TRabalho individual

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1. DESENVOLVIMENTO

1. A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO DE AULA

É importante que o professor perceba o processo de construção do planejamento e também, a sai execução como sendo um momento fundamental para sua prática, sobre essa questão LOCH (2006) nos esclarece que o planejamento é inerente ao fazer pedagógico, é o ato de concentração, de preparação para o ensinar-aprender, faz parte do nosso cotidiano e apresenta-se de diferentes formas. Para a autora o planejamento pode ser realizado solitariamente ou participadamente, em lugares, contextos e em tempos que variam desde aquele organizado e remunerado, até os espaços ínfimos de tempo: a madrugada, os sábados, feriados e domingos, quase nunca remunerados. LOCH (2006) ressalta que o ato de planejar e avaliar faz parte da mossa vida cotidiana desde as situações mais simples às mais complexas, nos caracterizam como seres que pensam sobre o que pretendem fazer e para isso utiliza-se de informações, na ação docente este ato se torna uma prática necessária.

Ao planejarmos uma aula é importante que alguns fatores estejam colocados em primeiro plano, como a realidade dos nossos educandos, suas necessidades, desejos articulados com a realidade social e cultural em que vivem. Como define Brandão:

Um tipo de educação que sonhe participar dentro e fora da sala de aula, da criação de pessoas capazes  de aprender a conhecer e a compreender por conta própria, mas umas através das outras. E sujeitos culturais aprendentes, que sejam capazes de integrar e participar dos círculos de vida social onde pessoas educadas para o exercício da cidadania produzam o tipo de mundo da vida cotidiana onde devem viver as pessoas cidadãs (BRANDÃO, 2002, P.175).

        Para Moraes (2007), o ato de planejar e avaliar faz parte da nossa vida cotidiana desde as situações mais simples às mais complexas, nos caracterizam como seres que pensam sobre o que pretendem fazer e para isso utilize-se de informações sobre fatos vividos no passado, no presente de uma forma de concentração necessária; para a autora, pensar o planejamento em EJA é pensar com os educandos a sua vida, suas necessidades, e redesenhá-la num processo conjunto em que o ver, o ouvir e o agir estão interligados, educandos jovens, adultos e idosos têm histórias individuais, sociais e coletivas que podem ser objeto de estudo dos mesmos, pois estão presos a conhecimentos que precisam ser sistematizados, desvelados e muitas vezes superados. Como indica Oliveira (2004), o trabalho de planejamento e organização do ensino na EJA tem um forte componente social, político e educacional, refletir sobre como estes jovens e adultos pensam e aprendem envolvem transitar por pelo menos três campos que contribuem para a definição de seu lugar social: a condição de não serem crianças (acima de 15 anos); a condição de excluídos da escola e a condição de membros de determinados grupos culturais.

        A escola voltada à EJA é ao mesmo tempo um local de confronto de culturas e um local de encontro de singularidades. Assim, podemos compreender que o planejamento e um ato fundamental tanto para a Educação Básica quanto para a EJA. Segundo Corazza (1995), o trabalho pedagógico com jovens e adultos, que necessitam ter voz e acreditar em si próprio, vai intervir no terreno social na medida em que as atividades, os conteúdos e a avaliação, propiciem recursos e ferramentas aos educandos para que tenham mais visibilidade social e para que considerem que seu destino não está selado, que sua história não está acabada: Não apenas a história individual, mas a coletiva, o autor conclui que é importante planejar, porque a ação pedagógica especialmente em EJA , é um forma de política cultural, exigindo por isto uma intervenção intencional que é, sem dúvida, de ordem ética.