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TCC DESENVOLVIMENTO - ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUA DO PROFESSOR ALFABETIZADOR NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM.

Por:   •  27/11/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  4.398 Palavras (18 Páginas)  •  413 Visualizações

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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTÍNUA DO PROFESSOR ALFABETIZADOR NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

ADÃO,  Ana Lúcia de Souza

RU 1242113

BLASZKOWSKI, Eliane

RESUMO

Na história da educação brasileira, os conceitos e as práticas pedagógicas relacionadas à alfabetização e ao letramento passaram por diversas transformações. Acredita-se que esse fato seja decorrente dos diferentes contextos socioeconômicos, culturais e políticos que têm permeado o processo de escolarização no Brasil. Neste trabalho buscou-se conhecer melhor esse percurso da alfabetização e letramento no Brasil, analisando sob os aspectos das políticas públicas de alfabetização, dos conceitos e idéias sobre os processos de alfabetização e letramento e por fim procurou-se refletir sobre a postura e a formação do professor alfabetizador nos anos iniciais do ensino fundamental, e em como a formação permanente deste profissional pode influenciar na construção de práticas pedagógicas inovadoras, e auxiliar no processo de ensino-aprendizagem

Palavras-chave: Alfabetização. Letramento. Formação Continuada. Professor alfabetizador.

1 INTRODUÇÃO

A problemática envolvendo a formação de professores alfabetizadores está em crescente destaque no meio educacional. Discussões a respeito de inovações nas práticas pedagógicas vêm sendo alvo em debates sobre educação, apontando diversas reflexões sobre as práticas e fatores que contribuem com o processo de ensino aprendizagem.

Na sociedade contemporânea, acumulam-se incontáveis mudanças, transformações de caráter científico, social, econômico e, sobretudo tecnológico, e devido a tais alterações, a nova realidade escolar exige um pensar diferenciado - um repensar - sobre a formação do profissional alfabetizador.

Sabendo desta nova realidade, é inegável a necessidade de se formar professores alfabetizadores responsáveis e comprometidos com o desenvolvimento cognitivo das crianças. Sendo que é extremamente relevante a formação continuada destes profissionais, e que tenham a oportunidade de se tornarem educadores reflexivos e questionadores de sua própria prática pedagógica diária.

Segundo Valle (2011, p.15), “é primordial ao professor repensar suas atitudes e concepções teóricas de forma a conseguir ser, de fato, um educador que possa fazer a diferença no mundo de hoje”.

É justamente nesse sujeito – o professor alfabetizador – que está focado esse trabalho, em verificar qual a importância da formação deste profissional, e como essa formação de forma contínua, pode influenciar na construção de práticas pedagógicas inovadoras, eficazes e coerentes, alcançando êxito na alfabetização e letramento de crianças nos anos iniciais do ensino fundamental.

A questão da alfabetização e letramento nos estimula a pesquisar e refletir como se dá, e de que maneira acontecem esses processos na escola, sendo estes, indispensáveis para que os trabalhos, principalmente nos anos iniciais do ensino fundamental, sejam significativos para todos os sujeitos que nela atuam.

Nesse âmbito, a alfabetização deve ser considerada, de forma mais ampla do que apenas uma técnica que objetiva ensinar a ler e escrever. Paulo Freire (1967, p. 111) afirma que, “a alfabetização é mais do que simples domínio mecânico de técnicas de escrever e ler. É o domínio dessas técnicas, em termos conscientes. É entender o que se lê e escrever o que se entende.”

Ao conceituar alfabetização, Freire estabeleceu em paralelo o conceito de letramento, uma vez que ele já observava a alfabetização dentro de um contexto onde a leitura e a escrita tenham sentido não só na escola, mas em outros espaços sociais.

Desta maneira, os processos de alfabetizar e letrar são interdependentes, e quando bem conectados dentro do planejamento de um professor, podem trazer uma aprendizagem mais significativa e eficaz na vida dessas crianças.

Serão apresentados neste artigo, vários aspectos para discussão dessa importante temática. Iniciaremos com um breve relato do percurso da história de alfabetização bem como seus principais métodos, desde os tempos da Colonização, perpassando ao Brasil Império até chegarmos aos dias recentes. Seguido por uma análise das políticas públicas voltadas à alfabetização e letramento no país, exposição dos conceitos de alfabetização e letramento,  para então, finalizar o texto com uma reflexão sobre a postura e a formação do professor alfabetizador nos anos iniciais do ensino fundamental. Passemos, então, ao relato sobre os elementos citados acima.

2. A INFLUÊNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA EM PROFESSORES ALFABETIZADORES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.

2.1 UM BREVE RELATO DO PERCURSO DA  ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL

        Articular sobre o processo da história da alfabetização e letramento no Brasil, nos leva a um período de contínuas transformações no ato de ensinar as crianças a ler e escrever, nos remetendo principalmente aos métodos utilizados no decorrer do tempo para garantir a inserção destas a cultura letrada.

Segundo os autores Leal, Albuquerque e Morais (2010, p.15):

“[...] ao longo da nossa história, diversas mudanças na concepção de alfabetização foram efetivadas, o que é bastante compreensível, dada a natureza cultural dos conhecimentos (sobre o funcionamento do alfabeto, sobre os textos em que é usado) e das práticas em que exercitamos tais conhecimentos”.

        No período de colonização brasileira, as práticas de alfabetização se pautavam na catequização dos índios pelos jesuítas, através do ensino da leitura. Os materiais didáticos para alfabetizar eram poucos, e na sua maioria eram religiosos, tais como: catecismos, livros de cânticos religiosos e de doutrinas da igreja.

Leal, Albuquerque e Morais (2010, p.15) destacam algumas práticas de alfabetização no período colonial.

“No período de colonização brasileira, por exemplo, as práticas de alfabetização se relacionavam a catequização dos índios, ao ensino da leitura, visando à inserção dos primeiros habitantes de nossa terra nos rituais da igreja católica. Como material didático, os jesuítas utilizavam alguns materiais escritos, como as gramáticas da língua tupi e os catecismos e doutrina. A alfabetização consistia apenas no ensino da leitura, realizado, principalmente, através da oralização dos textos presentes nesses materiais e de sua memorização por parte dos alunos”.

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