-as a filtrar e interpretar as informações de um conjunto de tarefas que focaliza funções cognitivas específicas. Para auxiliar neste processo o professor pode também questionar as crianças para que haja a “autodescoberta orientada” e criar tarefas que tenham um grau de incerteza, que exige o esforço das crianças para compreendê-la, tempo para apresentar o resultado e o processo à turma, disponibilizar recursos e dar oportunidades de participar de questionamentos e debates. O ambiente deve ser construtivista, onde sejam geradas interações entre o professor e as crianças e em que haja mente aberta para que os indivíduos estejam preparados a correr riscos ao expressar opiniões e a refletir sobre as opiniões alheias.
O segundo capítulo explora algumas características distintivas da aprendizagem das crianças pequenas. Examina o papel da motivação intrínseca na aprendizagem ativa e o papel exercido pelas pessoas envolvidas na educação infantil em sustentar a motivação das crianças, apoiar seu desenvolvimento e, ao mesmo tempo, capacitá-las a seguir suas próprias linhas de interesse. Utiliza um estudo para exemplificar como as escolas e os professores podem trabalhar criativamente com espaços e recursos, a fim de otimizar a aprendizagem ativa da criança.
O capítulo três examina o caminho pelo qual a educação pode preparar melhor as crianças para um futuro desconhecido. Explora formas de desenvolver alunos ativos, com base na análise do etos da sala de aula, de diferentes modelos e abordagens para a aprendizagem, de relacionamentos na sala de aula e no ambiente físico. A autora explica que para ter de fato uma aprendizagem significativa deve-se ter um ambiente estimulante, a distribuição do ambiente físico desempenha um papel relevante, facilitando a aprendizagem. A sala de aula deve ser organizada com o objetivo de refletir os diversos interesses e anseios das crianças, e deve ser concebido levando em conta cada criança. Anitra também compartilha ideias de como colocar as crianças no centro de sua própria aprendizagem: “A aprendizagem ativa torna-se realidade quando as crianças se envolvem no planejamento e na avaliação de sua aprendizagem. Se as crianças envolvem-se ativamente em fazer sugestões é mais provável que se sintam motivadas e mostrem dedicação.”
O quarto capítulo explora o papel do questionamento no desenvolvimento da aprendizagem ativa. As habilidades de questionamento de professores e alunos fornecem o alicerce para a aprendizagem ativa. O capítulo identifica e explora uma série de fatores que afetam a eficácia do questionamento e fornecem oportunidades para investigar alguns desses fatores. A autora ressalta a importância de o professor planejar seus questionamentos, propondo a si próprio uma série de perguntas-chave, evitando que as perguntas possam tomar outro rumo. O questionamento deve fazer parte do cotidiano da criança, contudo isso pode criar grande ansiedade em algumas crianças, por isso é de extrema importância remover ou minimizar, o estresse associado com fazer e responder perguntas.
O capítulo cinco explora o que significa ser um professor reflexivo e como é importante planejar e organizar as oportunidades de reflexão para que ela se incorpore na prática. O livro define reflexão como uma atividade intelectual e afetiva em que as pessoas exploram suas experiências no intuito de entendê-las e apreciá-las sob nova luz. São apresentadas neste capítulo estruturas ou modelos de aprendizagem de Dewey, Schön e Pollard. A estrutura de Pollard é composta por sete características para auxiliar o processo de reflexão, ele incentiva professores a desenvolver o processo reflexivo por meio de uma série de ações apresentadas em um ciclo, são elas: avaliar os dados - refletir - planejar - providenciar - agir - coletar os dados - analisar os dados. É importante desenvolver a mentalidade e a abordagem certas, de acordo com as quais essa análise intelectual não seja prejudicada pelas emoções negativas que possam surgir em decorrência da reflexão.
O capítulo seis explora o papel da avaliação no desenvolvimento da aprendizagem das crianças. Explica que a aprendizagem por meio da avaliação é capacitadora. A criança ciente de suas concepções errôneas e de seus equívocos, que recebe auxílio para refletir sobre as formas de superá-la e reconhecer qualquer barreira para sua aprendizagem, está sendo incentivada a assumir a responsabilidade por essa aprendizagem. Assim, a criança está sendo preparada para a aprendizagem duradoura, por meio do desenvolvimento de sua reflexão e do raciocínio analítico. Essas qualidades são vitais para o envolvimento e o desenvolvimento na aprendizagem. Há uma gama de estratégias que o professor pode usar para avaliar a aprendizagem de uma criança, mas é a ação que segue essa avaliação que determina o sucesso dos educandos. É importante que as crianças desenvolvam uma mentalidade de “Eu consigo fazer” em decorrência da avaliação de sua aprendizagem, mas isso vai depender muito da abordagem e do motivo para a avaliação.
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