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Trabalho de Libras

Por:   •  7/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.386 Palavras (6 Páginas)  •  197 Visualizações

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O filme Black tem fundamentos baseado nas experiências e nas decisões humanas de uma família que se depara com as dificuldades, a falta de informação e de habilidades para lidar com uma criança portadora de necessidades especiais.

O filme conta a história de uma família rica, anglo-indiana, católica, chamada McNally, que alguns meses depois do nascimento da sua primeira filha que lhe deram o nome de Michelle, receberam um diagnóstico de que sua filha ficara cega e surda após contrair uma doença.

Michelle McNally cresce sem conseguir se comunicar com o mundo e seus pais não conseguem e não sabem como educá-la, então ela passa a viver em um mundo negro onde está isolada, na escuridão de sua própria existência, presa por sua incapacidade de ver, ouvir e se expressar e por não ter ninguém de sua família que a compreenda torna-se uma garota triste, grosseira, amarga e violenta. Vivia então sob os cuidados de seus pais, que além das dificuldades em educá-la e por ser uma pessoa incapaz de interagir socialmente com os outros, ela era considerada como uma garota problemática e os seus pais a consideravam quase como se fosse um animal, não sabia comer, não conhecia os objetos, dependia de tudo e de todos, e isolavam a mesma no seu quarto e, até às vezes, amarravam perto da sua cama. Tinha uma grande dificuldade em dar e receber afeto, exceto quando estava perto da sua mãe, chamada Catherine, a quem demonstrava um pouco mais de carinho.

Alguns anos depois, nasce Sara a filha mais nova, e as dificuldades aumentam ainda mais pela diferença de ambas e Michelle começa a sentir ciúmes da sua irmã devido o carinho extremo que os pais dispensam a Sara.

Podemos ver que o filme aborda principalmente a questão do preconceito em relação às pessoas com necessidades especiais. Preconceito este é evidenciado inicialmente no fato em que os pais não conseguiam aceitar a condição de sua filha, a qual era tratada como incapaz e até mesmo como débil mental, isso prejudicou muito Michelle, pois teve uma infância marcada por sofrimento e rejeição principalmente por parte de seu pai.

Diante disso, as dificuldades enfrentadas por Michelle e sua família são enormes, e seu pai já não sabendo mais o que fazer para contê-la, cogita a possibilidade de mandá-la para um asilo. Sua mãe, dona Catherine Mcnally não aceita a decisão do marido e o convence a contratar uma pessoa para educá-la. No entanto, as dificuldades enfrentadas pela família demonstram que sua filha era o reflexo de um sofrimento partilhado por todos os integrantes, a escuridão, a qual Michelle vivia, e que deu nome ao filme, não representava somente a ausência de luz, mas também o silêncio, a falta de carinho, e a pouca reciprocidade de amor e contato entre eles.

Até que um dia a família de Michelle ouve falar de um professor, chamado de Debraj Sahai que tinha conseguido ensinar outras crianças cegas e surdas com sucesso, mas tinha um problema, o mesmo era alcoólatra. Mesmo assim, a família decidiu contratá-lo para ensinar Michelle, e ao chegar à casa dos McNallys, o professor Sahai se revolta ao perceber Michelle tinha um sino amarrado nas costas, para simbolizar a identidade da garota e para facilitar sua localização.

 Mais tarde, quando a família se reúne para almoçar, então Michelle como de costume começa a retirar comida de todos os pratos, e ao se aproximar do senhor Sahai é impedida de tirar a comida do prato dele. O pai de Michelle pede para o professor deixá-la pegar a comida que o seu prato seria refeito, mas o senhor Sahai afirma que se eles a deixarem fazer isso estariam incentivando o comportamento animalesco da filha.

 A metodologia utilizada pelo senhor Sahai, digamos que bastante radical, não agradou a família e tão pouco à Michelle, razão para a qual os pais de Michelle o demitam. Mas, ele decide que precisa terminar seu trabalho e aproveitando que o pai de Michelle estaria em uma viagem, Sahai convence a mãe a deixá-lo ensinar Michelle a se comunicar. A vida negra de Michelle começa a mudar a partir do momento em que o professor Sahai se dispõe a ensinar Michelle a se comunicar com o mundo através da linguagem de sinais. Vinte dias foram o bastante para que Michelle aprendesse a língua de sinais.

O professor tenta aplicar à sua nova aluna, os mesmos métodos que antes utilizava com outros alunos “deficientes” os quais havia ensinado anteriormente, mas diante das singularidades de sua aluna e na resistência de sua família, percebeu que deveria experimentar algo novo. Então se isola com ela por vinte dias e procura condicioná–la, em uma tarefa exaustiva, na qual muitas vezes passa de educador a educando. No entanto, nessa luta em “domesticar” Michelle é que o extraordinário acontece: as trevas da menina se convertem em luz.

Michelle cresce tendo Sahai como professor, amigo e companheiro, e todos admiram sua desenvoltura, apesar dos problemas. Diante do progresso repentino de Michelle, Sahai aos poucos foi conquistando a confiança da família e também de Michelle, fazendo com ela progredisse no aprendizado das coisas à sua volta, o aprendizado da linguagem de sinais permitiu que Michelle saísse de sua “escuridão”, pois passou a compreender o mundo a sua volta, a ser compreendida, também contribuiu para sua aceitação familiar e social e a se comportar com uma pessoa “normal”. É quando o seu professor lhe propõe cursar uma faculdade e Michelle aceita o desafio, ambos então resolvem que Michelle deve se tornar uma Universitária. Ela é avaliada por uma banca de professores, e é aceita para cursar o Bacharelado em Artes, e  nesse novo ambiente, os desafios se multiplicam.

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