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Tornanr visível a aprendizagem das crianças

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Por:   •  28/2/2015  •  Monografia  •  2.338 Palavras (10 Páginas)  •  380 Visualizações

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TORNAR VISIVEL A APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS

KINNEY, Linda; WHARTON, Pat. Tornando visível a aprendizagem das crianças. Porto Alegre: Artmed, 2009, p. 23.

Nos séculos passados a criança era considerada como uma “tabula rasa”, ou seja, que não tem conhecimentos, sendo tratada como um depósito de informações.

Com o passar dos séculos começou a valorização da criança como ser pensante capaz de expor e ter ideias próprias sem interferências dos adultos. Mesmos com várias mudanças ocorrentes, as crianças nos dias atuais ainda são ignoradas não tendo o seu devido valor e a educação proposta em alguns casos ainda é vista como militarista, não havendo espaço para participação efetiva da criança para que o ensino seja totalmente eficiente e a educação cumpra seu papel de formar cidadãos conscientes e ativos na sociedade em que vivem.

A nova geração de professores tem o intuito de modificar esta realidade, alguns se baseando em Paulo Freire, que apoiou mudanças na educação, relatadas em muitos de seus livros como a Pedagogia do Oprimido, onde o autor enfatiza a importância e a urgência na mudança da educação no Brasil.

O educador tem o papel fundamental de transmitir as crianças um aprendizado não só teórico, e sim proporcionar momentos práticos e prazerosos, com realizações de projetos, passeios ao ar livre, visitas a teatros e museus, ou seja, uma escola aberta para o mundo, onde o papel do educador é superior ao espaço da sala de aula, podendo ou não incentivar ou desmotivar o seu aluno.

Ele deve estimular a imaginação do educando, facilitando a compreensão de temas mais complexos como interpretação e produção de textos, a cultura local e global, o meio ambiente e a forma de relacionamento com o outro. Sendo assim, o educador mostrará aos alunos um mundo de possibilidades e conhecimentos pela qual ele mesmo pode participar e criar.

Os temas abordados nas diversas disciplinas vistas até o presente momento nos proporcionaram o embasamento inicial para refletirmos sobre as diversas práticas pedagógicas e sobre o trecho do livro citado acima como proposta para o trabalho em grupo.

Inicialmente, podemos citar a importância do tema interpretação e produção de textos também na infância, quando os pais estimulam o gosto pela leitura ao lerem para seus filhos, facilitando assim a aprendizagem da criança, ampliando o vocabulário e o conhecimento de mundo. Ou seja, a prática da leitura com crianças pequenas realizada pelos pais é considerada como facilitador para a aquisição da leitura e da escrita na escola. Portanto, os adultos têm um papel fundamental: oferecer diversos gêneros textuais e literários para que as crianças percebam a função social da escrita na vida cotidiana.

Em sala de aula, para que haja a participação da criança, a mesma precisa sentir-se motivada e para isso o professor tem a responsabilidade de propor atividades diversificadas e prazerosas que estimulem o aprendizado. Além disso, estimular a produção de textos livres como, por exemplo, os musicais, os poéticos e os teatrais, onde a criança pode escrever sobre suas preferências e posteriormente apresentá-lo aos colegas, são atividades que podem proporcionar um excelente desenvolvimento cognitivo.

Podemos definir essa prática como uma estratégia de atividade em que o aluno tem a liberdade de participar efetivamente da aula, elaborando textos a partir das orientações do professor e por fim expor a sua atividade e analisar as diversas possibilidades de criação através do relato de outros colegas. Essa estratégia trabalha a independência do aluno quanto à escrita, a criatividade e a leitura e escrita dentro do contexto social significativo para os alunos.

Concluímos que, a escrita está presente em nossa sociedade de diversas formas e em todos os lugares e decodificar os seus códigos é de suma importância para que o indivíduo possa ler. Quando a criança é inserida no mundo da escrita através do contato com livros e revistas, a prática social de ler e escrever é valorizada e desejada. Portanto, os pais e educadores são responsáveis por instigar esse desejo de decodificar os códigos e de apropriar-se deles para a construção do seu próprio texto/mundo.

Formar cidadãos capazes de ler o mundo e interpretá-lo, além de escrever o seu próprio mundo com olhar crítico e criativo é papel de todos os que prezam pela educação e pelo desenvolvimento das crianças.

Ao abordarmos a questão de formação de cidadãos, entramos no campo das ciências humanas e mais especificamente, podemos adentrar no campo da sociologia e antropologia. No entanto, adentraremos no conceito antropológico que afirma que nós seres humanos, somos a somatória das características inatas e do comportamento que adquirimos no meio em que vivemos. E, é através da socialização que aprendemos a ser um membro da sociedade. Inicialmente, essa socialização se dá pela família e posteriormente pela escola, trabalho e demais instituições da qual o individuo faz parte.

Portanto, podemos afirmar que a criança desde pequena aprende a cultura do local onde vive através da interação entre os indivíduos do seu grupo social. Daí a importância, dos pais e educadores oferecer um ambiente propício ao desenvolvimento da criança, para que esta possa desenvolver suas habilidades e sua inteligência plenamente.

Segundo o antropólogo Roque de Barros Laraia, a criança pode apresentar uma carga genética que a destaca de outras, mas se os materiais e as condições sociais não permitirem o exercício da sua criatividade, essa criança não desenvolverá suas potencialidades.

Tanto o desenvolvimento da linguagem, quanto a aprendizagem dos valores e dos hábitos na criança ocorrem conforme a cultura local na qual ela está inserida e é através da simbolização que os adultos transmitem os conhecimentos adquiridos e acumulados para as novas gerações.

Sendo assim, desde a mais tenra idade, a criança deve ter a oportunidade de vivenciar situações onde a sua cultura local seja valorizada percebendo-se como individuo possuidor de uma identidade cultural. Porém, é necessário também enfatizar a importância da diversidade cultural e seus benefícios na comunidade global, enaltecendo assim o relativismo cultural.

Se a criança for exposta a um ambiente que valoriza a própria cultura moderadamente e que ao mesmo tempo enaltece a diversidade cultural, com certeza formaremos cidadãos praticantes do relativismo cultural e combatentes do etnocentrismo, além

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