Tabalhos práticos
Por: kalomba • 12/4/2019 • Relatório de pesquisa • 1.240 Palavras (5 Páginas) • 194 Visualizações
José Zacarias
Descrição dos ritos de inicição
(Teoria da Educação)
Universidade Pedagógica
Lichinga
2016
José Zacarias
O presente trabalho visa a trazer uma pequena descrição a cerca dos ritos de iniciação da minha minha província, muito em particular na localidade de Bandece,no distrito do Lago.
Departamento de Ciências da Educação e Psicologia
Licenciatura em Ensino Básico – Regime à Distância
Docente: Dr Manuel Crispo Bocuto
Universidade Pedagógica
Lichinga
2016
Introdução
Para o povo Yao, na província nortenha do Niassa, o "unhago" é de extrema importância. Este é um rito de iniciação que marca a passagem de um jovem à fase adulta e inclui, no caso dos rapazes, a circuncisão. Os rapazes são enviados para o mato, durante um mês.Eles assumem uma extrema importância na educação dos jovens (rapazes e raparigas) e na transmissão e preservação dos valores culturais das comunidades
Estes ritos constituem um processo, mais ou menos longo, de socialização dos jovens com vista à sua integração na vida adulta. A partir destes ritos, eles tomam consciência da sua própria identidade e do lugar que lhes compete na comunidade. Os jovens passam a tomar parte, com alguns direitos, em várias realizações sociais, como participar em cerimónias tradicionais, sentar-se, lado a lado, com os adultos, falar em público e em reuniões, assim como participar em todas as actividades que a vida em comunidade impõe.
ÍNDICE
Ritos de iniciação masculino na provincia do Niassa (Djando)....................................1
A vida no acampamento..................................................................................................2
Entrega da alimentação....................................................................................................3
Conclusão.........................................................................................................................4
Bibliografia.......................................................................................................................5
Descrição dos ritos de iniciação masculino na provincia do Niassa (Djando)
Preparacao dos ritos de iniciacao
Certificado que os requisitos exigidos para a sua efectivação (o pessoal, indumentário e o acampamento) realizam-se cerimónias para entrega dos iniciados a estruturas do djando. Essas cerimónias têm lugar na casa do nakaugo, local indicado para a concertada do ritmador, seus familiares e outros convidados. Em regra, as ceremónias realizam-se na noite enterior ao dia da partida dos iniciados para ao acampamento, fazendo-se acompanhar dos aloubwés.(Tuaia,2016,cp.)
No que diz respeito ao pessoal, para além dos próprios iniciados, a estrutura responsável pelo djando é: N’galiba, nakauga, atchitonombe, nampako, aloubwé e n’tchando.
Namuko: responsável pelo acto da circuncisão e pela saúde de todas as pessoas envolvidas na efectivação do djando.
O n’galiba pessoa altamente competente e a mais experiente na sua actividade profissional.
Nakaunda: é o supervisor geral do djando.
Atchitonombe: orienta todos os exercícios matinais e decide sobre a reeducação de tudo e qualquer iniciado que comete um erro, na ausência do nakauga o atchitonombe é que o substitui.
Nampako: pessoa designada para controlar todas as actividades dos iniciados e dos aloubwé.
Aloubwé: pessoa a quem lhe é confiada a tarefa de acompanhar, directo ou indirectamente, os iniciados. São escolhidos segundo a preferência dos familiares. Eles devem receber a comida para os iniciados cujo consenso é sempre colectivo.
Caso a comida não seja suficiente, então, guarda-se até que chegue para todos. N’tchando: é nomeado entre os iniciados do nakaugo, normalmente é o filho mais velho. O ntchando responde pelos seus colegas durante o tempo de repouso ou de actividades recreativas sob suas ordens, os iniciados não podem maltratar qualquer pessoa que viole o código ritual, pondo em causa os tempos livres.
A vida no acampamento
chegado ao acampamento, os ritmados são submetidos imediatamente a circuncisão, sendo, este, um acto doloroso que acarreta inevitavelmente choros e gritos. Para impedir que aqueles sejam ouvidos por pessoas alheias ao rito, é que provavelmente causaria medo nas crianças ainda não circuncidadas, os alombwé fazem todo quanto esteja ao seu alcance, tocam tambores com maior rigor, dançam e cantam alto. Também tem sido uma prática tapar a face do iniciado para impedir que estes vejam o material usado na circuncisão.Como tratamento para as feridas causadas na circuncisão, utiliza-se seiva das partes inferiores do cacho bananas ou cinzas de algumas plantas. Esses tratamento é feita no dia seguinte a circuncisão. Findo o processo de circuncisão segue-se a fase de mistificação dos iniciados. Nesta fase o papel mais importante é desempenhado pelo pelos acompanhantes particulares (alombwés) que se encarregam de indagar os iniciados toda uma série de mitos e tabus. A não aceitação de tabus, sempre foi, é tida como fundamento para as penalizações, incluindo as chicotadas.
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