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Trabalho a Historia da Eja

Por:   •  25/9/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.101 Palavras (5 Páginas)  •  693 Visualizações

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A história da EJA insere-se num cenário econômico, social e político, onde a relação entre educação e trabalho está normalmente ligada uma a outra, tendo um público de trabalhadores jovens que procuram pelo primeiro emprego e também os trabalhadores aposentados. Ela começa a ter uma maior procura devido às necessidades políticas e exigências de uma nova sociedade. A partir da década de 30 a educação de adultos começou a ganhar o seu lugar na história do Brasil, devido às grandes transformações na sociedade brasileira. A história da EJA no Brasil passou por várias etapas, tentando conquistar o seu lugar e ganhar o devido reconhecimento na educação básica brasileira. A educação no Brasil passou por várias etapas, observando-se que a Educação de Jovens e Adultos não é recente no país, pois, verifica-se que desde o Brasil colônia, quando se falava em educação para a população não infantil, fazia-se referência à população adulta, que precisava ser catequizada para as causas da santa fé. A educação básica de adultos começou a estabelecer seu lugar através da história da educação no Brasil, a partir da década de 1.930, pois devido às várias transformações e mudanças na sociedade, o sistema de ensino começa a se firmar. O crescimento da industrialização começou a exigir mais da população, a oferta de ensino era de graça e atendia diversos setores sociais e não mais só os burgueses. Todo esse crescimento, essas mudanças e facilidades fizeram com que uma grande parte da população se interessasse mais pela educação. Em cada década ocorriam mudanças, com visões de diferentes governos e professores, mas sempre dispostos a ajudar a todos, não se importando com a classe social. Na década de 1.930, o único interesse do governo era alfabetizar as camadas baixas. Um período em que ocorreram muitas mudanças na educação de jovens e adultos foi na década de 1.940, pois houve grandes iniciativas políticas e pedagógicas. Em 1.945 com o fim da ditadura de Vargas, o país começou a viver uma grande ebulição política, e certamente isso fez com que a sociedade passasse por grandes crises. Foi um momento que surgiu muitas críticas aos adultos analfabetos, fazendo com que muitas dessas pessoas desanimassem, e parassem de acreditar na possibilidade de existir um ensino de qualidade. Toda essa luta, garra e dedicação por uma educação de qualidade para todos, fez com que a educação de adultos ganhasse destaque na sociedade. A partir daí, a educação de adultos assumida através da campanha nacional do povo começou a mostrar seu valor. A campanha de educação lançada em 1.947 buscava uma ação que previa a alfabetização em três meses, para depois seguir uma etapa de ação voltada para a capacitação profissional e para o desenvolvimento comunitário. Através da campanha de Educação de Adultos, abre-se a discussão sobre o analfabetismo e a educação de adultos no Brasil. Um enorme preconceito era mantido em relação aos analfabetos, discriminando-os como seres incapazes não só socialmente, mas psicologicamente também. Por serem analfabetos não tinham direitos econômicos, políticos e jurídicos, não tinham acesso ao voto, eram explorados no trabalho, pois não tinham conhecimento e cultura. Revista Eletrônica Saberes da Educação – Volume 5 – nº 1 - 2014 Com a campanha essa visão preconceituosa foi mudando e fez com que os analfabetos fossem vistos como seres “normais”, capazes de adquirir conhecimento e cultura. Estudos da psicologia mostraram que a capacidade dos adultos aprenderem não era menor que das crianças, e certamente isso também fez com que o preconceito fosse diminuindo, dando espaço a um novo olhar para essas pessoas. Segundo Paulo Freire: Alfabetização é mais que o simples domínio mecânico de técnicas para escrever e ler. Com efeito, ela é o domínio dessas técnicas em termos conscientes.É entender o que se lê e escreve o que se entende .(...) Implica uma auto formação da qual se pode resultar uma postura atuante do homem sobre seu contexto. Para isso a alfabetização não pode se fazer de cima para baixo, nem de fora para dentro, como uma doação ou uma exposição, mas de dentro para fora pelo próprio analfabeto, apenas ajustado pelo educador. Isto faz com que o papel do educador seja fundamentalmente diálogos com o analfabeto sobre situações concretas, oferecendo-lhes os meios com que os quais possa se alfabetizar. (FREIRE, 1989, p.72)

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