Trabalho de Libras
Por: Redes 2015 Redes UNIABC • 9/4/2016 • Trabalho acadêmico • 4.747 Palavras (19 Páginas) • 395 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA
ATIVIDADE AVALIATIVA DA DISCIPLINA
LIBRAS
Trabalho entregue como requisito para
conclusão da disciplina de Libras.
Sob orientação
Profª. Esp. : Sinara P. Silva Santos
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SANTO ANDRÉ
29/03/2016
Introdução
Este trabalho irá abordar contextos históricos sobre surdos na sociedade, e também sobre a Lingua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
Iremos entender os principais movimentos históricos da Educação dos Surdos, a forma de interação, comunicação e expressão dos mesmos, sua cultura, identidade e suas conquistas.
Contexto Histórico
A história de vida de cada um de nós é construída com base na história da humanidade. Vivenciamos situações e problemas diversos e complexos em meio às relações de diferenças significativas. O que aprendemos no dia anterior nos dá condição de aprender no dia de hoje, e de forma diferente. A maneira como conduzimos nossa aprendizagem depende muito da visão que temos nas relações que vivemos.
A relação entre uma pessoa com deficiência e a que não possue deficiência é fato que gera muitos assuntos, pois vivemos complexidades de comportamentos, atitudes e valores que nos diferenciam. É óbvia a evidência de uma deficiência física, por exemplo, quando vemos uma pessoa cadeirante passando pelas ruas, mas por outro lado não é evidente a surdez. A pessoa Surda tem uma forma especial de ver, perceber, estabelecer relações e valores que devem ser utilizados na educação de Surdos, integrada na sua educação em conjunto com os valores culturais da sociedade ouvinte, que em seu todo vão formar sua sociedade ( MOURA- 1996).
É essencial a construção de projetos educacionais que possam atender as necessidades dos alunos Surdos, permitindo o acesso, de direito, a uma educação de qualidade.
O reconhecimento da LIBRAS como primeira língua da comunidade de surdos está amparada pela Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. A Lei foi criada devido à luta pela
conquista de direitos dos surdos em espaços de cidadania a exemplo de: escola, sociedade, igreja e outros que os levem a adquirir independência.
A inclusão leva a reconhecer sobretudo, importância da LIBRAS no ambiente escolar, profissional e da sociedade de modo geral. No estudo realizado foram abordadas importantes considerações relacionadas as contribuições da lei 10.436 essas contribuições se tornaram necessários para dar maior sustentabilidade às nossas análises, e em particular, à importância da língua de sinais para o surdo, dentro do contexto social, profissional e educacional. Assim, baseada no levantamento bibliográfico e nos objetivos propostos, foi possível observar que esta lei é de grande importância pois traz maior desenvolvimento no processo de aprendizagem do sujeito surdo.
A gestão educacional pontuada para resultados eficazes passa pelo ensino e vivencia cotidiana, deparando-se no contexto analisado com professores que buscam sempre dar o melhor para seus alunos com a consciência de melhorar a técnica de ensino de Libras visando a qualificação e aperfeiçoamento a fim de que realize sua função da melhor maneira com o intuito de melhores resultados do educando.
Esperamos que futuramente o valor das pessoas surdas, seja ainda mais reconhecido. Que não fique somente nas legislações, posto que os mesmos já perderam muito do seu tempo sendo segregados durante anos a fio em escolas especializadas, que só serviram para cobrir a grande discriminação que assusta o país, além de não acrescentar nada para desenvolvimento do surdo enquanto ser humano, digno de respeito ou como cidadão.
Evidências Históricas e teóricas referente a Lingua de Sinais Brasileira
Os estudos lingüísticos sobre a Libra no Brasil começou a se estabelecer por volta dos anos 80, de forma mais ampla. Esses estudos tiveram inicio com Lucinda Ferreira Brito (1984, 1990, 1993, 1995) mais conhecida como Ferreira Brito (1984, 1993) ela apresentou ao mundo duas línguas de sinais Brasileiras, a língua de sinais dos centros urbanos (a língua variante de São Paulo) e a língua de sinais de Urubu-Kaapor (pertence á família Tupi-Guarani), a língua de Urubu-Kaapor parece ter uma flexibilidade bem maior do à língua de Sinais usada em São Paulo. Porém, ambas as línguas usam o intensificadores e os quantificadores depois do nome ou incorporando ao nome.
Na década de 90, contaram com diversas produções acadêmicas em diferentes estados do país, como Felipe (1998), Karnopp (1994, 1999) e Quadros (1997, 1999) exemplos desta fase das pesquisas sobre Libras. Quadros (1997) mostra uma analise de crianças surdas adquirindo a Libras como sua primeira língua, em nível sintático. A autora apresenta descrições do fenômeno de licenciamento de argumentos nulos e faz estudos considerando o padrão de aquisição monolíngüe da Libras. Ela também observa que as crianças produzem sentenças com pronomes nulos tanto com verbos com flexão marcada, como também não marcada. No entanto, os contextos dessas marcações determinam a recuperação dos referentes por via sintática ou por via pragmática.
O uso da pontuação, o estabelecimento de nominais no espaço, o uso do espaço fazem parte do sistema sintático da libras, apresentando uma evolução durante os diferentes estágios de aquisição. Inicialmente, as crianças surdas não estabelecem os nominais no espaço de forma apropriada. Esse uso apropriado do espaço e utilizado de forma complexa na língua vai ser estabelecido por volta dos cinco anos de idade. Quadros (1999) apresenta a estrutura da frase na Libras, incluindo uma analise dos verbos simples (sem marcação de flexão) e verbos com concordância (com flexão marcada).
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