Trabalho de Literatura Infantil
Por: sandramello09 • 14/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.386 Palavras (6 Páginas) • 549 Visualizações
Trabalho Literatura e Literatura infantil.
!- NARRADOR ( a voz que fala a efabulação.)
Não é obrigatoriamente o autor, geralmente não é, são pessoas diferentes.
Autor produz o texto.
Narrador pertence ao texto, fora dele não existe.
- Contador de histórias – testemunha ou mediador ( NÃO INVENTOR) de fatos acontecidos, por ele presenciado ou que alguém que presenciou ou viveu aquele fato e lhe contou. Ele transmite a outros. (Vóz nos mitos, lendas, contos de fada, crônicas medievais, contos maravilhosos.)
Geralmente a Literatura Infantil usa esse tipo de Narrador.
- Narrador onisciente (linguagem romanesca) – Um “recriador” da realidade e senhor absoluto do seu mundo de ficção que transmite como verdade ( e não como invenção) Conhece os fatos e conflitos interiores e exteriores de suas personagens, seu presente, passado e futuro. (É a voz predominante no romance, no realista, na literatura tradicional)
- Confessional ou intimista – Um “eu-narrador” que expõe suas experiências.
- Dialógico – um “eu-narrador” que se dirige a um TU, que não se faz ouvir na superfície da narrativa, mas a provoca. Ex: Grande Sertão: Veredas.
- Insciente – (moderno e pós-moderno) – “eu-narrador” que ignora as razões do que acontece com ele e à sua volta, duvida e convive com a incerteza ou certezas contraditórias e complementares. (KafKa)
- In-off – Um TU ( ou interlocutores) que fala respondendo a prováveis perguntas do “eu-narrador” que não se faz ouvir na narrativa, mas permanece in off. Não se ouve a voz do narrador, mas as vozes das personagens que com ele interagem.
2- O FOCO Narrativo (ângulo de visão do narrador dos fatos para relatá-los)
- Foco Memoralista –“visão por fora” do narrador que guardou os fatos na memória. “Contador de histórias”
- Foco onisciente (externo subjetivo) – Narrador romântico realista. Em 3ª pessoa, esclarece os pormenores do que é narrado. Conhece o interior das personagens, ou das situações. De duas formas:
A – Consciência parcial – apenas parte do que acontece é revelado ao leitor. A visão mais nítida é a da personagem central, a partir dela vemos os outros, e é com ela que vivemos os acontecimentos.
B – Foco de consciência de narrativa total – Narrador tem pleno conhecimento de seu universo literário, por dentro e por fora: as situações e o interior das personagens. “Visão por detrás”.
- Foco confessional ou intimista (interno subjetivo) – Flui através do Eu dentro da narrativa. Conflitos psicológicos e autobiográficos.
Às vezes testemunhais – foco dentro dos fatos, mas como observador, apenas.
- Foco dialético – “narrador dialogante” o EU se dirige ao TU , uma 2ªpessoa que se mantem silenciosa do começo ao fim. Provoca ambiguidade no significado da narrativa.
- Foco dialógico – “narrador in-off”, só é percebido pelas respostas e comentários das personagens.
3- A HISTÓRIA (a intriga, situação problemática, assunto)
O que acontece na narrativa. Pode ser tão diversificado quanto a vida e a imaginação humanas.
Ao contrário do que pode se pensar: não é a história que dá valor à narrativa ou poesia, mas a maneira pela qual ela é construída. Como são inventadas e manipuladas ou construídas seus fatores estruturantes. Geralmente surge de uma “situação problemática” que DESEQUILIBRA a VIDA NORMAL DAS PERSONAGENS, TRANSFORMANDO-SE ATRAVÉS DA NARRATIVA em busca de voltar ao equilíbrio.
4- A EFABULAÇÃO (trama, acontecimentos, sequência de fatos, peripécias...)
Como os fatos são encadeados na trama, na sequência narrativa. Estrutura, dele depende o desenvolvimento e o ritmo da ação.
Em se tratando de literatura infantil, a estrutura mais adequada é a LINEAR, a que segue a sequência normal dos fatos: princípio, meio e fim.
O uso de flashback exige um leitor mais experiente.
Efabulações fragmentadas, usadas na ficção contemporânea, exigem mentes intelectualmente maduras, pelo labirinto narrativo.
5- O GÊNERO NARRATIVO (ficção) (conto, novela, romance => natureza de conhecimento de mundo)
Depende da visão de mundo que o autor tem de mundo e quer transmitir e corresponde a estruturas distintas:
- O CONTO: RESGISTRA UM MOMENTO SIGNIFICATIVO NA VIDA DA (S ) PERSONAGEN (S). Um fragmento de vida, que permite ao leitor intuir o todo a que aquele fragmento pertence. Revela apenas uma parte do todo. Um fragmento de vida que pertence a todo um comportamento e normas da sociedade. É a estrutura mais simples do gênero narrativo: uma unidade dramática ou um motivo central, um conflito, uma situação, um acontecimento. É desenvolvido através de situações breves, muito dependente daquele acontecimento ou motivo. ´tudo condensado, uma única ação ou situação. A caracterização das personagens e do espaço é breve, a duração temporal é curta.... Sua extensão, curta, poucas páginas. Forma mais usada na literatura popular e infantil. Um momento significativo na vida da personagem.
- NOVELA – Uma visão complexa de mundo. Uma Longa narrativa ESTRUTURADA por várias pequenas narrativas (independentes entre si) coordenado por um elemento central: O HERÓI que vive múltiplas aventuras, que se sucedem independentes umas das outras. Justifica a narrativa, o herói ou heroína que vive ou assiste os acontecimentos. Essa estrutura permite que a narrativa se prolongue indefinidamente. Na novela não há conflito central à espera de ser resolvido, como no romance.
6- Personagens (vivem a ação)
7- Espaço (Ambiente, cenário.)
8- Tempo (duração da situação narrada)
9- Linguagem ou discurso
10- Leitor ou ouvinte (o destinatário)
Passo 1: Leia todo o capítulo – “Matéria e forma de literatura” – localizado nas páginas 64 a 91 de nosso livro-texto: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade, de Nelly Novaes Coelho. Leia também o Resumo e os Conceitos Fundamentais desta aula-tema e procure pesquisar, sempre que sentir necessidade, o significado das palavras em dicionário para que o texto seja de fato compreendido em sua totalidade.
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